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DEFESA CIVIL: Órgão da ONU para prevenção deve ser instalado no Rio
O governo brasileiro pediu ajuda à Organização das Nações Unidas (ONU) na tentativa de reduzir tragédias provocadas por enchentes e trazer ao país experiências bem-sucedidas no exterior.
Um escritório da Estratégia Internacional para Redução de Desastres (ISDR, na sigla em inglês), braço da organização que trata da prevenção aos desastres naturais, deve ser instalado no Rio de Janeiro em agosto. Uma das razões da escolha da cidade foi a visibilidade do município em eventos como o Rio+20, no ano que vem, a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
"Se acontecer um evento de proporções desastrosas seis meses antes, acabou o evento. A imagem da cidade e a vinda dos turistas ficam comprometidas", disse o ministro Milton Rondó, que lidera as negociações no Itamaraty para a vinda da ISDR.
O órgão da ONU tem entre suas atribuições "mobilizar compromissos políticos e financeiros" para a redução do risco de desastres.
Na semana passada, Rondó participou de reunião com a diretora mundial da ISDR, Margareta Wahlstrom, que deve vir ao Brasil para inaugurar o escritório.
O governo apresentou o pleito há alguns anos, mas vem intensificando o lobby para a vinda do órgão. No ano passado, o Brasil fez sua primeira doação, de US$ 600 mil, e pretende repeti-la.
Para Airton Bodstein, a presença da ISDR é uma forma de pressionar as autoridades a fazer um trabalho melhor na prevenção de desastres. "As ações estão muito dispersas: a gestão de águas está no Meio Ambiente, a Defesa Civil no Ministério da Integração, os satélites na Ciência e Tecnologia", diz o especialista em Defesa e segurança Civil da Universidade Federal Fluminense.
Com sede em Genebra, a ISDR tem sete escritórios regionais-no continente americano, está no Panamá. O escritório do Rio cuidará das demandas nacionais.
"Ter essas pessoas próximas vai fazer diferença, e a curto prazo", afirma Rafael Schadeck, diretor do departamento de minimização de desastres da Secretaria Nacional de Defesa Civil.
Com informações da Folha de S. Paulo