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Integração capacita moradores de vilas rurais do Projeto São Francisco na PB
Lideranças das comunidades Irapuá I e II receberam orientações sobre organização administrativa e fiscal
Conselheiros e membros da diretoria da associação de moradores das vilas produtivas rurais Irapuá I e II, em São José de Piranhas (PB), participaram de mais uma atividade promovida por equipes do Projeto de Integração do Rio São Francisco: um curso que abordou princípios da organização administrativa e fiscal. Cinquenta e cinco moradores das duas comunidades foram orientados sobre as funções e atribuições de diretores e do conselho fiscal de uma associação civil.
Alan Miguel, morador da casa 9 em Irapuá I, considerou o curso importante para todos. "É bom aprender como funciona uma associação". Francisco de Assis, da casa 24, acompanhou o interesse do vizinho. "Agora sei o que é a administração, a vida fiscal e financeira de uma associação comunitária", disse.
Em Irapuá II, depoimentos de outros moradores reforçam o valor da iniciativa. Francisca Alves de Lima, eleita tesoureira da comunidade, classificou o conteúdo como um universo novo para ela. "Essa é uma realidade que eu ainda não conhecia. Acredito que dará tudo certo".
A maioria dos assentados nas vilas produtivas rurais do Projeto São Francisco vivia em casas distantes umas das outras. Morar em uma vila com parentes e vizinhos a poucos metros tem proporcionado novas rotinas, como a organização comunitária, capaz de atrair cursos de capacitação e outras facilidades da vida com estrutura coletiva.
As oficinas promovidas pelo Ministério da Integração Nacional já contemplaram mais de três mil pessoas. Realizada em etapas e módulos diferenciados, a formação abrange temas como mobilização, participação social, produção e sustentabilidade, relações institucionais e implementação de projetos. O objetivo maior é fortalecer o protagonismo e a autonomia das famílias.
Comunidades
Atualmente, 623 famílias já estão reassentadas em 16 vilas produtivas nos estados de Pernambuco, Paraíba e Ceará. A iniciativa do Governo Federal contemplará um total de 848 famílias em 18 comunidades, com investimentos de R$ 207,53 milhões. Outras duas vilas deverão ser entregues ainda este semestre, no Ceará.
As vilas são constituídas por um setor residencial e um setor produtivo. O primeiro é composto por casas de alvenaria de 99 m² de área construída em lotes de cinco mil metros quadrados, com redes de água, esgoto e energia elétrica instaladas. A vila possui posto de saúde, escola, espaço de lazer - praça e campo de futebol - e áreas destinadas ao comércio e à construção de templos religiosos.
O setor produtivo tem cinco hectares por família, no mínimo, sendo 1ha destinado à irrigação e os outros 4ha definidos conforme a vocação produtiva de cada grupo. Essa habilidade pode ser acordada a partir das capacitações e cursos oferecidos por equipes do projeto.