Saneamento e mobilidade urbana abriram os debates do Encontro Rumo à Conferência da Habitat III, realizado pelo Ministério das Cidades na Praça das Artes, região central de São Paulo, com apoio da Cooperação Alemã/GIZ, Cities Alliance, Habitat for Humanit, CEBIC, Conselho das Cidades (ConCidades) e Prefeitura de São Paulo. O evento, que tem como objetivo a preparação para a Habitat III, reuniu pelo menos 200 participantes nas primeiras discussões.
O desafio de garantir o acesso universal à água tratada e ao esgotamento sanitário foi o ponto central da mesa de saneamento, sobretudo porque a maioria da população vive nas cidades e as projeções atuais mostram que a tendência é essa concentração aumentar nas próximas décadas.
"Pretendemos reunir 400 boas práticas sobre a questão da água ao redor do mundo para que todos possam ter acesso e aplicar", afirmou Luiz de Mello, vice-diretor de Governança Pública e Desenvolvimento Territorial da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE-França). De acordo com Mello, as dificuldades para se manter a infraestrutura, ampliar a rede, atingir a universalização dos serviços, identificar novas fontes de financiamento são questões fundamentais também para países desenvolvidos. A mesa foi coordenada pelo secretário nacional de Saneamento Ambiental, Paulo Ferreira, que administra carteira de investimento de mais de R$ 86 bilhões com quase 3 mil empreendimentos em todas as regiões do Brasil. "É senso comum que a água é fator de inclusao social, mas também insumo básico para o desenvolvimento econômico sustentável", resumiu Ferreira.
Com os recursos aplicados, o Governo Federal já incluiu 17 milhões de brasileiros no serviço de água e outros 13 milhões no de esgotamento. O primeiro painel de mobilidade urbana se concentrou sobre segurança de pedestres e ciclistas. A segunda mesa abordará o desestímulo ao uso do automóvel. A abertura oficial será feta às 18h30 pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab.