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G20 debate impactos e contramedidas ao calor extremo
Fotoo: Zack Stencil/Ministério das Cidades
Belém (PA) - No último dia de programação do Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres (GTRRD) do G20 Brasil, a sexta-feira (1º) começou com o Evento Paralelo Ministerial, com o tema “Respondendo ao Chamado à Ação do Secretário-Geral da ONU sobre Calor Extremo”. O ministro das Cidades, Jader Filho, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, presidiram o encontro.
O ministro Jader Filho esclareceu que é necessário existir a compreensão de que as temperaturas globais estão cada vez mais elevadas, trazendo impactos devastadores para a natureza e, consequentemente, para a humanidade. “A temperatura nas nossas cidades está subindo duas vezes mais rápido do que o esperado a cada ano. Se nós não entendermos que o mundo precisa fazer um ponto de virada quanto a isso, teremos que fazer reuniões, como essa que fizemos esses dias, pelo menos uma vez no mês, não ao ano”, avaliou.
O ministro destacou o chamamento à ação do secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, a respeito do calor extremo e sua preocupação em atuar na prevenção. “As enchentes e as secas estão mais acentuadas. Se nós continuarmos tratando os desastres como tratamos hoje em dia, os investimentos que estamos fazendo hoje serão suficientes? Por isso a discussão da prevenção aos desastres também passa pela discussão do meio ambiente e da preocupação com o aquecimento global”, comentou Jader Filho.
“Contem com o compromisso do governo do presidente Lula quanto à defesa do meio ambiente, mas é importante que nossas ações do G20 e as que foram pactuadas no Acordo de Paris saiam do papel. O problema do meio ambiente não é um problema só do Brasil. Nós faremos a nossa parte, mas precisamos que os países do mundo se comprometam com o que foi acordado”, complementou o ministro.
O secretário do primeiro-ministro da Índia, PK Mishra, pontuou que o país trabalha, atualmente, com o empoderamento de comunidades mais vulneráveis ao calor extremo e na adoção de novas áreas verdes e recuperação de cursos d’água. A delegação da África do Sul destacou o compromisso necessário com as futuras gerações, para que as ações atuais tenham impacto positivo na vida da humanidade do futuro.
A secretária-geral da Organização Meteorológica Mundial (WMO), Andrea Celeste Saulo, avaliou que os impactos das mudanças do clima atingem tanto o social quanto o ambiental. Ela demonstrou especial preocupação com a adoção de sistemas de alertas precoces para situações de calor e de chuvas intensas com enxurradas, que, se adotados, possuem potencial de salvar milhões de vidas todos os anos.
O Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres (UNDRR) destacou que os ricos solucionam o calor com uso de ar-condicionado, mas isso não pode ser tratado como uma contramedida ao calor extremo. De acordo com a organização, há necessidade de que a ciência e a tecnologia, por meio da engenharia, pensem em edificações que também sejam resistentes ao calor, visto que muitos países adotam construções inteligentes resilientes a intempéries como chuvas intensas e fenômenos naturais.
O evento foi aberto para a contribuição das delegações internacionais que acompanharam o bate-papo. Representantes da UNESCO, de Portugal, China, Japão, Indonésia e do CDRI (Coalizão para Infraestruturas Resilientes aos Desastres) apontaram experiências próprias como possíveis contramedidas a serem adotadas para tornar o calor extremo um fenômeno com menos impacto na vida dos habitantes de todos os países do planeta.
Assessoria Especial de Comunicação Social do Ministério das Cidades
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