Notícias
Donald Wilhite explica os diversos aspectos da seca no Brasil e no mundo
Professor da Universidade do Nebraska (EUA) fez palestra para servidores do Ministério da Integração Nacional
Com o objetivo de ilustrar a resiliência da sociedade contemporânea no que diz respeito à seca, o professor de Ciências Climáticas Aplicadas da Universidade do Nebraska (EUA), Donald Wilhite, ministrou, nesta segunda-feira (9), em Brasília, palestra aos servidores do Ministério da Integração Nacional. A pasta integra o conjunto de órgãos governamentais que cuidam da questão da estiagem.
Durante a palestra, Donald Wilhite falou sobre as várias facetas da seca, incluindo alguns perigos inerentes ao fenômeno climático. Ele explanou sobre suas inúmeras características e definições, além de abordar a questão da mudança climática. O professor cobrou a elaboração de planos que aumentam a resistência da sociedade no que tange à estiagem. De acordo com ele, a seca, além de ser um fenômeno natural complexo, é um fenômeno social.
Para o especialista em clima, a ocorrência mais frequente de eventos extremos, como a seca, faz com que o planejamento e a gestão ganhem mais importância nos dias atuais. "O que eu quero mostrar é que a seca varia de região para outra em termos não só da característica física, dos fatores que definem os termos meteorológicos, mas também os impactos e a capacidade de resposta dos países do mundo. Alguns países contam com mais recursos, com mais capacidade institucional para responder do que outros", comenta Wilhite.
O professor destacou, ainda, os diferentes aspectos que a seca assume em todo o globo terrestre. "Há seca em todas as regiões e países do mundo, mas como ela se manifesta? Temos características locais e é isso que difere o Brasil da Argentina, da China, dos Estados Unidos, Europa", pontua. "É importante sabermos que a seca tem aparência distinta, que depende da região do mundo e das abordagens que assumimos para lidar com ela de modo mais proativo", ressalta.