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Financiamento facilitado amplia em 73% contratações dos Fundos Constitucionais
Na contramão de outras fontes de crédito, iniciativa do Ministério da Integração tem melhor desempenho em mais de dez anos
Os Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), Nordeste (FNE) e Centro-Oeste (FCO), administrados pelo Ministério da Integração Nacional, registraram alta de 73% no volume de recursos contratados entre os meses de janeiro e outubro deste ano. O resultado é o melhor em mais de uma década. Com novas regras para aplicações desde o ano passado e condições cada vez mais facilitadas para empréstimos, os Fundos investiram R$ 20,5 bilhões nas três regiões, aporte que aquece a economia ao estimular atividades produtivas e gerar emprego e renda. Para 2018, mais R$ 38,5 bilhões estão programados para financiamentos que podem atender inciativas de setores e portes diversos.
O Centro-Oeste liderou proporcionalmente o valor contratado nos dez primeiros meses deste ano. Foram R$ 5,9 bilhões contra R$ 3,1 bilhões no mesmo período em 2016 - aumento de 91%. Do total de recursos autorizados em 2017, cerca de 80% foi destinado ao agronegócio: R$ 4,7 bilhões divididos em mais de 28 mil operações de crédito com taxas de juros mais baixas em relação ao mercado e maior prazo para pagamento. E os produtores e investidores dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal terão mais R$ 9,6 bilhões do FCO em 2018.
Na região Nordeste, os valores aplicados entre os meses de janeiro e outubro somaram R$ 12,2 bilhões, 50% a mais em relação a 2016, quando foram utilizados R$ 8,1 bilhões no mesmo período. O maior volume de recursos este ano - algo em torno de R$ 7,1 bilhões - foi destinado ao segmento empresarial. Isso porque uma parcela da programação financeira do FNE em 2017 foi reservada exclusivamente a iniciativas na área de infraestrutura, com linhas de crédito direcionadas a grandes projetos estruturantes. Para o próximo ano, mais R$ 23,8 bilhões estarão disponíveis aos estados do Nordeste e ao norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo, regiões também cobertas pelo Fundo Constitucional.
Os valores contratados no Norte do País cresceram 24%. Foram R$ 2,2 bilhões nos dez primeiros meses de 2017 contra R$ 1,7 bilhão no mesmo período do ano passado. O segmento rural recebeu este ano aproximadamente 70% do recurso aplicado pelo FNO e registrou também o maior volume de operações de crédito - R$ 1,5 bilhão em mais de nove mil financiamentos. Outras 2,9 mil contratações beneficiaram segmentos urbanos como comércio e serviços, turismo, indústria e exportação, dentre outros. Em 2018, mais R$ 5,1 bilhões serão disponibilizados aos estados da região.
"Em função de seus atrativos e de condições cada vez mais facilitadas para obtenção de crédito, os Fundos Constitucionais têm desempenhado com excelentes resultados o papel de estimular atividades produtivas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, regiões que carecem de estímulo para ampliar seu desenvolvimento", afirma o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho. De forma inédita, os três Fundos também vão destinar mais de R$ 1 bilhão ao financiamento estudantil em 2018. Saiba mais.
Recursos garantidos
As operações dos Fundos Constitucionais priorizam empreendedores de médio e pequeno porte, inclusive agricultores familiares, mas atendem também grandes empresas. Possibilitam empréstimos para abertura do próprio negócio, investimentos para expansão das atividades, aquisição de estoque e até para custeio de gastos gerais relacionados à administração - aluguel, folha de pagamento, despesas com água, energia e telefone. Os interessados devem procurar, em cada região, uma agência de um dos bancos operadores do crédito: Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e, no Centro-Oeste, o Banco do Brasil.
O ministro Helder Barbalho também destaca que os Fundos Constitucionais não sofrem contingenciamento. "Há sempre garantia para investir mais nessas regiões", observa. Os recursos correspondem a 3% da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Do total, são destinados 1,8% ao FNE, 0,6% ao FNO e mais 0,6% ao FCO. Além disso, o orçamento também é composto do retorno das aplicações de cada Fundo, do resultado da remuneração dos valores momentaneamente não aplicados e da disponibilidade de exercícios anteriores.