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Marcela Parsons é nomeada como Secretária Nacional do Paradesporto
Foto: Ronaldo Caldas/ Min. Cidadania
Foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (11.08) a nomeação de Marcela Frias Pimentel Parsons para o cargo de Secretária Nacional de Paradesporto da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Trata-se de uma nova secretaria a integrar a pasta e que se dedicará principalmente à melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência por meio de ações realizadas tanto no campo esportivo quanto educacional.
“A ideia principal da Secretaria do Paradesporto será proporcionar às pessoas com deficiência o esporte como ferramenta de inclusão, de educação e de socialização. No esporte paralímpico de alto rendimento, o Brasil já é uma potência. Nosso olhar, então, será mais voltado a pessoas com outros tipos de deficiência, como autistas, surdos e pessoas com deficiências intelectuais ou síndromes, de modo que elas também possam ter mais acesso ao esporte e, com isso, mais qualidade de vida”
Marcela Parsons
“Estou muito feliz por ter assumido a Secretaria do Paradesporto. Recebi o convite com muita gratidão. Eu vivo para pessoas com deficiência desde os 15 anos. Sou apaixonada pelo movimento das pessoas com deficiência e nosso principal objetivo dentro da secretaria será proporcionar para essas pessoas uma melhor qualidade de vida por meio do esporte e da educação. Temos milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência e com a criação dessa nova secretaria vamos poder ajudar bastante nesse sentido”, diz Marcela.
“A ideia principal da Secretaria do Paradesporto será proporcionar às pessoas com deficiência o esporte como ferramenta de inclusão, de educação e de socialização em todas as suas esferas. No esporte paralímpico de alto rendimento, o Brasil já é uma potência. Nosso olhar, então, será mais voltado a pessoas com outros tipos de deficiência, como autistas, surdos e pessoas com deficiências intelectuais ou síndromes, de modo que elas também possam ter mais acesso ao esporte e, com isso, mais qualidade de vida”, completa a nova secretária.
Trajetória
Nascida em Brasília (DF), a nova secretária tem 44 anos e é casada com Andrew Parsons, ex-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e atual presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC).
Marcela construiu uma carreira de sucesso dentro do hipismo adaptado. Foi treinadora e chefe da equipe brasileira de hipismo em quatro edições dos Jogos Paralímpicos: Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016. Nesse período, o Brasil conquistou quatro medalhas nos Jogos: dois bronzes com Marcos Alves, em Pequim, e dois bronzes com Sergio Oliva, no Rio, além de um bronze e de um ouro em mundiais, com Sergio Oliva.
O primeiro contato que Marcela teve no trabalho com pessoas com deficiência foi aos 15 anos, quando era instrutora de equitação na Sociedade Hípica de Brasília. “Na época, não existia a equoterapia. Um dia, fomos procurados por uma pessoa que tinha esclerose múltipla. Ninguém quis atendê-la e comecei a trabalhar com ela no hipismo e ela teve muita melhora”, recorda.
“Quando fiz 18 anos, fui morar nos Estados Unidos, na Califórnia, e lá fiz um curso de especialização em equoterapia. Minha formação profissional é como instrutora de equitação. Fiquei lá por dois anos e quando voltei a Brasília, em 2003, estava abrindo um centro de equoterapia na cidade e fui chamada para se instrutora lá”, prossegue.
Pioneirismo
Ao lado do coronel Lélio de Castro Cirilo, Marcela Parsons teve papel pioneiro no hipismo paralímpico nacional. “O hipismo paralímpico ainda não existia no Brasil. Havia três programas naquela época: a hipoterapia, a reabilitação equestre e o pré-esportivo. Como fui atleta de hipismo durante toda a minha vida, eu e o coronel Cirilo escrevemos juntos o quarto programa, de equoterapia, e incluímos o esporte com cavalos para pessoas com deficiência. Somos precursores desse esporte no Brasil”.
Além do trabalho como instrutora, Marcela atuou por 10 anos como assessora parlamentar na Câmara Legislativa do Distrito Federal, sempre na área voltada para pessoas com deficiências. Ela ajudou a escrever a Lei que determina a não cobrança de taxas para crianças com deficiência em escolas particulares, que depois se tornou lei federal.
Outra iniciativa de Marcela foi a lei que obriga que o símbolo do autismo fosse mostrado na carteira de identidade das pessoas com esse tipo de deficiência, de modo que a prioridade nos casos previstos por lei fosse assegurada após a apresentação do documento. Ela também atuou na elaboração de um projeto de criação da clínica-escola para autistas, que aguarda aprovação na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Diretoria de Comunicação - Ministério da Cidadania