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Governo Federal entrega mais um trecho do Canal do Sertão Alagoano
Com recursos da União, a obra beneficia cerca de 106,4 mil pessoas desde 2013. Investimento no Trecho III é de R$ 851,10 milhões
O Canal do Sertão Alagoano está com mais uma etapa concluída. O Governo Federal entrega nesta quinta-feira (5/11) o Trecho III - com 28,2 quilômetros de extensão - da maior obra de infraestrutura hídrica do estado, em Inhapi (AL). Com investimento de R$ 851,10 milhões, esse trecho disponibilizará água para os municípios de Água Branca, Olho D'Água do Casado, Inhapi e Senador Rui Palmeira, em Alagoas. Aproximadamente 60,4 mil pessoas serão beneficiadas.
O canal é executado pelo governo do estado de Alagoas com apoio financeiro do Governo Federal. O empreendimento está orçado em R$ 2,35 bilhões, sendo R$ 2,28 bilhões da União e R$ 71,14 milhões de contrapartida do estado para os Trechos I e II. Atualmente, a obra engloba a construção de quatro trechos, com 123,4 quilômetros de extensão (I, II, III, IV), a interligação do canal às Adutoras do Alto Sertão e da Bacia Leiteira.
Também há obras complementares como a montagem de comportas e eletrificação. O investimento em eletrificação está orçado em R$ 10,54 milhões. As obras das comportas (sistema de controle de fluxo de água) têm orçamento de R$ 25,15 milhões.
A captação de água do Canal do Sertão Alagoano, localizado a cerca de 300 quilômetros de Maceió, é realizada no Lago Moxotó, formado pelo represamento do Rio São Francisco, em Delmiro Gouveia (AL), com vazão de 32m³/s.
Os Trechos I e II têm 64,7 quilômetros e já garantem água para o consumo humano, animal e a atividade agrícola de 106,4 mil alagoanos, desde 2013, aos municípios de Delmiro Gouveia, Pariconha, Água Branca e Olho D'Água do Casado. O valor orçado do Trecho I foi de R$ 405,64 milhões e o do Trecho II foi de R$ 269,32 milhões. Com a entrega do Trecho III, o abastecimento dessas cidades será ampliado até Inhapi e Senador Rui Palmeira. No total, as três etapas, com 92,9 quilômetros, beneficiarão 166,8 mil habitantes. Os investimentos da União nestes trechos somam R$ 1,52 bilhão.
O Trecho IV, as interligações do Canal do Sertão Alagoano às Adutoras do Alto Sertão e da Bacia Leiteira, e as obras complementares (comportas e eletrificação) estão em execução. O último trecho está com 51,4% de avanço físico e possui 30,4 quilômetros de comprimento. Quando concluído, ampliará o abastecimento do canal até as cidades de Senador Rui Palmeira e São José da Tapera, beneficiando 43 mil habitantes nestes municípios. O Trecho IV está orçado em R$ 592,39 milhões.
Com investimentos de R$ 89,43 milhões, a interligação do canal à Adutora do Alto Sertão apresenta 60% de execução física. Com a obra, a água chegará às oito sedes municipais - Água Branca, Canapi, Delmiro Gouveia, Inhapi, Mata Grande, Olho D'Água do Casado, Pariconha e Piranhas - e a 24 povoados que atenderão cerca de 180 mil habitantes. O empreendimento tem 247 quilômetros de adutoras e interligará o canal no km 36,8 do Trecho I, em Pariconha (AL).
Já a interligação do canal à Adutora da Bacia Leiteira está orçada em R$ 114,43 milhões, com 27% de execução física. A obra vai recuperar e modernizar a adutora, que já atende quase 290 mil habitantes em 19 municípios alagoanos.
No total, o Canal do Sertão Alagoano prevê a implantação de 250 quilômetros de obras, entre Delmiro Gouveia e Arapiraca, que atenderão mais de um milhão de alagoanos em 42 municípios no estado.
Preservação
O Ministério da Integração Nacional realiza ações de conservação e preservação da Bacia do Rio São Francisco desde 2007. Para o estado de Alagoas, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) tem previsão de investir R$ 191,68 milhões em 50 empreendimentos. Desse total, 13 são ações de saneamento ambiental, 30 do Programa Água Para Todos e sete fazem parte do controle de processos erosivos. Ao todo, 50% das ações previstas estão concluídas.
Em toda a Bacia do Rio São Francisco, o montante investido em revitalização é de aproximadamente R$ 1,7 bilhão dos R$ 2,5 bilhões aprovados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As ações contemplam o combate aos processos erosivos no rio, como revitalização das nascentes, desassoreamento, revegetação e a recomposição das matas ciliares. Além da implantação de sistemas públicos de coleta, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos e esgotamento sanitário.