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Brasil e Austrália fazem intercâmbio de experiências sobre soluções para recursos hídricos
Debate ocorreu no Ministério do Desenvolvimento Regional, em Brasília, e contou com a presença do professor Stuart Bunn, da Griffith University
Brasília-DF, 2/8/2019 - O professor da Griffith University, da Austrália, Stuart Bunn, que também é diretor do Instituto dos Rios Australianos e presidente do Comitê de Ciências Sociais, Econômicas e Ambientais da Autoridade da Bacia dos Rios Murray-Darling, esteve no Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), nesta sexta-feira (2), para um debate sobre recursos hídricos visando futuras cooperações e intercâmbios entre os países.
O MDR é o órgão federal responsável pela gestão das Políticas Nacionais de Recursos Hídricos e de Segurança Hídrica. A Pasta possui diversas iniciativas no sentido de garantir abastecimento de água à população, especialmente nas regiões afetadas por longos períodos de escassez de chuvas. O Projeto de Integração do Rio São Francisco é um dos exemplos de atuação na região do semiárido brasileiro.
Segundo o chefe da assessoria internacional do Ministério, Irani Braga Ramos, o intercâmbio técnico e cultural foi fundamental para conhecer soluções exitosas do País. “Numa abordagem comparativa com a realidade brasileira, o professor Bunn nos mostrou como funciona o mercado de água nas bacias dos Rios Murray-Darling, que é a principal região da Austrália de produção agrícola e onde existe grande exploração de reservas hídricas, tanto superficiais quanto subterrâneas”, ressaltou.
Segundo Ramos, já existe um Acordo de Cooperação entre o Governo da Austrália e a Agência Nacional de Águas (ANA) - vinculada ao MDR -, e a ideia é que essa troca de experiências entre os países avance ainda mais em diversos aspectos. “Temos grande interesse em temas como gestão dos recursos hídricos e de infraestruturas, meios de financiamento e de sua operação. Também, nas técnicas modernas de irrigação e nas formas de gestão de crises hídricas, de secas, eventos extremos e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas”, afirmou.
Foram abordados, ainda, temas relacionados ao mercado de direitos e de alocações de água, as falhas e os mecanismos utilizados pela Austrália para superá-los, o cálculo e a alocação de vazões ecológicas e as metodologias para planejamento em recursos hídricos.