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Comportas da maior barragem do Projeto de Integração do Rio São Francisco se abrem pela primeira vez
A Barragem de Boa Vista é a maior do gênero de todo o Projeto São Francisco, com capacidade de armazenamento de 260 milhões de metros cúbicos (Foto: André Neiva/MDR)
Brasília (DF) – Nesta sexta-feira (21), a Barragem de Boa Vista, localizada em São José de Piranhas, na Paraíba, teve as comportas abertas para liberação da água do Rio São Francisco. A estrutura é a maior do gênero de toda a transposição, com capacidade de armazenamento de 260 milhões de metros cúbicos. O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), investiu R$ 270 milhões na barragem, que tem 900 metros de extensão e faz parte do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco.
Com a abertura das comportas em Boa Vista, a Barragem de Caiçara, também na Paraíba, deverá ter seu enchimento completo até segunda-feira (24), liberando água para a Barragem Engenheiro Avidos, em Cajazeiras (PB), que atenderá 61,4 mil pessoas. Na sequência, as águas do Velho Chico seguirão para o Rio Grande do Norte, com previsão de chegada no mês de fevereiro.
“Essas águas vão permitir que milhares de pessoas possam ter a tão sonhada segurança hídrica. Água tratada na torneira, água à disposição para se gerar emprego e oportunidade, para se diminuir a pressão sobre o sistema de saúde pública. É a formalização do compromisso do presidente Bolsonaro para emancipar as populações nordestinas”, destaca o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Produtor rural da região, João Eudson Sousa comemorou a passagem das águas do Velho Chico pelas comportas abertas da barragem. “Foi muita emoção. A nossa espera foi muito grande, mas até que enfim nosso sonho foi realizado. Estamos muito emocionados, muito felizes”, observou.
Último trecho de canal
O último trecho de canal do Projeto São Francisco, entre os reservatórios Caiçara e Engenheiro Avidos, foi inaugurado em outubro de 2021, em evento com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Com isso, após 13 anos desde o início do empreendimento, as obras físicas necessárias para garantir o caminho das águas dos dois eixos (Leste e Norte) estão concluídas.