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Agentes comunitários do Rio são capacitados em Proteção e Defesa Civil
Cerca de 50 profissionais atuarão em comunidades cariocas com histórico de desastres naturais
A Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e universidades federais do Rio de Janeiro, promove o primeiro Curso de Agentes Locais de Vigilância em Saúde em Defesa Civil. O projeto objetiva capacitar agentes comunitários de quatro municípios do estado em multiplicadores de ações de defesa civil e saúde em desastres naturais. Atualmente, 55 alunos participam do curso, mas a meta é capacitar 420 agentes comunitários em todo o estado.
A ideia da ação é que os profissionais atuem nas comunidades onde residem ou trabalham e forneçam orientações de proteção e defesa civil às comunidades. Caberá aos agentes melhorar a percepção de risco dos moradores, orientando as famílias quanto às rotas de fuga pré-estabelecidas e até mesmo ajudar no processo de evacuação na iminência de um desastre. No segundo semestre deste ano, os agentes capacitados atuarão como multiplicadores em seus respectivos municípios, sob a supervisão técnica da Fiocruz.
De acordo com Armin Braun, da Defesa Civil Nacional, o Ministério da Integração Nacional realizará outras capacitações a distância ainda este ano. "Esse projeto vai gerar uma sequência de cursos a distância. A tendência é que realizemos nesse ano mais de 2,5 mil capacitações. É um trabalho que a gente quer ter continuidade para atingir o maior número possível de pessoas", conta.
Para o aluno Marcelo Abelheira a atuação dos agentes nas comunidades é importante porque eles conhecem a realidade dos moradores. "Os agentes locais têm um papel fundamental na redução de desastres, porque eles lidam diretamente com as pessoas, eles conhecem as vulnerabilidades do local. Isso é fundamental pra ajudar a gente e passar uma confiabilidade para os moradores", explica Braun.
O coordenador do curso, professor Carlos Machado, também acredita que a atuação dos profissionais é eficaz porque eles conhecem a realidade local. "O objetivo do curso é ter os agentes que trabalham nessas comunidades, e alguns que vivem nelas, como multiplicadores. Eles são multiplicadores não só de uma expertise do ponto de vista da prevenção, da reabilitação, mas também da mudança de percepção dessas comunidades frente a esses eventos, daí decorre a importância deles", pontua.
Sobre o curso
A capacitação conta com momentos presenciais, estudos dirigidos e trabalhos de campo orientados. O curso possui 90h de formação, sendo 50h presenciais e 40h a distância. Os alunos participam de aula presencial no município de Petrópolis sempre às segundas-feiras. Esse é um projeto piloto que posteriormente deverá ser oferecido para todo país na modalidade de Ensino a Distância (EAD).
Para essa etapa, foram escolhidos cinco perfis de profissionais diferentes que atuam diretamente com as comunidades: agentes comunitários de saúde, agentes de vigilância em saúde, agentes de vigilância ambiental, agentes de endemias e profissionais que trabalham na área de proteção e defesa civil.