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As mulheres do Projeto São Francisco
Publicado em
08/03/2015 13h30
Atualizado em
03/11/2022 09h33
Conheça um pouco da história de três profissionais que trabalham no maior empreendimento de infraestrutura hídrica do país
A engenheira civil Nathália Malta, a técnica em segurança do trabalho Silvana Andrade e a assistente social Helena Barros têm algo em comum: as três profissionais trabalham no Projeto de Integração do Rio São Francisco. Na semana do Dia Internacional da Mulher, celebrado neste domingo (8/3), elas destacam a satisfação de atuar na maior obra de infraestrutura do país.
Nathália, por exemplo, orgulha-se de integrar o projeto em uma profissão na qual a presença masculina ainda é predominante. A engenheira civil de 27 anos, nascida em Volta Redonda (RJ), tem como base o escritório central do empreendimento, em Salgueiro (PE). Ela acompanha o avanço dos trechos I e II das obras, participa de reuniões com os fiscais e prepara relatórios sobre o andamento dos trabalhos.
Desde os 22 anos no mercado, a engenheira afirma que nunca recebeu tratamento diferenciado em razão do gênero. "Sempre percebi igualdade na minha carreira. Melhor: vejo as mulheres conquistando mais espaços. Dos seis membros da minha equipe, três são mulheres, incluindo a chefe", conta Nathália, desde fevereiro de 2014 no projeto.
A técnica em segurança do trabalho Silvana Andrade, 41 anos, nascida em Brasília (DF), compartilha a opinião da colega. "Na minha profissão, muitas vezes nós, mulheres, sabemos impor as normas com mais eficiência", acredita a profissional. "Por estar sempre na obra e por ser melhor, o respeito acaba sendo maior", conclui.
Silvana trabalha em todos os trechos dos dois canais do empreendimento, o Eixo Norte e o Eixo Leste. Ela vive em Sobradinho (BA) e viaja para frentes de trabalho em Ceará, Paraíba e Pernambuco para verificar a aplicação das normas procedimentos de segurança.
Nathália e Silvana consideram estimulante trabalhar no Projeto de Integração do Rio São Francisco, principalmente em razão do caráter social do empreendimento, cujo objetivo é garantir a segurança hídrica para 390 municípios no Nordeste Setentrional. "Isso motiva todos os profissionais que estão trabalhando na obra", explica Nathália. "A população beneficiada é receptiva. Gente fácil de trabalhar", completa Silvana.
Assistência social
Já a assistente social Helena Barros atua nos projetos socioambientais e de reassentamento do projeto. A pernambucana de Recife divide sua rotina entre a residência na capital e o município de Salgueiro (PE).
O dia a dia envolve o contato periódico com as famílias e com as comunidades tradicionais. A tarefa exige comunicação eficiente e muita compreensão, já que os temas são sensíveis e tratam de mudanças. "Hoje, veem a nós, mulheres, como responsáveis por reduzir os problemas e negociar as saídas", acredita.