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Dia Olímpico
Com mais de R$ 750 milhões de investimento anual, Governo Federal se consolida como maior patrocinador do olimpismo no Brasil
Foto: Abelardo Mendes Jr./ Min. Cidadania
Nesta quarta-feira (23.06), data em que a contagem regressiva para a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio chega a um mês , comemora-se o Dia Mundial do Desporto Olímpico. Também chamado de Dia Olímpico, o 23 de junho marca a fundação do Comitê Olímpico Internacional (COI), em 1894, e é celebrado no Brasil e nos países cujos comitês olímpicos nacionais são vinculados ao COI como forma de promover o olimpismo. A data busca, ainda, ressaltar valores inerentes ao esporte, como ética, autoconfiança, responsabilidade, respeito às regras e aos adversários e trabalho em equipe.
Todos sabemos da ligação que o brasileiro tem com os esportes e a vocação de nosso povo para revelar talentos nas mais diversas modalidades. Por isso, o Governo Federal trabalha para garantir que cada vez mais nossos atletas tenham as melhores condições de desenvolverem seus talentos de modo a representar bem nosso país nos torneios internacionais"
João Roma, ministro da Cidadania
No Brasil, país-sede da última edição dos Jogos, o esporte olímpico, a exemplo do paralímpico, conta com uma série de instrumentos federais considerados fundamentais para o desenvolvimento dos atletas que defendem o país em grandes eventos esportivos, como Olimpíadas, Paralimpíadas, Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos e mundiais.
O Governo Federal é o maior patrocinador do esporte olímpico e paralímpico no país, com um investimento anual superior a R$ 750 milhões. Nesse valor estão abrigados o tripé que hoje representa a maior fonte de investimento do esporte brasileiro, formado pela Lei das Loterias, Bolsa Atleta e Lei de Incentivo ao Esporte.
Em 2020, a Lei das Loterias destinou, apenas ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), R$ 292,5 milhões, valores que foram destinados às diversas confederações filiadas ao COB. Outros R$ 163,1 milhões foram repassados pela mesma lei ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Para 2021, o Bolsa Atleta, um dos maiores programas de patrocínio direto a atletas do mundo, conta com orçamento de R$ 143,4 milhões, o que permitiu um número recorde de atletas beneficiados: 7.197 brasileiros. Somam-se a eles outros R$ 36,72 milhões voltados a 274 atletas apoiados pelo último edital da Bolsa Pódio, a categoria mais alta da Bolsa Atleta, destinada aos esportistas mais bem posicionados no ranking mundial e com mais chances de medalhas olímpicas.
Por último, apenas neste ciclo olímpico, entre 2016 e 2021, a Lei de Incentivo ao Esporte teve 699 projetos voltados ao alto rendimento aprovados para captação de recursos. O valor captado neste período foi de mais de R$ 640 milhões.
“Não há dúvidas de que o Governo Federal é um parceiro importante do esporte olímpico e paralímpico e todos esses programas de apoio somam-se ao trabalho desenvolvido pelo Comitê Olímpico do Brasil e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, bem como o das confederações e de todos os profissionais que trabalham nas equipes de apoio aos atletas e também àqueles que se dedicam à ciência esportiva, fundamental hoje em dia quando falamos de alto rendimento”, destaca o diretor-geral do COB, Rogério Sampaio, campeão olímpico no judô nos Jogos de Barcelona 1992.
"Lei das Loterias, a Lei de Incentivo ao Esporte e o Programa Bolsa Atleta representam um tripé que se tornou fundamental para o esporte olímpico e paralímpico no Brasil. Esses investimentos são responsáveis por um novo capítulo na história olímpica brasileira e falamos de uma revolução que está em curso, porque é contínua"
Marcelo Magalhães, secretário Especial do Esporte
“E obviamente não devemos nos esquecer de valorizar os atletas neste Dia Olímpico, que por meio de muita dedicação, esforço, trabalho e resiliência permitem que o movimento olímpico cresça no Brasil e em todo mundo”, continuou o dirigente.
Para o Ministro da Cidadania, João Roma, o esporte, por ser uma paixão do povo brasileiro, por todos os valores que propaga para a sociedade e por representar um caminho para uma vida mais saudável, deve ser cada vez mais valorizado pelo Governo Federal.
“Todos sabemos a ligação que o brasileiro tem com os esportes e a vocação de nosso povo para revelar talentos nas mais diversas modalidades”, lembrou o ministro. “Por isso, nós, do Governo Federal, trabalhamos para garantir que cada vez mais nossos atletas tenham as melhores condições de desenvolverem seus talentos de modo a representar bem nosso país nos torneios internacionais. Sabemos da importância que esse apoio federal tem para cada um dos atletas que em breve estarão nos Jogos de Tóquio e também para aqueles que não disputarão esta edição, mas que estão se preparando e sonham em estar em 2024, em Paris, e nas demais edições. É por isso que continuaremos a apoiar o esporte em todas as suas vertentes. O esporte é um dos orgulhos de nossa nação”, prosseguiu João Roma.
Foto: Francisco Medeiros/ Min. Cidadania |
Não há dúvidas de que o Governo Federal é um parceiro importante do esporte olímpico e paralímpico e todos esses programas de apoio somam-se ao trabalho desenvolvido pelo COB e pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, bem como o das confederações e de todos os profissionais que trabalham nas equipes de apoio aos atletas"
Rogério Sampaio, diretor-geral do COB
Investimento e pódios
Secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães lembrou que os investimentos federais no esporte são responsáveis por uma revolução no desempenho recente do Brasil nos Jogos Olímpicos.
“A Lei das Loterias, a Lei de Incentivo ao Esporte e o Programa Bolsa Atleta representam um tripé que se tornou fundamental para o esporte olímpico e paralímpico no Brasil. Esses investimentos são responsáveis por um novo capítulo na história olímpica brasileira e falamos de uma revolução que está em curso, porque é contínua. Não tenho dúvidas de que, assim como as últimas quatro edições dos Jogos Olímpicos foram as melhores da história de nosso país, o Brasil está em um caminho de evolução que vai seguir nas próximas edições, pois nosso trabalho é fortalecer ainda mais esses programas federais”.
A história e a matemática comprovam as palavras do secretário. A Lei das Loterias foi sancionada em 2001 e inaugurou a onda de investimentos federais no esporte. A Lei de Incentivo ao Esporte foi sancionada em dezembro de 2006 e o Programa Bolsa Atleta começou o pagamento dos benefícios em 2013.
O reflexo pode ser notado no desempenho do Brasil nas Olimpíadas. Com mais estrutura, os atletas brilharam nas quatro últimas edições como nunca se viu na história da participação brasileira nos Jogos.
Entre 1920, quando o Brasil disputou pela primeira vez as Olimpíadas, na Antuérpia, e os Jogos de Sydney 2000, a última antes de a Lei das Loterias ser sancionada, o país competiu em 15 edições olímpicas. Nesse período, os atletas conquistaram 67 medalhas: 12 de ouro, 20 de prata e 35 de bronze.
Entre 2004 e 2016 – nos Jogos de Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016 –, em apenas quatro edições o Brasil conquistou 63 medalhas: 18 de ouro, 17 de prata e 28 de bronze.
Antes, o surgimento de um atleta era resultado do acaso, de sorte e de um esforço pessoal grande. Não havia apoio e nenhuma entidade tinha condição de dar estrutura para o atleta. Hoje as confederações esportivas têm estrutura e condições de levar os atletas para as principais competições, tanto da categoria principal quanto das de base, o que é fundamental"
Ricardo Moreira, presidente da Confederação Brasileira de Saltos Ornamentais
Antes e depois
Ex-atleta de saltos ornamentais, técnico olímpico nas edições de Atenas, Pequim, Londres e Rio, Ricardo Moreira hoje é o presidente da Confederação Brasileira de Saltos Ornamentais (CBSO). Para ele, que viveu os dois lados da moeda, os investimentos federais representaram um novo paradigma para o esporte nacional.
“Antes, o surgimento de um atleta era resultado do acaso mesmo, de sorte e de um esforço pessoal grande. Não havia apoio e nenhuma entidade tinha condição de dar estrutura para o atleta. Quando falo estrutura, considero três pontos principais: estrutura para treinar, condição para viajar e participar das competições e a condição para o atleta se manter. Ele precisa ter tranquilidade para focar no esporte. Antes, isso não existia. O esporte era amador de verdade. Era só um patrocínio privado, quando tinha”, recorda o dirigente.
“Desde 2001 esse cenário vem mudando. O próprio COB e as confederações começaram a se estruturar. As confederações, por meio do recurso repassado pelo COB, hoje têm condições de levar os atletas para as principais competições, tanto da categoria principal quanto das de base, o que é fundamental e que antes não existia. Eu posso falar por mim. Em 1999, participei do Mundial Juvenil e tive que pagar do bolso. Hoje, não. Todas as competições, de todas as modalidades são custeadas com recursos das loterias, tanto para a categoria de base quanto para a principal. Hoje temos uma estrutura para treinar que é totalmente diferenciada”.
Representante de uma modalidade que antes dos investimentos federais praticamente não recebia recursos, Ricardo Moreira lembra como essa mudança de realidade tem reflexos diretos nos resultados dos atletas.
“Esse é um investimento que está refletindo positivamente em todos os resultados. Nos saltos ornamentais, de 2004 para cá foi quando o Brasil mais teve representatividade nos campeonatos principais e, é claro, nos Jogos Olímpicos. Foi a partir daí que o Brasil conquistou medalhas em Jogos Pan-Americanos, o que nunca tinha acontecido, e passou a chegar a finais em mundiais e Jogos Olímpicos. Os resultados brasileiros desde que os investimentos se fortaleceram no esporte são muito superiores, nos saltos ornamentais e em outros esportes também”, pondera o dirigente.
Realmente há uma grande diferença no financiamento da carreira de um atleta hoje e na minha época de atleta, antes de 2000. Naquela época, tínhamos muito pouco recurso entrando no financiamento das campanhas e das nossas competições. Tudo era gerenciado por nós, pago por nós”
Torben Grael, velejador bicampeão olímpico
Análise de bicampeão
Dono de cinco pódios olímpicos na vela – ouro em Atlanta 1996 e Atenas 2004, prata em Los Angeles 1984 e bronze em Seul 1988 e Sydney 2000 – Torben Grael, maior medalhista olímpico do Brasil ao lado do também velejador Robert Scheidt, também viveu os dois períodos durante sua carreira, antes e depois da entrada do Governo Federal como incentivador do esporte nacional.
“Realmente há uma grande diferença no financiamento da carreira de um atleta hoje e na minha época de atleta, antes de 2000. Naquela época, tínhamos muito pouco recurso público entrando no financiamento das campanhas e das nossas competições. Tudo era gerenciado por nós e pago por nós, através de patrocinadores e contatos que a gente acabava fazendo para viabilizar que pudéssemos permanecer competindo”, recorda o bicampeão olímpico.
“Hoje é diferente. Há muito mais apoio público e muito mais apoio por parte das instituições. Grande parte desse apoio começou com as loterias, com a Lei Piva, e posteriormente com a Lei de Incentivo, que deu uma facilitada para as empresas apoiarem, através do patrocínio, a campanha dos atletas. De certa forma, hoje são poucas as empresas que apoiam sem utilizar a Lei de Incentivo. Finalmente, veio a Bolsa Atleta, que ajudou bastante, principalmente no princípio da carreira dos atletas, porque nesta fase é quando é mais difícil conseguir patrocínios. Então esse financiamento muito é importante”, frisa Torben Grael.
Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania