A força das mulheres nos programas sociais da Sudeco

Entidade vinculada ao Ministério da Integração realiza ações de capacitação profissional para o público feminino

Desde a sua recriação em maio de 2011, a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), entidade vinculada ao Ministério da Integração Nacional, tem priorizado projetos voltados para inclusão social e econômica das mulheres da região Centro-Oeste. A Sudeco acredita que investir na capacitação das mulheres é fundamental, tendo em vista que o número de mulheres "chefes de família" aumentou consideravelmente nos últimos anos.

"De cada 15 famílias monoparentais no Brasil, em 14 o chefe da família na verdade é chefa, é a mulher. O homem abandona a casa, abandona a família e quem tem o ônus, a responsabilidade da sobrevivência, dos filhos, da educação e saúde é a mulher. Por isso, que a Sudeco decidiu fazer um programa de inclusão produtiva de gênero, capacitando as mulheres em diversas atividades econômicas", afirmou o diretor-superintendente da Sudeco, Marcelo Dourado.

No Dia Internacional da Mulher, a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste tem muito a comemorar.  Comemorar o sucesso, os frutos dos programas sociais criados para as mulheres, como o Mulheres na Construção, voltado para qualificação, prioritariamente de mulheres e beneficiários de programas sociais de transferência de renda. "A Sudeco fez um trabalho no setor produtivo e com isso, nós descobrimos que algumas atividades econômicas estavam aquecidas, como o caso da construção civil no Centro-Oeste, que necessitava de mão de obra, mesmo sendo uma atividade ocupada majoritariamente pelos homens", ressaltou Marcelo Dourado. Até agora, 350 mulheres já concluíram o curso de capacitação. A intenção é capacitar mais 5 mil. 

Helenita Alves de trinta e três anos concluiu o curso de qualificação em setembro do ano passado e, agora, já é pintora profissional. "Esse curso me ajudou muito, minha maior vontade é trabalhar como pintora. Agora, vou ter uma renda, conseguir pagar o aluguel, a creche, fazer compras. Isso é o que eu quero pra mim.", disse.

A Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) também desenvolve o Reeducando para Liberdade, que tem o objetivo de qualificar para a ressocialização e inclusão produtiva mulheres que estão cumprindo penas com privação de liberdade nos complexos penitenciários do Centro-Oeste. Ao todo, R$ 380 mil serão investidos na construção de um galpão para capacitar em atividades de corte e costura mulheres reeducandas no complexo penitenciário de Aparecida de Goiás. As reeducandas serão qualificadas para atuar no ramo de confecções, preparando sua inserção no mercado produtivo quando reconquistarem a liberdade. "Nossa intenção é que, mesmo dentro do presidio, elas consigam o mínimo de sobrevivência econômica para suas famílias que estão fora, principalmente para os filhos", completou.