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Integração Nacional debate sobre mudanças climáticas em workshop internacional
Ministro Francisco Teixeira foi um dos convidados da conferência para fala sobre o tema
O ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, participou, nesta sexta-feira (16), em Fortaleza, das discussões da conferência Adaptation Futures 2014, organizada pelo Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no Brasil, e por meio do programa PROVIA (Programme of Research on Climate Change Vulnerability Impacts and Adaptation) das Nações Unidas para o Meio Ambiente. O ministro foi um dos palestrantes do-Workshop Internacional de Alto Nível sobre Políticas de Seca em Regiões Áridas e Semiáridas'.
O evento reuniu pesquisadores, tomadores de decisão e profissionais de diversas áreas de países desenvolvidos e em desenvolvimento para trocas de experiências sobre os desafios e oportunidades da adaptação às mudanças de clima. A conferência faz parte da terceira edição do International Climate Change Adaptation Conference - Adaptation Futures 2014, que ocorreu em 2010,na Austrália e, em 2012, nos Estados Unidos.
"A seca é um desastre natural. Não temos como evitá-la, porém podemos preparar a sociedade para conviver com ela", afirmou Teixeira durante o workshop. "Discussões como essas de hoje são importantes para que possamos colaborar na criação de um plano de contingência e convivência com esses naturais como cheias, enchentes e deslizamentos, por exemplo. O Ministério da Integração Nacional tem trabalhado nisso com muita veemência", disse.
O ministro explicou ainda que o Ministério da Integração Nacional atua em três eixos no tocante ao tema: na ampliação planejada e racional da estrutura hídrica, usando como exemplo a integração das obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco, as adutoras e até ações de menor porte como a implantação de cisternas, barragens subterrâneas e poços; a gestão de recursos hídricos mais eficientes e eficazes; e a atualização das novas tecnologias, com pesquisa científica em busca da melhoria constante da previsão e monitoramento dos fenômenos naturais.
"Vivemos uma das maiores secas dos últimos tempos e nunca se investiu tanto em obras de estrutura hídrica de todos os portes no País. Para cada R$ 1 real envolvido na Integração do São Francisco, que está orçada em R$ 8,2 bilhões, o governo federal tem investido R$ 3 em outras obras hídricas", contou Teixeira.
O Semiárido do Nordeste do Brasil será, de acordo com os estudos do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), uma das regiões do mundo mais afetadas pelas mudanças climáticas, e já tem uma longa experiência de convivência com o fenômeno das secas, que poderá ser intensificada com as mudanças climáticas.