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Barragem Figueiredo - água para mais de 100 mil cearenses
Com investimento de R$ 140 milhões, a obra vai garantir ainda a irrigação de 6 mil hectares e a produção de 2,9 mil toneladas de pescado por ano
O Ministério da Integração Nacional e o Governo do Ceará inauguraram, nesta sexta-feira, a barragem Figueiredo, localizada no município cearense de Alto Santo. A obra, executada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), vai beneficiar mais de 100 mil cearenses com a contenção de cheias no Baixo Vale do Jaguaribe, a irrigação de 6 mil hectares e o abastecimento humano da população.
O Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), investiu R$ 140 milhões nessa barragem. Com capacidade máxima de 520 milhões m³, o reservatório possibilitará ainda a produção de 2,9 mil toneladas de pescado por ano e o aproveitamento hidrelétrico de 1,18 megawatts.
"É com alegria que represento a presidenta Dilma Rousseff nesta solenidade de entrega de mais uma obra importante para o semiárido. Estou aqui também para reafirmar o compromisso do Governo Federal, em parceria com estados e municípios, de levar água de qualidade para todas as regiões", afirmou o ministro. Fernando Bezerra Coelho também destacou os investimentos federais para expandir a infraestrutura hídrica no semiárido, com obras estruturantes como o Eixão das Águas, que já beneficia 4 milhões de pessoas e livrou a capital Fortaleza do colapso de água.
Barragem Fronteiras - Em mais uma ação para expandir a oferta de água no Ceará, o Ministério da Integração Nacional também lançou, nesta sexta-feira, o edital de licitação para construção da barragem Fronteiras, com capacidade máxima de 488 milhões de metros cúbicos. O empreendimento vai represar água do rio Poti para garantir o abastecimento de 80 mil pessoas e 6 mil hectares de irrigação, no município de Crateús. "Essa obra vai expandir a fronteira da agricultura irrigada do estado do Ceará", completou Bezerra Coelho.
A barragem Fronteiras também vai contribuir para a perenização do rio Poti, com a contenção de enchentes e regularização do curso d'água. O rio Poti nasce no Ceará e deságua no Piauí como principal afluente do rio Paraíba, depois de cortar Teresina.
Obras estruturantes - Além do Projeto de Integração do Rio São Francisco - maior obra de infraestrutura hídrica do país - o Ministério da Integração Nacional apoia/executa cerca de 250 grandes obras pelo PAC, além de centenas de pequenas e médias obras de abastecimento de água, esgotamento sanitário e recuperação de bacias hidrográficas.
Já foram concluídos mais de 1.000 km de adutoras e canais, além de barramentos que acrescentaram 609 milhões de metros cúbicos à capacidade de armazenamento do semiárido. Essas obras têm valor total de R$ 1,1 bilhão. Dos empreendimentos já finalizados, destacam-se as barragens de Figueiredo e Missi, ambas no Ceará; as adutoras do Algodão (BA) e do Oeste (PE); os sistemas Cafarnaum (BA), Seridó (RN), Agrestina (PE) e Congo (PB); além de ações de esgotamento sanitário, com a construção de 48 empreendimentos nos estados de Alagoas, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí e Sergipe.
Mais 2.130 km de obras estão em execução, com as recentes conclusões das licitações da Adutora do Agreste (PE) e do Cinturão das Águas (CE). Outros 400 km estão em licitação ou ação preparatória. Dentro do PAC-Prevenção estão selecionados ainda 1,2 mil km de adutoras para reforçar o enfrentamento à seca. Somam-se também 3,7 mil km de adutoras e canais que devem ser concluídos até 2015.