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Especialistas debatem participação da comunidade em ações de proteção e defesa civil
O tema foi abordado durante a oficina de boas práticas, promovida no último dia da décima edição do Fórum Nacional de Defesa Civil
Com o objetivo de disseminar informações e técnicas de defesa civil que envolvam a participação comunitária, especialistas debateram, nesta sexta-feira (27), durante o 10º Fórum Nacional de Defesa Civil, boas práticas sobre o tema. Na ocasião, foi promovida a oficina que apresentou projetos que incluem a atuação dos moradores - sobretudo daqueles que vivem em áreas de risco - em ações que visam a preservar a vida humana e minimizar danos econômicos e sociais decorrentes de desastres naturais.
Entre as boas iniciativas demonstradas estiveram o projeto -Nudecs Resilientes', da Defesa Civil de Recife (PE) e as -Unidades de Proteção Comunitária', da Defesa Civil do Rio de Janeiro. A primeira ação consiste em desenvolver o -Nudec Jovem', projeto destinado à comunidade que envolve arte e educação. Trata-se de um processo de formação de seis meses, com turmas de 30 alunos, que depois atuarão como multiplicadores para a instalação de Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudecs).
Segundo a gerente geral de Atenção Social da Defesa Civil da Recife, Keila Ferreira, a proposta de interlocução com a comunidade busca mostrar aos moradores o risco ao qual estão expostos. "A ideia é formar uma rede com a sociedade civil, para que ela esteja preparada em uma situação de desastres. Falamos de práticas positivas que podem ser usadas, como a questão do lixo e da realocação de fossa, sobre o que é a defesa civil, qual o seu papel e o do cidadão nesse processo", explica.
UPCs - Já as Unidades de Proteção Comunitária (UPCs) foram criadas para reduzir as ameaças provocadas pelas chuvas em áreas de risco. Esses locais funcionam como ponto de apoio em módulos habitacionais, onde agentes treinados pela defesa civil atuam 24 horas, recebendo alertas de risco e promovendo treinamentos com os moradores.
"Nós não conseguimos enxergar defesa civil sem a participação da comunidade. O envolvimento dela é muito importante em todas as ações", pontua o coronel Luiz Guilherme dos Santos, integrante da Defesa Civil do Rio de Janeiro.
Cuiabá vai sediar próxima edição - Todos os estados brasileiros foram representados nesta 10ª edição do evento. De acordo com o diretor de Minimização de Desastres do Ministério da Integração Nacional, Armin Braun, o balanço do encontro foi positivo. "Tivemos uma programação diversificada e as crianças começaram a participar de um processo de sensibilização de gestão de riscos. Esse foi para nós o ponto mais importante. Vamos iniciar uma longa carreira de fóruns infanto-juvenis de defesa civil por todo o Brasil", informa ele.
Durante o segundo dia do encontro, os coordenadores municipais elegeram a próxima cidade que sediará o XI Fórum: Cuiabá (MT). "Fizemos um certame entre as cidades de Santos e Cuiabá, que apresentaram suas propostas. Os coordenadores analisaram as duas propostas e escolheram a capital mato-grossense", explica Braun.