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Plano de redução de riscos apresenta primeiros resultados
Cartilha com resultados de mapeamento em Belém - Crédito: Bruno Chaves, Ascom Ufra.
Belém (PA) - A Secretaria Nacional das Periferias, do Ministério das Cidades, recebeu os primeiros resultados do Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR) realizado em Belém (PA). Na cidade, o projeto é coordenado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra).
O encontro, realizado na última semana, reuniu pesquisadores, representantes das instituições e moradores envolvidos. Foram apresentados os resultados iniciais sobre impactos, ameaças e vulnerabilidades apontadas nos bairros mapeados.
“Pela primeira vez na história um PMRR está sendo elaborado no Norte do país. Esse é um marco importante na política federal de mitigação e prevenção de riscos pois reconhece a diversidade social e a variedade de processos geo-hidrológicos que produzem situações de risco a desastres no Brasil”, pontua Leonardo Varallo, que coordena a elaboração desses planos dentro da Secretaria Nacional de Periferias.
O mapeamento dos setores com situações de risco foi feito de forma participativa em 13 oficinas realizadas entre a equipe do projeto e moradores dos bairros do Jurunas, Condor, Terra Firme, Guamá, Marco, Curió-Utinga, Telégrafo, Canudos, Icoaraci, Bengui, Cabanagem, Ilha do Combu, Outeiro e Mosqueiro, com foco em áreas sujeitas a alagamentos, inundações e erosões de margem de rio.
Kátia Demeda, coordenadora de Mapeamento Participativo do PMRR Belém, explica que foram feitos dois tipos de monitoramento. O participativo, construído com os moradores em momentos de escuta com a equipe, nestas oficinas, e o técnico, com imagens coletadas por drones em áreas urbanas e não urbanas, como as ilhas. “Os maiores desafios enfrentados pelos moradores em áreas mais urbanas são inundações e alagamentos, que estão relacionados aos ciclos das chuvas, às características geográficas, que possui vários cursos de água que a cidade adentrou sobre eles”, explicou.
Essas características do território, aliadas ao processo de ocupação e urbanização, vêm se constituindo em grandes desafios para os moradores e para os gestores. “Nas ilhas temos o desafio das erosões costeiras. O nível das águas vem subindo e vem sendo apontado como algo preocupante pelos moradores”, disse Kátia.
Além dos apontamentos trazidos pelos moradores, foram mapeados pontos de vulnerabilidade, como a criminalidade, a falta de saneamento adequado, falta de pavimentação em algumas ruas, aglomerações que existem em alguns bairros, acúmulo de lixo em locais inadequados, entre outros, que se apresentam como agravantes para as ameaças apontadas.
Outras 16 universidades estão em vias de enviar os primeiros resultados para 19 planos de redução de risco de desastres fruto da cooperação técnica com a Secretaria Nacional de Periferias. Essa é a segunda fase do projeto. As próximas etapas incluem o planejamento técnico que pode indicar medidas de controle e prevenção para as áreas de risco na cidade.
*Com informações da Ascom/UFRA.
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