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Imóveis visitados para combate ao Aedes aegypti ultrapassam 10,9 milhões
Sala de Coordenação e Controle do governo federal registra mais 3,4 milhões de domicílios trabalhados e notificados
Cresceu o número de imóveis visitados no Brasil pelos agentes de saúde e militares das Forças Armadas para o combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e Zika. Foram registradas 3,4 milhões a mais de vistorias em relação ao levantamento da semana anterior. As visitas já superaram 10,9 milhões de domicílios, o que representa 22,2% dos 49,2 milhões previstos, conforme balanço da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) de Enfrentamento à Microcefalia, instituída pelo governo federal para o enfrentamento ao Aedes e à microcefalia (confira os números).
O relatório contabiliza 3.183 municípios visitados, dos 5.570 definidos para serem vistoriados pelas equipes de combate em todo o país. Ao todo, 22 estados e o Distrito Federal registraram cobertura de visitas domiciliares no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR). Paraíba continua com o maior número percentual de imóveis trabalhados, com 74,6%. Na sequência, aparecem Piauí (56,99%), Sergipe (47,49%) e Rondônia (46,65%) em quantidade de visitas domiciliares.
São Paulo é o estado com mais imóveis visitados, totalizando 2,6 milhões, com 21,6% de cobertura, seguido do Rio de Janeiro, com 1,9 milhão (38,3%) e Minas Gerais, com 1,2 milhão (24%). Os estados do Amazonas, Amapá, Rio Grande do Sul e Roraima não enviaram dados relativos às visitas, até o fechamento do balanço, às 10 horas de quinta-feira (28/1).
Durante as visitas, foram identificados 355 mil imóveis com focos do mosquito, ou seja, 3,25% do total. Além disso, houve a recusa de acesso a 45.719 imóveis. Houve, ainda, 2,7 milhões de domicílios fechados. A meta é reduzir esse índice de infestação para menos de 1% de domicílios com foco.
"Esse crescimento do alcance dos domicílios demonstra que está havendo forte comprometimento dos estados e municípios no registro das informações das visitas domiciliares e no combate ao veto"¿, destacou o secretário-executivo substituto do Ministério da Saúde, Neilton Oliveira. Segundo o coordenador da Sala Nacional, Marcus Quito o aumento das visitas e a eliminação de focos do mosquito ocorreram por conta da intensificação das ações locais e dos quatro estados que passaram a inserir dados no sistema federal: Alagoas, Espírito Santo, Paraná e Mato Grosso do Sul.
A melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer. Por isso, o governo federal convocou um esforço nacional para que todas as casas do país sejam visitadas para eliminação dos criadouros. As visitas domiciliares são essenciais para o combate ao vetor. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores, relativas aos cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências. Desde dezembro, os 266 mil agentes comunitários de saúde reforçam o combate ao Aedes aegypti nas residências. Eles se juntaram aos 6.188 profissionais das equipes de Atenção Domiciliar/Melhor em Casa (SAD) e aos 46 mil agentes de combate às endemias que já realizam o serviço junto à comunidade. Além disso, 3.219 militares das forças armadas estão reforçando, em 19 estados, as ações de eliminação dos focos do mosquito da dengue.
Recursos
Os recursos federais destinados para o combate ao mosquito Aedes aegypti cresceram 39% nos últimos anos (2010-2015), passando de R$ 924,1 milhões para R$ 1,29 bilhão neste ano. Para 2016, a previsão é de um incremento de R$ 580 milhões, uma vez que o valor chegará a R$ 1,87 bilhão. Também foi aprovado no orçamento um adicional de R$ 500 milhões para o combate ao Aedes. Além das ações de apoio a estados e municípios, a Pasta realiza a aquisição de insumos estratégicos, compra e distribuição de larvicidas, adulticidas (fumacê) e kits de diagnósticos, bem como o pagamento dos agentes de endemias.
Microcefalia
Até o dia 23 de janeiro, foram registrados 4.180 casos suspeitos de microcefalia relacionada com algum agente infeccioso causador de malformação congênita. Estão entre os agentes infecciosos causadores da malformação: Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus, Herpes Viral e vírus Zika. Os casos suspeitos da doença em recém-nascidos são computados desde o início das investigações (em 22 de outubro de 2015) e ocorreram em 830 municípios de 24 unidades da federação.