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Integração Nacional destina R$ 500 mil para fortalecer cadeias produtivas de agroextrativismo
Recurso faz parte da primeira etapa de estruturação da sociobiodiversidade do Cerrado brasileiro
- A Secretaria de Desenvolvimento Regional, do Ministério da Integração Nacional, liberou R$ 500 mil para estruturação de Arranjos Produtivos Locais (APLs) e mobilização de 750 produtores do Cerrado brasileiro. O recurso foi repassado à Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), que atuará em parceria com a Agência Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação (Ecodata). A ação visa ao fortalecimento das atividades agroextrativistas em 15 municípios do Estado de Goiás e Distrito Federal.
O projeto de sociobiodiversidade é voltado para a elaboração de ações de desenvolvimento econômico e inclusão produtiva, com vistas à superação das desigualdades regionais. Segundo o gestor do projeto, Joaquim Carneiro, a atividade atende a diversas comunidades rurais de baixa renda, oriundos de cadeias produtivas agroextrativistas. O projeto busca também a inserção mercadológica, geração de emprego e renda das comunidades rurais no mercado comercial.
"O objetivo deste apoio é fomentar políticas públicas e a produção de produtos nativos do Cerrado, como pequi, baru, entre outros produtos nativos da região, garantindo o desenvolvimento e inserção do setor nos mercado de produção, consumo e investimento", garante.
O investimento será usado para realizar mobilizações em 15 municípios, que participam dos Planos Setoriais de Qualificação (PlanSeQ), coordenado pela Agência Brasileira de Meio Ambiente e Tecnologia da Informação - Ecodata, e buscam o atendimento de demandas emergenciais, estruturantes ou setorializadas de qualificação. "A ideia da primeira etapa de trabalho é capacitar 375 atores, dando acesso às políticas e programas da agricultura familiar, por meio da elaboração de projetos comunitários", explica Joaquim.
No total, serão realizados 15 cursos de capacitação para elaboração de projetos e fortalecimento do agroextrativismo na agricultura familiar, com duração de 40 horas, em 15 municípios dos Estados de Goiás e no Distrito Federal.
Investimentos
Para a secretária de Desenvolvimento Regional do MI (SDR-MI), Adriana Alves, o recurso é apenas a primeira etapa de investimentos. "Queremos ampliar o trabalho de inclusão produtiva, geração de emprego e renda, além de implementar uma rota de desenvolvimento regional, que gere oportunidades de mercados, conciliando a conservação dos recursos naturais e das espécies à superação das desigualdades locais", afirma. De acordo com Adriana, a SDR-MI também pretende ampliar e investir em ações de agroextrativismo, onde o Cerrado também tem forte influência sob as cadeias produtivas.