Notícias
Em Sergipe, irrigante melhora sua produtividade e duplica colheita de arroz
A produção no ano passado atingiu cerca de 20 mil toneladas na região
A cultura de produção de arroz é uma das tradições da região do Baixo São Francisco sergipano. Em 2013 foram quase 20 mil toneladas produzidas nos perímetros públicos de irrigação de Propriá, Cotinguiba-Pindoba e Betume, que juntos têm uma área total de 3,6 mil hectares. A atividade proporcionou para a região a geração de cinco mil empregos diretos e indiretos, com receita bruta de R$ 10 milhões.
No perímetro de Propriá, o irrigante Lenilson Basílio de Oliveira - mais conhecido como "Pedrinho", 47 anos, casado e pai de dois filhos, relata com simplicidade e alegria sua vida na agricultura. Filho de agricultor, Lenilson conta que herdou o lote de 8 hectares do seu pai que o comprou há mais de vinte anos. "Produzo arroz, é o que se destaca na região. São duas safras por ano. Colhi a primeira em abril com 53 mil quilos e agora estou preparando a terra para próxima colheita em setembro", explica.
O irrigante afirma que a cada safra sua produção está aumentando e acredita que a próxima, em setembro, será ainda maior. "É difícil produzir duas safras por ano, a terra fica cansada, mas estamos utilizando técnicas para que isso seja possível. Técnicos nos ensinaram como preparar a terra e toda minha produção já está vendida, tem um destino certo", comemora.
O agricultor tem orgulho em falar que ele mesmo prepara a terra, com captação da água do Rio São Francisco, planta e colhe juntamente com a família e alguns empregados que contrata durante a safra. "Eu vivo disso, não tenho estudo mas sempre busco e cobro melhorias aqui no perímetro, é importante acompanhar", acrescenta. "Não tenho luxo, o que ganho eu invisto na terra, na compra de mais lotes e na escola dos meus filhos. O mais velho está estudando para ser técnico agrícola", conclui.
Para o secretário nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional, Miguel Ivan, a agricultura irrigada tem um papel relevante na sociedade brasileira. "Muitos irrigantes em todo o Brasil dependem desse tipo de atividade para produzir alimentos e garantir o sustento familiar. Estamos trabalhando ações de implantação e revitalização de perímetros de interesse social, como o caso de Propriá que está incluído no eixo 3 do programa Mais Irrigação", afirma.