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Aguinaldo Ribeiro afirma que Dia Mundial Sem Carro é símbolo de mudança no trânsito
De acordo o ministro, é preciso haver uma relação respeitosa entre todos os atores do trânsito. "Cidadania é você defender o seu direito e respeitar o direito do outro. No trânsito é a mesma coisa", observou.
Aguinaldo Ribeiro lembrou do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes, o PARADA, criado pelo Governo Federal como forma de conscientização. "O PARADA é um pacto proposto a sociedade brasileira para se reduzir o número de acidentes de trânsito no Brasil. Nós temos em torno de 40 mil mortes no trânsito, por ano, no Brasil. É um número expressivo e nós estamos trabalhando para mudar", ressaltou.
Na ocasião, foram distribuídos materiais educativos da campanha do Ministério das Cidades, Entre Nessa Parada e Venha Pedalar com a Gente, com as principais regras de comportamento para os ciclistas: não furar o sinal de trânsito, não trafegar na direção contrária aos carros, nas calçadas e travessias de pedestres, usar o capacete e equipamentos de segurança obrigatórios pelo Código de Trânsito Brasileiro, entre outros.
Também apoiando a causa, o secretário-executivo do Ministério das Cidades, Alexandre Cordeiro, participou do passeio e contou que sempre que pode faz uso da bicicleta em detrimento do carro. "Antes eu ia correndo de casa até o trabalho, corria cerca de 5 km, agora estou começando a ir de bicicleta. Diversifico, um dia vou correndo, outro de bicicleta e só quando não tenho tempo mesmo que uso transporte motorizado. É muito importante para saúde e é uma forma de transporte, não só um lazer", disse.
O secretário garantiu que não basta apenas ter uma bicicleta e sair pedalando, é preciso seguir regras de convivência no trânsito. "É importante ter muita atenção quando se está pedalando, o ciclista precisa andar no local correto, fazer os sinais adequados, seguir as normas de trânsito e de segurança para se resguardar", explicou.
O empresário André Fernandes, 39 anos, participou da inciativa e disse que gostaria de ir ao trabalho de bicicleta, mas ainda não se sente seguro. "Se tivesse um meio de ir para o trabalho com mais segurança, menos trânsito, com certeza eu iria. O trânsito ainda é muito irregular", afirmou.
A educadora de trânsito do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) do Ministério das Cidades, Maria Cristina Hoffmann, observou que a questão da mobilidade precisa ser revista por todos, não só pelos governantes. "É importante que todos parem e pensem no seu comportamento, percebam dentro dessa divisão do espaço que, tanto as bicicletas quantos os carros, precisam ter regras de convivência no trânsito", disse.
De acordo com ela, as cidades precisam pensar em mobilidade urbana. "Todas as cidades precisam ter a preocupação e visão com relação à mobilidade. Brasília já tem ciclovias, elas só precisam estar mais interligadas permitindo uma maior mobilidade", finalizou.
A ciclista Eliane Arraes, 60 anos, disse que aderiu a bicicleta como meio de transporte há cinco anos. "A gente pode considerar que houve um grande ganho para o ciclista. Eu faço tudo de bicicleta, vou ao mercado, à academia, ao comércio, a cidade já está bastante acessível, mas ainda faltam intercessões entre as ciclovias e as ruas. Acho que o incentivo deve permanecer no dia a dia, com campanhas permanentes", opinou Eliane.
Para Andréa Pires, 24 anos, o importante é conscientizar os jovens. "Nós somos o futuro do país, então, devemos ter a consciência do que é um trânsito seguro. Espero futuramente não usar a bicicleta apenas para lazer, mas também para ir ao trabalho com segurança, ruas acessíveis e motoristas conscientes", ressaltou.
O evento em comemoração ao Dia Mundial Sem Carro foi promovido pelo Correio Braziliense com o apoio do Ministério das Cidades e do Governo do Distrito Federal.