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GESTÃO PATRIMONIAL DE INFRA-ESTRUTURAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA. Laboratório Nacional de Engenharia Civil-LNEC, Instituto Superior Técnico-EST, Instituto Regulador de Águas e Resíduos-IRAR. Helena Alegre e Dídia Covas. Lisboa, 2010.
A gestão patrimonial de infraestruturas (GPI) urbanas de água constitui cada vez mais uma atividade determinante para a garantia do cumprimento dos requisitos de desempenho dos sistemas. Por um lado, as exigências de desempenho em termos de eficiência e da qualidade do serviço prestado aos utilizadores tendem a aumentar. Por outro lado, as infraestruturas são sujeitas a diferentes causas de degradação ao longo do tempo, sendo necessário proceder à sua reabilitação. A adopção de abordagens de GPI é indispensável para assegurar a racionalidade dos investimentos e dos custos operacionais face aos objetivos de serviço pretendidos.
A ERSAR, Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, tem como um dos seus objetivos promover o aumento de eficiência das entidades gestoras de sistemas de distribuição de água, bem como o da qualidade do serviço prestado aos utilizadores.
Este guia tem como objetivo orientar as entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água que decidam pôr em prática uma estratégia proativa de gestão patrimonial de infraestruturas, para a qual a reabilitação assume um papel central. Tem como âmbito os sistemas de abastecimento de água, nomeadamente os sistemas de adução e de distribuição, incluindo condutas, reservatórios e estações elevatórias. Estão fora do âmbito deste guia as questões específicas de outros componentes, como sejam captações e instalações de tratamento.
O guia pretende constituir um instrumento de apoio à gestão técnica que, assentando em bases técnico-científicas sólidas e atuais, tem um carácter essencialmente prático. A abordagem proposta propicia a utilização de técnicas inovadoras, científica e tecnicamente robustas e concretizadas em instrumentos amigáveis, operacionais e eficazes, de forma a potenciar a evolução no sentido de melhorar a qualidade do serviço prestado aos utilizadores, garantindo a sustentabilidade infraestrutural, operacional, econômico-financeira e ambiental das entidades gestoras portuguesas.
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Manual do EPANET 2.0 BRASIL
Laboratório de Eficiência Energética e Hidráulica em Saneamento. Universidade Federal da Paraíba. Heber Pimentel Gomes e Moisés Menezes Salvino. João Pessoa, 2009.
A versão do programa EPANET para o português, falado e escrito no Brasil, é uma iniciativa do Laboratório de Eficiência Energética e Hidráulica em Saneamento (LENHS), pertencente ao Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, do Centro de Tecnologia, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Esta iniciativa foi proporcionada pela necessidade de se dispor, no Brasil, de forma acessível a todos os possíveis usuários, de um programa de modelagem hidráulica e de qualidade de água, que possa auxiliar os profissionais e estudiosos que lidam com a necessidade de melhoramento das condições operacionais de sistemas de abastecimento de água.
O EPANET é, indiscutivelmente, o programa de modelagem hidráulica e de qualidade de água mais empregado no mundo; é encontrado em versões nos principais idiomas e seu número de usuários aumenta, exponencialmente, devido a sua facilidade de uso e por ser um programa disponibilizado gratuitamente.
A elaboração da versão brasileira do EPANET somente foi possível graças à louvável política da EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos) que disponibiliza o programa livremente, com o seu código fonte, de forma que este possa ser adaptado para as diversas versões a serem realizadas no mundo.
A atual versão está embasada, também, nas contribuições proporcionadas pelas versões em espanhol e português (de Portugal) elaboradas, respectivamente, pelo Centro Multidisciplinar de Modelación de Fluidos da Universidad Politécnica de Valencia (GMMF/UPV) e pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC/Portugal).
O arquivo de instalação da versão brasileira do EPANET 2.0 e o seu respectivo Manual estão disponibilizados para download no endereço www.lenhs.ct.ufpb.br.
A presente edição da versão brasileira do EPANET contou com o patrocínio da ELETROBRÁS (Centrais Elétricas Brasileiras S. A.), no âmbito do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica para o Setor de Saneamento (PROCEL SANEAR – Eficiência Energética no Saneamento Ambiental).
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INDICADORES DE DESEMPENHO PARA SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA. International Water Association-IWA, Laboratório Nacional de Engenharia Civil-LNEC, Instituto Regulador de Águas e Resíduos-IRAR. Helena Alegre, Wolfram Hirner, Jaime Melo Baptista e Renato Parena. Lisboa, 2004
Os Indicadores de Desempenho (ID) constituem um instrumento de uso comum em muitos setores da indústria mundial, sendo as suas potencialidades inquestionáveis no setor. Muitos membros da então IWSA (International Water Supply Association), atual IWA (International Water Association), defenderam que a Associação deveria definir linhas-guia sobre os indicadores a serem adotados no contexto do abastecimento de água e sobre a informação a recolher para a sua avaliação.
A adoção das linhas-guias constituiu-se num grande desafio para a IWA. Pretendia-se criar um quadro de referência comum para os indicadores de desempenho, estruturados de forma a satisfazer as necessidades comuns dos principais tipos de utilizadores, com especial ênfase para as entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água. A partir deste objetivo foi criado um Grupo de Trabalho, em Maio de 1997, dependente do Comitê de Operação e Manutenção. Da atividade deste grupo resultou a publicação “Performance indicators for water supply services” que contempla também o software “SIGMA Lite”. O sistema incorpora seis grupos de indicadores: de recursos hídricos, de recursos humanos, infraestruturais, operacionais, de qualidade de serviço e econômico-financeiros. Dada a eventual dificuldade de implementação do sistema completo de indicadores de desempenho em muitas entidades gestoras e reconhecida, por outro lado, a vantagem de uma implementação gradual, foram considerados três níveis de indicadores, de acordo com a sua importância, como instrumentos de gestão. No total são considerados 158 indicadores, dos quais 28 são propostos para integrarem o topo da escala de prioridade. Os indicadores têm em linha de conta a experiência efetiva de muitas entidades gestoras de sistemas de abastecimento de água. |
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Prática de mobilização social – Coletânea de técnicas e recursos. Ministério das Cidades. Rodolfo Cascão Inácio (coord.), Mara da Silva Rosa e Sonia Maria Dias. Brasília, 2008.
O presente volume serve de registro para acesso público ao acervo de experiências dos projetos demonstrativos COM+ÁGUA na área de mobilização social. O Ministério das Cidades espera contribuir para disseminar em âmbito nacional um novo paradigma de gestão integrada e participativa do controle e redução de perdas de água e do uso eficiente de energia elétrica em sistemas de abastecimento de água, que incorpora em sua concepção metodológica a dimensão social da participação dos funcionários e da população usuária dos serviços públicos de saneamento. |
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Sistematização das metodologias empregadas. Ministério das Cidades. João Batista Cesar (Ed.). Brasília, 2008.
O livro aborda as técnicas mais atuais de avaliação e controle das perdas de água e do uso de energia elétrica, com ênfase no uso de ferramentas de balanço hídrico, modelagem hidráulica, cálculo do impacto das pressões, cadastro digitalizado, indicadores avançados com análise dos erros prováveis, entre outras, utilizados no âmbito do projeto COM+ÁGUA.
Simultaneamente, aborda metodologia de planejamento e implementação das ações de forma integrada e participativa, com um forte componente de mobilização que inclui educação, cultura e comunicação social envolvendo os empregados e dirigentes de todas as áreas do prestador de serviços.
Em suma, o volume apresenta o compêndio da metodologia aplicada no Projeto COM+ÁGUA, desejando que o efeito demonstrativo desejado no projeto se multiplique pelo País. Dessa forma, espera contribuir para a evolução permanente da qualidade dos serviços de saneamento brasileiros, revertendo em benefícios diretos à população.
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ABASTECIMENTO DE ÁGUA: Informação para Eficiência Hidroenergética. Editora Universitária, Universidade Federal da Paraíba-UFPB. José Almir Rodrigues Pereira e Marise Teles Condurú. João Pessoa, 2014
Neste livro é enfatizada a importância da informação hidroenergética para o planejamento e gestão eficiente da prestação dos serviços de abastecimento de água, sendo imprescindível à tomada de decisão mais efetiva em sistemas de abastecimento de água (SAAs), visando atender às demandas da sociedade de água em quantidade, qualidade, regularidade e valor justo de tarifa. A informação hidroenergética referente aos sistemas de abastecimento de água deve ser processada visando sua organização e disseminação. Para isso, é necessário conhecer a interação entre os setores de abastecimento de água e o de energia elétrica, conforme se observa no capítulo 2. No capítulo 3 são apresentadas as etapas, unidades e alternativas de concepção do sistema de abastecimento de água. A importância de enfatizar as questões hidroenergéticas no planejamento e nos projetos de engenharia é discutida no capítulo 4, especialmente por impactarem na operação e nas despesas do setor de abastecimento de água. No capítulo 5 são comentados os volumes de água e as despesas de exploração na gestão hidroenergética. Em seguida são analisadas a perda real de água e a perda de faturamento no capítulo 6. O consumo e a despesa de energia elétrica são relacionados com o horário de funcionamento e com a perda de água no capítulo 7. Também são apresentadas ações para a eficiência hidroenergética nos sistemas de abastecimento de água. No capítulo 8 são enfocadas as lacunas de informações hidroenergéticas em fontes de informação do Governo Brasileiro, enquanto no capítulo 9 são analisados os dados e a qualidade da informação hidroenergética do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). A importância da informação hidroenergética na tomada de decisão nos sistemas de abastecimento de água é destacada no capítulo 10. Finalizando, no capítulo 11 são apresentadas as considerações finais e nas Referências têm-se os documentos que fundamentam este livro.
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Gustavo Ferro, Emilio J. Lentini, Eficiencia energética y regulación económica en los servicios de agua potable y alcantarillado, Publicación de las Naciones Unidas, Comisión Económica para América Latina y el Caribe (CEPAL) ISSN 1680-9017, LC/L.3949, enero de 2015.
Este documento analiza el consumo de energía en el sector de agua potable y alcantarillado y propone políticas regulatorias para mejorar la eficiencia energética de los prestadores de estos servicios en América Latina y el Caribe. Está dirigido a las agencias de regulación sectorial, así como todas las demás partes interesadas del sector privado y público.
El primer objetivo de este estudio es contribuir al entendimiento de la problemática de la eficiencia energética en los servicios de agua potable y alcantarillado, que comprende la captación, potabilización y distribución de agua, la recolección, la disposición y el tratamiento de aguas servidas y los lodos residuales, como así también aspectos vinculados a los usos finales del agua. Un segundo objetivo, consiste en sugerir líneas de acción regulatorias para mejorar la eficiencia energética, que satisfagan estándares de racionalidad económica.
Se aborda el problema de la eficiencia energética tanto desde la óptica de la oferta (producción y costos de las empresas prestadoras) como de la demanda (usos del agua y respuesta de los consumidores a incentivos de precios relativos e ingreso, así como morales o conductuales) de servicios de agua potable y alcantarillado. El regulador requiere recopilar indicadores y utilizarlos con fines comparativos (“benchmarking”). Sobre la base de indicadores utilizados por organizaciones internacionales y regionales, asociaciones de prestadores y de reguladores, así como varias iniciativas nacionales, tanto em la región como fuera de ella, se confeccionó una propuesta de indicadores que los reguladores de América Latina y el Caribe podrían construir para caracterizar los problemas, previo a las auditorías energéticas de procesos, subprocesos y equipos.
Por último, se contribuye con un programa de trabajo que pueden llevar a cabo reguladores en los países de la región, para poner en marcha cambios en dirección a una mayor eficiencia energética en la prestación de los servicios de agua potable y alcantarillado. Este programa comprende ocho
componentes (diagnóstico, auditorías energéticas de equipos, control de pérdidas, información y educación, difusión de la micro-medición, premios al ahorro y penalidades al consumo excesivo, estándares para dispositivos y etiquetado obligatorio) de diferente grado de dificultad, costo, velocidade relativa de implementación e impacto esperado.
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A Gestão de Energia Elétrica na CORSAN. Engº Antonio Accorsi. Porto Alegre: CORSAN, 2016.
O presente trabalho condensa tanto a descrição, quanto determinados resultados obtidos concretamente, a partir de um cuidadoso estudo empreendido sobre a maioria das metas que, inicialmente, foram projetadas e colocadas em prática por meio de ações de caráter técnico e administrativo no âmbito interno da Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN – as quais resultaram no Programa de Gestão de Energia Elétrica. Muito mais do que tão somente representarem um conjunto de atividades programadas com o propósito de se produzir mais com menos, objetivo principal e impulso maior desse Programa, as contribuições aqui registradas, fruto do empenho de profissionais comprometidos e motivados pela mesma ideia, buscam – sobremaneira – assinalar os sensíveis movimentos de mudanças que efetivamente ocorreram na CORSAN, em especial, na própria cultura de seus empregados, quanto ao uso racional e evoluído da energia elétrica. Os expressivos investimentos realizados na aquisição de novos equipamentos com maior eficiência vêm comprovar a real confiança da alta administração frente às propostas iniciais do programa. Neste aspecto, os projetos-piloto cuidadosamente desenvolvidos e implantados, alguns deles viabilizados com o financiamento e apoio da distribuidora de energia CEEE-D, merecem destaque especial por terem servido como uma positiva referência para vários outros novos projetos implantados. A estratégia de se estabelecer e administrar continuamente a gestão da energia elétrica na CORSAN alicerça-se no fato de que quaisquer ações de caráter meramente isolado e assistemático tenderiam a perder seus efeitos no decorrer do tempo, por melhores resultados iniciais que tivessem sido apresentados.
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