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Agricultura irrigada - expansão assegurada com mais investimentos do Governo Federal
Iniciativas governamentais adotadas recentemente já garantem um novo ritmo de crescimento da agricultura irrigada no país
Iniciativas governamentais adotadas recentemente já garantem um novo ritmo de crescimento da agricultura irrigada no país. A Lei da Política Nacional de Irrigação, aprovada em janeiro deste ano, e o programa Mais Irrigação, coordenado pela Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), do Ministério da Integração Nacional, são exemplos do esforço do Governo Federal para dinamizar a atividade.
Criado para aumentar a eficiência das áreas irrigáveis e incentivar a criação de polos de desenvolvimento, o Mais Irrigação tem previsão de investimentos da ordem de R$ 10 bilhões, considerando recursos federais e os que serão atraídos por meio de parcerias com a iniciativa privada.
"A desoneração do PIS/COFINS para a compra de equipamentos de irrigação, determinada pelo governo, pode reduzir em quase 9% o custo do investimento na atividade", segundo declaração do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, ao falar sobre a atuação do Ministério no Congresso Nacional. "Os dados que temos da Agência Nacional de Águas nos informa que o Brasil tem hoje pouco mais de 5 milhões de hectares de lavoura irrigada. E nós temos potencial para ir a 29 milhões de hectares. Temos que trabalhar cada vez mais nas nossas culturas, seja do algodão, da soja, da cana de açúcar, das frutas, com tecnologias de irrigação eficientes e menos consumidoras de água", completou o ministro.
Para o secretário nacional de Irrigação, Guilherme Orair, o que o governo pretende é levar para o campo a informação e o conhecimento, propiciando investimento com segurança e observando o potencial de geração de emprego e renda da irrigação. "Tudo com a utilização produtiva correta da água, dentro dos padrões de sustentabilidade", afirmou ele. Isso representa um método de produção que não oferece os riscos existentes no sequeiro, mais convencional, e que comprovadamente exibe maior capacidade de geração de emprego e renda no campo.
Cristalina - Exemplo do grau de aperfeiçoamento a que pode chegar a agricultura irrigada é o município de Cristalina, na região leste de Goiás, que conta com empreendimentos responsáveis pela produção de três safras por ano, com alto índice de produtividade em diferentes culturas. A água que movimenta os pivôs da fazenda sai de reservatórios abastecidos pela chuva, com baixo impacto ao meio ambiente. O volume armazenado é suficiente para manter a produção o ano inteiro.
Ao menos 34 itens da cesta básica brasileira saem de suas lavouras, que ocupam 54 mil hectares de terras explorados com irrigação, utilizando 600 equipamentos de pivô central. A atividade é um dos motores da economia local, com destacada participação no Produto Interno Bruto (PIB) do município, e forte geradora de emprego. Somente uma fazenda, a Capão Grande, por exemplo, chega a contratar 800 trabalhadores nos períodos de colheita de várias culturas de seus campos de produção, entre elas o alho e o café.
O gerente da propriedade, engenheiro agrônomo Leonardo Mundim, explica que a agricultura irrigada proporciona emprego o ano inteiro. "Antigamente, só quando chovia tínhamos produção. Depois do período chuvoso, todo mundo voltava para a sua terra e ficava esperando a próxima época de plantio para voltar".
Veja o vídeo da Agricultura Irrigada de Cristalina (GO)
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Seminário Nacional de Agricultura Irrigada e Desenvolvimento Sustentável - Os desafios da agricultura irrigada com base na sustentabilidade ambiental, vão ser debatidos nos dias 6 e 7 de junho, em Belo Horizonte, no II Seminário Nacional de Agricultura Irrigada e Desenvolvimento Sustentável. O evento vai ser realizado no Parque de Exposições Gameleira/Expominas, dentro da programação do Superagro Minas 2013. Deverá reunir produtores rurais, gestores municipais e estaduais, além de representantes de instituições públicas e privadas do setor agrícola.
As inscrições para participar do Seminário estão abertas.