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Fórum Nacional de Defesa Civil destaca a importância das relações internacionais
Durante os debates, os participantes apresentaram parcerias importantes, como as fechadas com o BID e o Pnud, além do acordo de cooperação técnica com o Japão
Nesta sexta-feira (27) - último dia do 10º Fórum Nacional de Defesa Civil - um dos assuntos em destaque foi a importância das parcerias internacionais para minimizar riscos de desastres. Atualmente, instituições de abrangência internacional e de outros países desenvolvem vários programas e ações neste âmbito.
Um dos exemplos é o Banco Interamericano para o Desenvolvimento (BID), que trabalha em três linhas relacionadas a este tema. Nas operações de crédito, realiza investimentos baseados em dados que tragam credibilidade na hora de definir onde os recursos devem ser empregados, para que eles sejam aplicados de forma mais eficaz e assertiva.
Na linha das doações, o Banco recebe a incumbência de definir quais os locais com mais necessidades de investimentos para prevenção de desastres e aplica recursos doados por países que desejam contribuir.
No quesito capacitação técnica, a própria instituição financeira promove workshops de capacitação em parcerias com estados e municípios, com o objetivo de diminuir riscos de desastres. Neste caso, as oficinas já ocorrem em seis estados do Brasil. "O Banco reconhece que o país está buscando trabalhar de forma mais integrada no que diz respeito à questão dos desastres", afirmou o especialista em Gestão de Riscos e Desastres do BID, Frederico Ferreira Pedroso, durante os debates do Fórum.
Já o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)' é parceiro do Brasil para colocar em prática o projeto BRA/12/017 - que trata sobre o Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres - por meio de um termo de cooperação técnica. Na primeira fase, o PNUD irá traçar um diagnóstico das necessidades de capacitação para cada estado ou região, levantando quais as maiores deficiências das equipes que trabalham na prevenção e recuperação de desastres. A segunda etapa será marcada pela promoção de capacitações. Este mesmo trabalho ocorre em 15 países da América Latina, o que também vai proporcionar intercâmbios e a troca de experiências entre eles.
O Japão é outro exemplo de nação que desenvolve projetos nesta área. Na ocasião, o especialista em Políticas de Prevenção da Agência Internacional de Cooperação do país, Toshiya Takeshi, discorreu sobre as parcerias fechadas com os ministérios brasileiros da Integração Nacional, da Ciência e Tecnologia e das Cidades.
"Nossa Agência situa o Brasil como seu parceiro na solução de questões globais. Nossos projetos de cooperação contribuem não só para a solução de problemas internos do país, mas também de dimensões mundiais", explicou Takeshi. Uma das áreas prioritárias da parceria com o Brasil é o meio- ambiente, que engloba medidas contra mudanças climáticas e o ordenamento do meio ambiente urbano.