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Em Questão - Estande na Rio+20 destaca ações de garantia de acesso à água no Brasil
Estudantes visitam mostra promovida pelo Ministério da Integração Nacional/Ministério da Integração Nacional
Espaço interativo tem como tema "Água, inclusão e integração"
A tecnologia e a interatividade na apresentação das ações atraem os visitantes no estande do Ministério da Integração Nacional na Conferência Rio+20, no Píer Mauá. A cortina de fumaça que se levanta, o piso que muda de cor, se tornando verde, e a ossada de uma preguiça gigante encontrada na área do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) têm surpreendido os visitantes, principalmente as caravanas de estudantes.
Os dispositivos que mostram as ações permitem que o próprio visitante busque as informações sobre os projetos, como no caso do PISF, que tem todos os detalhes reunidos em um totem autoexplicativo e com animações descrevendo as diversas fases e também todos os números do empreendimento.
"Percebo agora que muitas das críticas que são feitas ao projeto acontecem por falta de conhecimento", comentou o visitante Elpídio Vieira, após se inteirar dos objetivos e do alcance da obra. Ele diz que já tinha ouvido falar do PISF, mas não tinha noção de como era. "É interessante saber que a questão da água para o morador do semiárido é muito mais importante do que pra nós aqui no Sudeste. Não temos isso como primordial", completou Elpídio, que foi a Rio+20 integrando uma comitiva de professores de geografia da cidade mineira de Juiz de Fora.
Outro membro da comitiva, João Paulo Lima, reconheceu no Programa Água para Todos uma saída simples e de baixo custo para resolver o problema de quem sofre com a falta de água até para beber. "É uma solução familiar, caseira", observou ele após ouvir explicações do técnico Elton Cruz, que é chefe da Unidade de Gestão de Recursos Hídricos da Codevasf, vinculada ao Ministério da Integração Nacional.
Com o tema "Água, inclusão e integração" o estande ocupado pelo ministério na Rio+20 conta com um espaço de 200m² onde estão expostas as principais ações do órgão no campo da infraestrutura hídrica, universalização do acesso à água, revitalização de bacias, irrigação e defesa civil.
Projeto de Integração do Rio São Francisco é uma das atrações da exposição
Nem só de obras é feito o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF). No estande do Ministério da Integração Nacional na Rio+ 20 é possível conhecer dois dos 38 programas ambientais necessários para a execução da obra que vai levar água para 390 municípios do semiárido brasileiro.
O Programa de Identificação e Salvamento de Bens Arqueológicos é um dos destaques da exposição no Píer Mauá. Lá podem ser vistos alguns dos achados arqueológicos na região do PISF. Ossos de uma preguiça gigante (Eremotherium sp) de aproximadamente 6 metros foram encontrados na Lagoa Uri de Cima, no Município de Salgueiro (PE), durante as obras.
Os vestígios, de 12 mil anos, impressionam pelo bom estado de conservação, o que permite a perfeita visualização de formatos e tamanhos. Em termos de importância científica, os arqueólogos destacam a presença de material de manufatura humana no mesmo nível dos ossos, indicando uma provável interação entre o homem e o enorme animal. O achado é inédito na região.
Fauna - Outro programa que pode ser conferido no estande é o de Conservação de Fauna. Com recursos do ministério foi construído o Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna), localizado na Universidade Federal do Vale do São Francisco, em Petrolina (PE).
O centro é uma unidade de triagem de animais silvestres, que tem como objetivo principal o manejo e tratamento da fauna resgatada e monitorada na área de influência do PISF. A equipe do Cemafauna já resgatou mais de 9,7 mil animais. O processo de resgate dos animais se inicia antes da execução das obras. Equipes de especialistas monitoram e analisam as espécies encontradas no trecho, que são levadas para o centro, para tratamentos e estudos e posterior recondução ao seu habitat.