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Definir parâmetros para valorar usos da água está entre objetivos do Programa Águas Brasileiras
Brasília (DF) – Estabelecer critérios para a valoração da água é uma das ações necessárias para garantir segurança hídrica no País e fomentar o crescimento econômico e social. O tema foi abordado nesta quarta-feira em painel do Seminário Águas Brasileiras, promovido, de 22 a 24 de março, pelo Governo Federal.
“A criação de valor das águas brasileiras e a determinação de que todos os brasileiros tenham condições de acesso à água de qualidade nos colocará em outro patamar de desenvolvimento”, destacou Luna Bouzada Flores Viana, assessora especial do Ministério do Desenvolvimento Regional. “Nesse contexto, o Programa Águas Brasileiras também busca chamar a atenção de produtores rurais, empresários e agentes governamentais para a necessidade de transformação, sob novos modelos de negócio e novas formas de atuar. Também precisamos conscientizar de que a gestão de recursos hídricos é parte intrínseca da geração de valor no nosso País”, destacou.
Parte desse esforço passa pela qualidade da água ofertada ao consumo humano e produtivo. Um dos meios para garantir esse objetivo, segundo o superintendente de Planejamento de Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Sérgio Ayrimoraes, é contar com dados que atestem a qualificação dos recursos hídricos.
“Água tem que ser encarada não como gargalo para o desenvolvimento, mas como um elemento estratégico para ele. Para isso, é importante ter informação de qualidade e estabelecer regras para os múltiplos usos”, afirmou Ayrimoraes.
Durante a discussão, o pesquisador Glauco Kimura, do Programa de Ciências Naturais da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), apresentou o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos 2021. O documento tem como pano de fundo exatamente a questão da valoração da água.
Desastres naturais
Outro tema discutido nesta quarta-feira foi a adoção de estratégias para mitigar os impactos de desastres naturais relacionados à água nas cidades brasileiras, como enchentes e períodos de estiagem prolongada. Para o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil do MDR, Alexandre Lucas, a adoção de técnicas de monitoramento é fundamental para uma melhor gestão de riscos e desastres.
“Com ferramentas de monitoramento, podemos adotar estratégias de defesa civil mais eficientes. Para isso, utilizamos plataformas tecnológicas e acompanhamento in loco nos locais de risco, por exemplo. Unindo essas frentes, podemos dar respostas mais eficientes e reduzir os riscos para a população”, disse.
Durante o painel, foram apresentadas ações de mitigação dos impactos da seca no abastecimento de água em Brasília, de monitoramento de desastres na Região Metropolitana de São Paulo e de acompanhamento e controle de enchentes em Belo Horizonte (MG).
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