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Arco Norte: complementação logística para fortalecer o desenvolvimento regional
Ministério da Integração investe nas cadeias produtivas dos estados e incentiva a indústria em diversas áreas
O aperfeiçoamento da infraestrutura do Arco Norte vai estimular e promover o desenvolvimento regional a partir da integração logística, geração de emprego e renda na região. A importância dessa rota pelos estados de Rondônia, Amazonas, Amapá, Pará, Maranhão, até a Bahia foi discutida nesta sexta-feira (24) por representantes de governos e da iniciativa privada, em Santarém (PA).
Com aportes de mais de R$ 13 bilhões em financiamentos para a indústria e cerca de R$ 11 milhões em cadeias produtivas nos estados do Arco Norte, o Ministério da Integração Nacional tem interesse em estimular a combinação de diferentes modais logísticos para o escoamento da produção.
"Estamos unindo sinergias para que as produções da região encontrem um novo caminho no Arco Norte, que é um caminho de desenvolvimento para nossa região", afirmou Helder Barbalho. De acordo com o ministro, a união de desenvolvimento econômico com meio ambiente é uma forma de viabilizar projetos estruturantes e consequentemente, propiciará novos postos de trabalho e renda para a região Norte. "É importante compatibilizar a necessidade de crescimento econômico com a sustentabilidade. Este equilíbrio é um exercício que deve ser feito por todos nós".
Durante seu discurso, o ministro Helder Barbalho destacou a importância dos Fundos Regionais para o desenvolvimento regional. "Estamos à disposição para que os Fundos possam facilitar que novos empreendimentos contribuam para o fortalecimento da nossa região", disse.
Projetos
Somente entre 2015 e junho de 2016, o Ministério da Integração Nacional, atuando por meio Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), aprovou 106 projetos nos estados da Bahia e do Maranhão, com financiamentos da ordem de R$ 9,4 bilhões. São recursos, por exemplo, para indústrias de celulose, mineração, energia e calçados.
Já na região Norte, no mesmo período, a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) aprovou 174 projetos para implantação de novas empresas e expansão de empreendimentos em diversas áreas. Os recursos autorizados somam quase R$ 4 bilhões e beneficiam indústrias de couro, cimento, nutrição animal, fertilizantes, produtos alimentícios, agropecuários, farmacêuticos, entre outras.
A Sudam também apoia financeiramente a realização de estudos de microeixos para o transporte de cargas em estados das regiões Norte e Nordeste. E já aprovou a utilização de recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) para dois projetos logísticos na área de portos: R$ 900 milhões na implantação de um terminal de uso misto, em São Luís (MA), e R$ 76 milhões na ampliação e adequação do terminal portuário Ponta da Montanha, na região de Barcarena (PA).
Além de apoiar o desenvolvimento industrial, o Ministério também atua na região Norte por meio do programa Rotas da Integração Nacional, que destinou quase R$ 8 milhões para capacitação de produtores e estruturação de cadeias produtivas locais. O aporte de recursos para a Rota do Peixe no Amapá contempla ações de beneficiamento de camarão e também de frutas regionais. No Pará, a Rota da Fruta recebeu incentivos de R$ 3 milhões para ampliar a capacidade produtiva de aproximadamente 500 produtores. Um núcleo tecnológico voltado à hortifruticultura, composto de laboratório e biofábrica, deverá ser inaugurado em setembro deste ano.
Fórum
O ministro Helder Barbalho participou nesta sexta-feira (24) do encontro promovido pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) da Câmara dos Deputados, que iniciou em 2015 as discussões sobre a ampliação de investimentos no Arco Norte. Os estudos abrangem as áreas de planejamento e política de transportes, integração intermodal, logística e licenciamento ambiental, dentre outras.
O Arco Norte é considerado uma das principais alternativas para desafogar, por exemplo, a logística de exportação de soja e milho no país, já que o escoamento da produção de grãos produzidos no Centro-Oeste evitaria rotas mais longas e com custos mais elevados rumo ao Sul e Sudeste.
Só este ano os portos do Arco Norte devem escoar 25,5 milhões de toneladas de soja e milho, segundo estimativas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Entre 2009 e 2015, o volume de exportações desses grãos registrou um aumento superior a 170% - de 7 milhões para 19,4 milhões de toneladas.