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Governo Federal entrega Área Sul do perímetro irrigado Pontal, em Petrolina (PE)
Área Sul do Projeto Público de Irrigação Pontal (PPI Pontal), em Petrolina (PE), recebeu R$ 700 milhões em investimentos da União (Fotos: Dênio Simões/MDR)
Brasília (DF) – O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), entregou, nesta terça-feira (19), a Área Sul do Projeto Público de Irrigação Pontal (PPI Pontal), em Petrolina (PE). A área de produção irrigada é gerida pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e recebeu R$ 700 milhões em investimentos da União.
Presente à cerimônia, o ministro Rogério Marinho destacou o impacto do empreendimento para fomentar a produção agrícola na cidade pernambucana. Além disso, reforçou o comprometimento do Governo Federal em concluir as obras iniciadas.
“Temos o compromisso de não deixar nenhuma obra paralisada. A conclusão do Pontal Sul é nessa linha, de dar funcionalidade a essa estrutura que salta aos olhos pela sua imponência e pela sua condição de impactar o dia a dia das pessoas. Petrolina, hoje, é uma referência no mundo como um dos maiores e mais importantes polos fruticultores. O que estamos fazendo é dar continuidade a uma fórmula que deu certo”, observou Marinho.
As áreas irrigáveis da Área Sul são divididas em setores para colonos e em lotes empresariais. Atualmente, são 16 localidades destinadas à agricultura familiar, com 300 lotes com 6 hectares em média, além de outros 37 terrenos destinados a empresas, cada um com área média de 46 hectares. Das áreas destinadas à produção agroindustrial, 19 já foram licitadas e outras 18 passarão pelo mesmo processo.
Um dos beneficiados com a entrega do Pontal Sul é o agricultor Roberto Domingos Vieira da Silva. Ele explicou como a produção em uma área irrigada é importante para os profissionais do campo da região de Petrolina.
“A gente depende muito da água para produzir. Só conseguíamos trabalhar na agricultura familiar quando chovia e dependíamos de outro meio de trabalho para a sobrevivência. Mas, agora, com o investimento do Ministério do Desenvolvimento Regional, vamos garantir o sustento da nossa família e gerar emprego e renda”, comemorou.
Construção da Área Norte
Além disso, foi assinada ordem de serviço para o início da construção da Área Norte, que receberá aporte de R$ 117 milhões do Governo Federal para a sua implementação. O edital para a execução das intervenções foi lançado em outubro de 2020 e o contrato, assinado em julho deste ano.
Os recursos serão destinados à construção de dois sifões de captação de água, ligados ao Pontal Sul. De forma auxiliar, também serão implementados 23 quilômetros de canais e estrada, duas estações elevatórias para o bombeamento da água e rede de abastecimento para os lotes produtivos. O Pontal Norte terá 60 lotes empresariais, de cerca de 40 hectares cada, e outros 286 terrenos familiares, de 6 hectares cada.
Com uma área total de 29 mil hectares, o PPI Pontal abrange cerca de 7,6 mil hectares de área de irrigação, dividida em duas categorias: unidades parcelares empresariais (média de 46 hectares) e familiares (média de 6 hectares), sendo 3,5 mil hectares no Pontal Sul e 4,1 mil no Pontal Norte.
O Projeto Pontal atende, também, oito sistemas de abastecimento de água para comunidades circunvizinhas ao Perímetro, proporcionando um grande incremento no alcance social do Projeto. As principais culturas são frutíferas, em especial caju, maracujá, goiaba, manga, uva e coco. Em consórcio com a fruticultura, poderão ser plantados cultivos anuais, como milho, feijão, amendoim, melão, melancia, abóbora e tomate, entre outros.
Desenvolvimento econômico e social
A programação do ministro Rogério Marinho em território pernambucano também incluiu a visita a um estande com exposição de produtos manufaturados por produtores que integram a Rota do Cordeiro, do Programa Rotas de Integração Nacional. Foram disponibilizados queijos, iogurtes e cortes especiais. Também foram apresentados produtos derivados do mel, produzidos por apicultores do Polo do Mel do Semiárido Baiano.
O Programa Rotas de Integração Nacional é uma das principais ações do MDR para estimular o desenvolvimento de cadeias produtivas de destaque nas diversas regiões do País. As Rotas são redes de arranjos produtivos locais associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).
Atualmente, o MDR apoia dez Rotas em todas as regiões do País: do Açaí, da Biodiversidade, do Cacau, do Cordeiro, da Economia Circular, da Fruticultura, do Leite, do Mel, do Peixe e da Tecnologia da Informação e Comunicação. As ações já alcançam 50 unidades espalhadas por todas as regiões brasileiras e englobam produtores de mais de 600 cidades brasileiras. Desde 2019, o MDR já investiu mais de R$ 45,5 milhões na iniciativa.
Durante os dez dias, serão realizados anúncios, entregas e liberações de recursos em dez estados brasileiros. Será promovida uma série de iniciativas que tem como essência quatro eixos: de infraestrutura, com entregas, inaugurações e anúncios de obras que levarão água aos moradores das regiões mais secas do país; de sustentabilidade, com ações de saneamento básico e de preservação, conservação e recuperação de bacias hidrográficas; de desenvolvimento econômico e social, com o apoio a organização de arranjos produtivos locais, promovendo geração de emprego e renda; e de melhoria da governança, com a modernização de toda a regulação do setor.
A primeira parada da Jornada das Águas ocorreu na segunda-feira (18), em Minas Gerais. Após a Bahia, a comitiva do MDR passará por Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte Piauí, Maranhão, Alagoas e Sergipe.
“Não existe desenvolvimento econômico sem água. A água é o principal insumo estratégico do Brasil. Ela está nos alimentos que exportamos, na energia, na indústria, na saúde... Sem ela não há vida. É por isso que o governo do presidente Jair Bolsonaro vem atuando para garantir que a água chegue às pessoas, mas também para que ela seja preservada e continue disponível para as próximas gerações”, explica o ministro Rogério Marinho.