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Integração Nacional destina R$ 14 milhões para conter avanço de erosão marinha em trecho de praia no Paulista
A técnica utilizada para dissipar as ondas do mar é a bagwall
Nas próximas semanas, as obras de contenção do mar no trecho de 1,2 km da praia do Janga, localizada em Paulista, serão concluídas. A extensão faz parte dos cinco pontos e quatro quilômetros de praias que sofreram erosão marinha, com perda de faixa de areia e ameaça de patrimônio público e privado. Segundo a prefeitura do município, os trabalhos de combate à erosão receberam, ao todo, recursos de R$ 14 milhões do Ministério da Integração Nacional.
A técnica utilizada na praia do Janga chama-se bagwall. Para conter o avanço da erosão, são construídas estruturas semelhantes a uma pequena escadaria de cimento. Os 10 degraus (cinco expostos e cinco sob a areia) têm função de dissipar as ondas do mar. O secretário de Meio Ambiente do município do Paulista, Fábio Barros, explica o efeito. "As ondas vêm, batem na estrutura e criam um movimento que corta a força de outra onda que está vindo atrás", afirma.
A construção por bagwall já foi utilizada em trechos de praias do Ceará e de Alagoas, que sofriam erosão costeira. O mesmo princípio também foi usado em um trecho de 500 metros da praia de Pau Amarelo, ao sul da praia do Janga, com resultado foi positivo.
Paulista é o segundo município pernambucano beneficiado com recursos do Ministério da Integração Nacional para combate à erosão marinha. Em Jaboatão dos Guararapes, as obras recuperaram 2 km do litoral em 5,8 km de faixa de areia nas praias de Barra de Jangada, Candeias e Piedade. O investimento foi de R$ 41 milhões.