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Ações socioambientais do Projeto de Integração do Rio São Francisco são vistoriadas pelo IBAMA
A cada dois meses, as ações ambientais do Projeto de Integração do Rio São Francisco, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional, são vistoriadas por técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). No mês de maio, as atividades do meio biótico e a área de socioeconomia do empreendimento foram foco da equipe de fiscalização. Entre as prioridades estavam os programas de Conservação de Fauna e Flora, e de Reassentamento das Populações - que são duas das 38 medidas ambientais do Projeto de Integração do Rio São Francisco nos estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba.
Foram avaliadas as instalações do Centro de Manejo de Fauna (CEMAFauna) e do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas do Bioma Caatinga (CRAD). Ambos estão localizados na Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), em Petrolina (PE), e fazem parte do Programa de Conservação de Fauna e Flora. Ao todo, a Integração Nacional vai investir mais de R$ 1 bilhão em ações ambientais dentro da integração do Rio São Francisco.
Segundo os analistas do IBAMA, a estratégia de apresentação dos dados levantados nos estudos sobre a fauna e a flora da caatinga dentro do Projeto de Integração do Rio São Francisco reforça a necessidade dos investimentos do pelo Ministério da Integração Nacional no incentivo à pesquisa, geração de conhecimento e interação com a sociedade. Por meio desse trabalho, a população tem livre acesso a todas as informações disponíveis no CEMAFauna e no CRAD. Além de visitarem as instalações da UNIVASF, os técnicos do Ibama e do Ministério acompanharam atividades de supressão da vegetação, resgate de fauna e visita aos pontos de monitoramento da flora.
Na área de socioeconomia, as famílias assistidas pelo Programa de Reassentamento das Populações, no município de São José de Piranhas (PB), foram destaque da fiscalização. Nesta cidade, o objetivo do IBAMA foi conhecer as localidades onde hoje residem as famílias que serão reassentadas - para avaliar o cumprimento das condicionantes e a qualidade de vida dos futuros moradores das Vilas Produtivas Rurais (VPR) Irapuá, Quixeramobim, Jurema, Bartolomeu e Lafaete. No total, 254 famílias serão reassentadas em São José de Piranhas (PB).
"Esta é a nossa primeira experiência na Paraíba, por isso, voltaremos mais vezes para acompanhar de perto a situação dessas famílias. Sabemos que o reassentamento de populações é um processo doloroso, mas acreditamos que, com o tempo, e com os trabalhos que serão desenvolvidos pelo Ministério, as pessoas, aos poucos, vão reconhecer que o Projeto de Integração do Rio São Francisco visa mesmo uma melhor qualidade de vida para todos", disse Eliana Linhares, analista de socioeconomia do IBAMA. A equipe de socioeconomia do IBAMA visitou ainda as áreas adquiridas pelo Ministério da Integração Nacional para a construção dos núcleos habitacionais. Atualmente, das 17 Vilas Produtivas Rurais previstas pelo empreendimento, cinco já estão habitadas. São 196 famílias que usufruem da infraestrutura garantida pelo Projeto.
Vilas Produtivas Rurais - Cerca de 800 famílias são beneficiadas com casas de alvenaria de 99 m² de área construída em um lote de meio hectare. Os novos moradores têm também acesso à rede de água, esgoto e energia elétrica, além de posto de saúde, escola, espaço de lazer e áreas destinadas ao comércio e à construção de casas religiosas. As Vilas contarão, ainda, com um setor produtivo de, no mínimo, cinco hectares, sendo um irrigado, destinado à produção agropecuária, de acordo com a vocação da comunidade.
Atualmente, as obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco estão em andamento e empregam mais de 5,1 mil trabalhadores. Considerada a maior obra de infraestrutura hídrica do país, a integração do Rio São Francisco vai garantir a segurança hídrica de mais de 12 milhões de pessoas nos estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.