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Comitê do Setor Sucroenergético do Nordeste define agenda para aumentar a produtividade das empresas na região
A produção de cana, açúcar e etanol é responsável por empregar 330 mil pessoas e mobilizar 25 mil fornecedores de cana-de-açúcar de 77 unidades industriais
O Comitê para Recuperação do Setor Sucroenergético da Região Nordeste, criado pelo Ministério da Integração Nacional, definiu, nesta segunda-feira, uma agenda de atividades e reuniões para produção de um diagnóstico do setor. O objetivo é elaborar propostas de reestruturação produtiva e gerencial. A produção de cana, açúcar e etanol tem importância econômica, trabalhista e social em muitas cidades na Zona da Mata de Alagoas e Pernambuco.
O secretário nacional de Fundos Regionais e Incentivos Fiscais, Jenner Guimarães, abriu o encontro com apresentação da agenda, prazos e atribuições dos integrantes. Jenner enfatizou que, em seis meses, o Comitê deverá criar uma proposta de sustentabilidade econômica de médio e longo prazo, que envolva ganhos de produtividade ao setor na região Nordeste. "Trata-se de uma atividade de importância vital para os estados produtores", disse.
O setor sucroenergético é responsável por empregar 330 mil pessoas e mobilizar 25 mil fornecedores de cana-de-açúcar de 77 unidades industriais. De acordo com os integrantes do Comitê, a crise vivida pelas indústrias produtoras de etanol e açúcar é comum em outras regiões, como o Sudeste e o Centro-Oeste. Segundo eles, no Nordeste, os tipos de terrenos, onde a cultura é plantada, e a seca são características que tornam a atividade mais onerosa.
Para o consultor da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco, Gregório Maranhão, a saúde das empresas do setor tem reflexos sociais imediatos. Ele explica que, em médias e pequenas cidades da Zona da Mata de Alagoas e Pernambuco, o fechamento de uma usina tem repercussão em todas as atividades econômicas do entorno e depreciação dos indicadores sociais.
Também participaram da primeira reunião do Comitê integrantes dos fornecedores de cana das usinas de açúcar, destilarias de etanol de Alagoas e Pernambuco, representantes da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), técnicos dos ministérios da Fazenda, da Agricultura, da Indústria e Comércio, do Banco Nacional do Desenvolvimento, do Banco do Nordeste, e o diretor da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste.