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Desenvolvimento urbano na Amazônia em meio às mudanças climáticas gera debate no MINURVI
Foto: Marcelo Camará/MCid
Belém (PA) - No primeiro dia da 33ª Assembleia Geral do Fórum de Ministros e Altas Autoridades de Habitação e Desenvolvimento Urbano da América Latina e do Caribe (MINURVI), em Belém, os olhares se voltaram para os desafios do desenvolvimento urbano na Amazônia. O ministro das Cidades e presidente do MINURVI, Jader Filho, conduziu a mesa redonda que tratou especificamente sobre o tema.
Um dos problemas que assolam a Amazônia atualmente é a falta de água, algo nunca imaginado antes. As mudanças climáticas adicionaram esse elemento ao cotidiano das comunidades da região e, de acordo com o ministro Jader Filho, o governo brasileiro tem se articulado para mitigar as consequências negativas delas.
“É a pior seca da história da Amazônia. Não se anda mais de barco pela região, se anda de caminhonete ou a pé. E não é exagero da minha parte. Famílias têm andado vários quilômetros para conseguir um galão de água. Crianças demoram para chegar à escola”, explicou o ministro.
“Eu levei ao presidente Lula para que, além da contenção de encostas e drenagem, a gente coloque também o abastecimento de água rural no programa de prevenção. Porque essa seca aconteceu no ano passado, se repetiu neste ano e se prenuncia que vai acontecer no ano que vem. Esse vai ser o novo normal”, completou.
A mesa redonda, que surgiu da proposta de criação de um grupo de trabalho voltado para o desenvolvimento urbano sustentável na Amazônia, abriu caminho para que a realidade da região seja enxergada por outro ponto de vista pelas autoridades internacionais. A alta vulnerabilidade social da população amazônida, e os danos causados por isso ao potencial da economia local emergiram como outros dois desafios.
“Precisamos encontrar soluções comuns para problemas comuns. Mas existem particularidades no caso dos países amazônicos, que têm uma abordagem única. Outros países, como a Argentina, o Chile, o Uruguai e o Paraguai, na América do Sul, podem usar o MINURVI para aprender”, afirmou o diretor de Programas Habitacionais da Argentina, George Scott Hill.
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