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Da base ao alto rendimento
Projetos Núcleos de Base visam formar atletas para defender o país a partir dos Jogos de Los Angeles 2028
A Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento (SNEAR) da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania fechou, neste mês de dezembro, diversos Termos de Fomento com confederações e instituições ligadas ao esporte para a implantação de Núcleos de Base em várias modalidades. O objetivo é apoiar a formação de novos atletas e garantir a renovação em alto nível das delegações do país para os próximos ciclos olímpicos.
Não tenho dúvidas de que desses núcleos de base sairão diversos atletas que vão encher o país de orgulho daqui a alguns anos. Essa renovação é necessária e para isso o investimento nesses atletas é fundamental”
Marcelo Magalhães, secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania
Os Núcleos de Base serão implantados em vários estados, em diferentes municípios, alcançando uma parcela maior da população. A estrutura do projeto tem como base diversos eixos que são trabalhados para que os atletas mais jovens possam contar com a melhor estrutura física e multidisciplinar possível para treinar e competir.
Em linhas gerais, os Núcleos de Base visam aumentar o nível técnico dos atletas; capacitar treinadores e demais profissionais envolvidos; difundir as modalidades para que mais jovens comecem a praticá-las; garantir o acesso a instalações e equipamentos adequados para treinamento; proporcionar participação em competições do calendário internacional; e garantir que os atletas das categorias de base tenham um treinamento que se aproxima da rotina dos atletas profissionais, mantendo-os sempre motivados.
Em 2020, a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania investiu mais de R$ 5 milhões na implantação de Núcleos de Base do badminton (Teresina – PI), basquete 3x3 (Salvador – BA), saltos ornamentais (Brasília – DF), surfe (Niterói – RJ), judô (Lauro de Freitas – BA), beisebol (Ibiúna – SP) e handebol (Indaial – SC).
Em dezembro, foram investidos mais de R$ 3,2 milhões para os projetos de formação no curling, modalidade de inverno, (São Paulo – SP), remo (Rio de Janeiro – RJ), ginástica rítmica (Aracajú – SE), basquete 3x3 (Limeira – SP) e handebol (São Gonçalo – RJ).
Até o final de 2021, serão empenhados mais R$ 4,85 milhões para a implantação de Núcleos de Base de vela (Rio de Janeiro – RJ), vôlei de praia (Uberlândia – MG), rúgbi (São José dos Campos – SP), polo aquático (Rio de Janeiro – RJ) e escalada (Curitiba – PR).
Ex-jogador da seleção brasileira de handebol, Bruno Souza, secretário nacional de Alto Rendimento, tem no currículo três medalhas em Jogos Pan-Americanos (prata em Winnipeg 1999, ouro em Santo Domingo 2003 e ouro no Rio 2007), além da participação em duas edições dos Jogos Olímpicos (Atenas 2004 e Pequim 2008).
Após uma longa carreira internacional na Europa, ele ressalta que a Secretaria Especial do Esporte tem buscado implantar no Brasil modelos de sucesso desenvolvidos em outros países na formação de atletas. Para ele, isso é imprescindível para que o país possa seguir formando atletas de alto rendimento.
“O secretário Especial do Esporte, Marcelo Magalhães, sempre frisou, desde a sua chegada ao Ministério da Cidadania, que era preciso priorizar o desporto escolar e as categorias de base. E ele está certo”, concorda Bruno Souza.
“Nossa atual geração de atletas olímpicos é muito forte e a prova disso foi o sucesso do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Mas temos que olhar para frente e isso é impossível sem um investimento profundo na base”, continua o secretário de Alto Rendimento.
Curling
A prova de que o leque de modalidades apoiadas pela Secretaria Especial do Esporte é amplo é o do investimento no curling. Para a implantação do Núcleo de Base da modalidade em São Paulo, foram repassados à Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) R$ 407,6 mil.
“Nossa função é prestar o máximo de apoio para que o esporte olímpico e paralímpico se desenvolva. E o esporte olímpico não inclui apenas as modalidades de verão. Existem as modalidades de inverno, que são praticadas por brasileiros, já que o Brasil participa dos Jogos Olímpicos de Inverno”, ressalta Bruno Souza.
Até 2020, não era possível praticar o curling no Brasil, por não existir infraestrutura com ambiente próprio. Entretanto, no rastro do legado dos Jogos Rio 2016, a Confederação Brasileira de Desportos no Gelo, com auxílio da World Curling Federation (a Federação Internacional da modalidade), implementou as primeiras pistas oficiais da América Latina, localizadas no Cento de Treinamento Arena Ice Brasil, em São Paulo. O espaço é um ambiente multiuso com diversas outras instalações, como pista de patinação no gelo, academia e sala para fisioterapia.
Os Jogos Olímpicos de Inverno 2022 serão disputados entre os dias 4 e 20 de fevereiro, em Pequim, na China. Até o momento, o Brasil tem quatro vagas garantidas para o megaevento: três no esqui cross country, duas para o feminino e uma no masculino; e uma no esqui alpino masculino. O Brasil ainda tem chances de conquistar vaga em outras modalidades, o que permite projetar até 14 atletas na competição.
Remo
Outro exemplo é o remo. O valor repassado pela Secretaria Especial do Esporte à Confederação Brasileira de Remo (CBR) para a implantação do Núcleo Base foi de R$ 407,6 mil.
O Centro de Treinamento Nacional da modalidade será instalado no Rio de Janeiro e tem como objetivo prover a infraestrutura necessária para treinamento de alto rendimento aos atletas das categorias de base da seleção brasileira de remo, com foco especial na transição da categoria Júnior para a categoria Sub-23.
“Os investimentos que estão sendo feitos nos Núcleos de Base não têm como objetivo os Jogos de Paris 2024. Estamos pensando nos Jogos de Los Angeles 2028 em diante. Não tenho dúvidas de que desses Núcleos de Bases sairão diversos atletas que vão encher o país de orgulho daqui a alguns anos. Essa renovação é necessária e para isso o investimento nesses atletas é fundamental”, ressalta o secretário Marcelo Magalhães.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania