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Mais de R$ 2 bi do Fundo de Desenvolvimento estão garantidos para o Centro-Oeste
Projetos geram emprego e renda na região. Companhia Thermas do Rio Quente recebeu autorização para investir R$ 31 milhões
Publicação: 03/10/2016 | 17:57
Última modificação: 06/10/2016 | 12:11
Brasília-DF, 3/10/2016 - Mais de R$ 2 bilhões em recursos do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO) estão assegurados para investidores que têm interesse em desenvolver projetos com potencial para transformar a realidade socioeconômica da região. O FDCO, administrado pelo Ministério da Integração Nacional, contempla áreas da indústria e de infraestrutura e é direcionado a empreendimentos do setor privado ou empresas de grande porte com capacidade germinativa de novos negócios. Nesta segunda-feira (3), R$ 31 milhões foram autorizados para o setor turístico. O valor será aplicado pela empresa Companhia Thermas do Rio Quente na construção de um restaurante e na ampliação das instalações de um complexo hoteleiro em Goiás.
A malha rodoviária também está sendo beneficiada com o aporte de R$ 200 milhões para obras na BR-050, principal via de ligação entre as regiões Centro-Oeste e Sudeste. Mais de 200 quilômetros de rodovias sob administração da concessionária MGO Rodovias estão sendo recuperados e duplicados. O trecho segue de Cristalina (GO) até a divisa de Minas Gerais e corta cinco municípios goianos. O valor financiado pelo FDCO representa 23% do total a ser investido nas obras.
O projeto de duplicação de uma unidade da Fibria, em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, recebeu um aporte de R$ 831,5 milhões do FDCO. A iniciativa deverá gerar 40 mil empregos diretos e indiretos, além de estimular pequenos e médios produtores da região. Permitirá uma nova linha de produção de celulose de eucalipto capaz de atingir até 175 milhões de toneladas por ano. O montante de recursos corresponde a 9,4% do valor total do empreendimento, orçado em R$ 8,7 bilhões.
Uma das líderes mundiais na produção de celulose branqueada de eucalipto, a Fibria também investe em ações de reflorestamento, condição importante para garantir a concessão do crédito. "São atividades com impacto direto no desenvolvimento regional e que oferecem garantias de sustentabilidade. Por isso, contam com o apoio do FDCO", explica Cléber Ávila, responsável pela Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), órgão vinculado ao Ministério da Integração.
Ainda no setor de indústria, a ADM do Brasil conseguiu aprovação de financiamento no valor de R$ 274 milhões para construir uma unidade de produção de proteína de soja, em Campo Grande (MS). Com parte do valor já liberado, de aproximadamente R$ 122 milhões, a empresa deu início às atividades e gerou 80 postos de trabalho diretos. Anualmente, a produção da ADM gira em torno de 11 milhões de toneladas de sementes oleaginosas, além de milho e trigo. Suas fábricas também processam quatro milhões de toneladas de soja por ano, matéria prima que é destinada a diversos produtos, como ração animal, biodiesel e óleos vegetais.
Os investidores dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal ainda têm à disposição o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), voltado prioritariamente a empresas de pequeno e médio porte. O volume de recursos aplicados pelos dois Fundos Regionais, de 2012 a 2015, foi superior a R$ 23,5 bilhões.
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