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Integração Nacional autoriza início das obras da Adutora do Agreste
Empreendimento que vai beneficiar mais de 2 milhões de pessoas faz parte do conjunto de obras de infraestrutura hídrica executadas pelo Governo Federal no semiárido
Para expandir a oferta de água no semiárido brasileiro, além de modernizar os investimentos em infraestrutura, o Ministério da Integração Nacional e o Governo de Pernambuco assinaram, nesta terça-feira (4/6), ordem de serviço no valor de R$ 107 milhões para início das obras da Adutora do Agreste, em Pernambuco.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, ressaltou que a obra da Adutora do Agreste faz parte das iniciativas realizadas pelo Governo Federal para dotar os municípios do semiárido de uma infraestrutura hídrica que vai possibilitar a melhor convivência com as secas recorrentes na região. "Essa obra vai mudar a história econômica dessas cidades", afirmou o ministro.
O empreendimento é considerado o maior sistema integrado de abastecimento de água da América Latina e deve receber, até março de 2015, cerca de R$ 1 bilhão em investimentos federais por meio do Ministério da Integração Nacional. A obra vai permitir, quando concluída, que mais de 2 milhões de moradores de 68 cidades do agreste pernambucano e 80 distritos do entorno recebam água de qualidade para o consumo. A água será captada no canal do Eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco. "Essa ordem de serviço confirma que as águas do Rio São Francisco têm data para chegar", disse o ministro Fernando Bezerra Coelho.
Com 118 km de tubulações em sua primeira etapa, a Adutora do Agreste inicia no município de Arcoverde. Em seguida, a obra segue para as cidades de Pesqueira, Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó, São Caetano e Caruaru, no agreste do estado. De acordo com o cronograma de execução, os municípios pernambucanos de Buíque, Tupanatinga, Itaíba, Águas Belas e Iati serão os próximos beneficiados.
No total, a Adutora do Agreste terá 1.300 km de extensão e será executada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), responsável também pela construção do Ramal do Agreste, outra obra coordenada pela Integração Nacional no estado.
Obras estruturantes - O Governo Federal tem investido fortemente em obras de infraestrutura hídrica para expandir a oferta de água no semiárido. São obras estruturantes, como barragens, adutoras e canais, que já estão transformando o semiárido brasileiro. Pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os investimentos mais que triplicaram, passando de R$ 7,2 bilhões no PAC 1 para R$ 26 bilhões no PAC 2, nos eixos Oferta de Água, Seca, Irrigação, Drenagem e Revitalização.
Além do Projeto de Integração do Rio São Francisco - a maior obra de infraestrutura hídrica do país - o Governo Federal, em parceria com os governos estaduais, financia outras centenas de empreendimentos que estão gerando soluções estruturantes para a falta d'água na região do semiárido. A cada R$ 1 investido na integração do rio São Francisco, outros R$ 2 são aplicados em obras estruturantes para garantir a segurança hídrica no Nordeste.
A meta até 2015 é ampliar a capacidade de armazenagem de água em 7 bilhões de metros cúbicos, através das novas barragens. No PAC 2, já foram concluídos barramentos que acrescentaram 609 milhões de m³. Outros empreendimentos em execução representam mais 1,1 bilhão de m³ na capacidade de armazenamento do semiárido. E os investimentos não param por aí. Mais 2,7 bilhões de m³ estão em licitação ou em ação preparatória e há outros 2,8 bilhões de m³, cuja função principal é o controle de cheias, mas que servem também ao uso múltiplo.
O Ministério já entregou 1.200 quilômetros em adutoras e canais. Além desses, outros 1.400 km estão em execução No total, até 2015, serão construídos mais 4 mil quilômetros. Entre as obras recém-concluídas e que já beneficiam a população, estão: a Adutora do Algodão, na Bahia, o Trecho IV do Eixão das Águas (CE), a 1ª Etapa da Adutora Pajeú (PE), a Barragem Figueiredo (CE), a Adutora Guanambi (BA), o Sistema Seridó (RN) e o Sistema Congo (PB).