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Alexandre Cordeiro destaca importância do transporte público de qualidade e uso das bicicletas no BiciRio
"O transporte coletivo de massa é mais humano, desde que fornecido com qualidade. São mais passageiros, em menos tempo, com menos energia, ocupando menos espaço físico nas cidades, a um menor custo, com menos emissão de carbono, mitigando os riscos de acidentes e, principalmente, gerando qualidade de vida para a população", destacou.
O BiciRio teve como tema "A integração da bicicleta aos sistemas de transportes públicos, ônibus, metrô, trem e barcas" e Alexandre Cordeiro iniciou a palestra citando o desenho "Os Jetsons" criado em 1963. Futurista, a atração mostrava como seria a vida nas cidades no ano 2000, com carros voadores e robôs com funções domésticas.
O ministro interino explicou que o desenho "nos faz lembrar que a tecnologia por si só não resolve os problemas, é preciso saber qual a melhor forma de utilizá-la". Ele acredita que se o criador tivesse pensado em um transporte de massa voador, certamente, a solução estaria mais próxima.
Durante sua apresentação, Alexandre Cordeiro expôs números expressivos para destacar a importância do transporte publico de massa. A cada hora, em um espaço de 3 a 4 metros, são transportados de carro aproximadamente 1,8 mil pessoas, de ônibus de 7 a 10 mil, e de trem 60 mil pessoas.
Segundo ele, o transporte de massa se torna mais humano, porque todo ano a população perde em torno 45 dias em engarrafamentos, levando em conta apenas o trajeto de casa para o trabalho, em dias úteis. São cinco anos e meio durante toda a vida dos brasileiros.
Para o ministro interino, a solução está no trem para grandes distâncias e a bicicleta para interligar as estações com o destino final dos passageiros. "A fórmula é simples. Não queremos reinventar a roda, mas precisamos reinventar os trilhos com economia, olhar social e preocupação ambiental".
Na palestra, ele ainda citou o PAC Mobilidade Grandes Cidades, como um programa do Governo Federal que se encaixa em todos esses requisitos, pois investe R$ 22 Bilhões, sendo 64% somente em transportes sobre trilhos. No total, são 213 km de extensão, distribuídos em 15 cidades, beneficiando mais de 53 milhões de brasileiros. Além disso, 1,3 milhões de empregos foram gerados com esse programa.
"Essa deve ser a nova cara da mobilidade urbana, e quando todas estas mudanças forem efetivamente implementadas, poderemos até mudar o nome e chama-lá de mobilidade humana", garante.
Compondo a mesa, o Vice-Prefeito do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Muniz, falou sobre importância da parceira da prefeitura com o MCidades para o desenvolvimento e conscientização da população. "Mobilidade urbana deve ser um hábito adquirido. Um legado que irá deixar para a cidade. A população já vem percebendo as mudanças, por mais dificuldades que temos enfrentado. A presença do ministro hoje é física, mas o Ministério das Cidades está há muitos anos no Rio de Janeiro", destacou.
Taís Calado