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Brasil avança na redução dos riscos de desastres
Ministério da Integração Nacional defende, em evento no Equador, a cooperação horizontal entre as Nações Unidas para a redução do risco de desastres
Começou nesta terça-feira (27), a IV Sessão da Plataforma Regional para a Redução do Risco de Desastres das Américas, em Guayaquil (Equador). Na ocasião, o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil e chefe da delegação brasileira, Adriano Pereira Júnior, defendeu a cooperação horizontal entre as Nações Unidas para a redução do risco de desastres. Essa reunião regional, que termina no próximo dia 29, é um dos eventos preparatórios para a 3a Conferência Mundial para a Redução do Risco de Desastres, que será realizada em março de 2015, em Sendai, no Japão.
Em seu discurso, o secretário ressaltou que o Brasil também está passando por um processo de consulta pública - a 2a Conferência Nacional de Proteção e Defesa Civil, cujas etapas preparatórias estão em andamento e já envolveram 1.985 municípios e 18 estados. Até novembro, serão eleitos 1.700 delegados em diversos segmentos do governo e da sociedade civil, para defender, em Brasília, as diretrizes para a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil. "Os resultados das conferências serão considerados como posicionamento do Brasil na Conferência Mundial", afirmou Adriano.
Segundo ele, o Brasil, nos últimos anos, obteve uma série de avanços para a redução do risco de desastres como o investimento em mapeamento de riscos, a construção de uma rede nacional de monitoramento e alerta, a realização de obras estruturantes para a redução do risco e diversas medidas para fortalecer as defesas civis subnacionais e capacitar seus agentes.
A representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres, Margareta Wahlstrom, destacou que, para a região das Américas, o processo preparatório para a 3a Conferência Mundial representa um desafio adicional, pois, para os países de renda média, faz-se ainda mais urgente conciliar a agenda de redução de riscos de desastres com a agenda do desenvolvimento sustentável. "Esperamos que todos participem da consulta para revisão do Marco de Ação de Hyogo e proponham, a partir de sua perspectiva local, quais são as prioridades para o pós-2015", destacou Margareta.
Plataforma Regional
Ao final deste evento, será firmado um documento oficial das Américas para a 3a Conferência Mundial. "Finalmente a questão do risco tornou-se prioritária em nossa região. Queremos que esta sessão contribua para que possamos fixar uma posição de liderança nessa temática, em nível global", afirmou o chefe do escritório da Estratégia das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres nas Américas, situada na Cidade do Panamá, Ricardo Mena.
Em 2015, serão revistos os objetivos e as diretrizes para a redução do Risco de Desastres, firmados pelas Nações Unidas para o período 2005-2015, que ficou conhecido com o Marco de Ação de Hyogo, assinado pelo Brasil, durante a 2a Conferência Mundial, realizada em 2005, em Kobe, no Japão.