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Defesa Civil Nacional debate tema cidades resilientes com convidados e especialistas
Brasília (DF) – O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) promoveu, nesta quinta-feira (29), um debate sobre o tema Cidades Resilientes. Transmitido on-line, o evento abordou, com especialistas, a capacidade de um sistema ou comunidade exposta a riscos de resistir, se adaptar e se recuperar das consequências de um desastre e os passos que precisam ser dados para que um município se torne resiliente.
O debate foi o quarto da série Bate-papo com a Defesa Civil, que é realizada uma vez por mês, com transmissão pelo canal do MDR no YouTube. A discussão foi mediada pelo secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas Alves. Ele destacou a importância de que as cidades se preparem para riscos de desastres.
“Todo lugar é possível se tornar resiliente, basta você ter pessoas que compreendem a importância do assunto e que queiram, mesmo com ações simples, começar a mudar a cultura de percepção de risco e de resiliência da localidade. Fazendo isso, você vai atrair parceiros, pessoas que vão acreditar e aí, sim, ter o apoio dos governos federal, estadual e municipal para essas iniciativas”, observou.
O chefe adjunto para as Américas e o Caribe do Escritório Regional das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres, Nahuel Arenas, deu ênfase à campanha Construindo Cidades Resilientes (MCR2030), que tem como objetivo tornar as cidades mais resilientes e seguras.
“A campanha entrou em uma segunda fase no ano passado. É uma iniciativa muito importante, porque trabalha para que mais governos se interessem e atuem para a redução de riscos e na resiliência. A iniciativa está focada nos desafios da implementação dessa resiliência”, destaca.
A coordenadora regional da iniciativa Making Cities Resilient 2030 nas Américas e Caribe, Adriana Campelo, ressalta o que é importante para que as cidades avancem na prevenção de riscos e desastres.
“O que buscamos é a ideia da resiliência e isso envolve fatores como trabalho conjunto de todos em níveis (federal, estadual e municipal), da sociedade civil, para buscar soluções práticas. Há um grande desafio, inclusive por causa das diferenças entre as cidades”, relatou. “É preciso que a resiliência de cada cidade seja buscada de forma que sirva àquela própria cidade. É necessário ouvir as pessoas daquele município. Eles aprendem melhor com trocas de experiencias com outras cidades, com outros exemplos”, destacou Adriana.
O coordenador regional de Defesa Civil da Região de Campinas, Sidnei Furtado Fernandes, responde por 90 municípios, que totalizam seis milhões de habitantes. Ele também apontou pontos importantes para que as cidades se tornem resilientes.
“É um trabalho de iniciativa, de apoio, de integração. Nós criamos a Coordenadoria de Resiliência. Mas cada região tem que entender a sua lógica de resiliência, e isso não é simples. Mas resiliência é um processo, nunca estará pronto. O nosso objetivo sempre é que possamos integrar a campanha num formato sistêmico", afirma.
No Rio Grande do Norte, a capital, Natal, avançou muito no tema. A diretora do Departamento de Defesa Civil e Ações Preventivas, Fernanda Jucá, destacou o caminho traçado para que o município evoluísse em sua resiliência.
“Nós ainda estamos em um processo, mas muito na gestão de desastres. Avançamos no sentido de convencer e conscientizar a gestão municipal para trabalhar na integração, para ter um trabalho sistêmico. Agora, estamos caminhando para fazer cada agente entender que defesa civil são todos os órgãos agindo de forma integrada na gestão de riscos”, explica.
Nas próximas edições do Bate Papo com a Defesa Civil, serão debatidos temas como planos municipais de redução de riscos; atendimento psicossocial em desastres; resgate de animais em desastres; e barragens Sabo. O quinto bate-papo está previsto para o dia 27 de outubro.
Confira abaixo a íntegra do evento: