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Tóquio 2021
Bolsistas Ygor Coelho e Fabiana Silva confirmam vaga olímpica no badminton e Brasil soma 232 classificados
Fabiana Silva vai estrear nos Jogos Olímpicos. Foto: Abelardo Mendes Jr./ rededoesporte.gov.br
O Brasil acumula 232 vagas para os Jogos Olímpicos de Tóquio, que começam em 23 de julho. Duas das classificações mais recentes vieram do badminton: Ygor Coelho e Fabiana da Silva estão com o passaporte carimbado para o Japão. Eles compõem um grupo de 86 brasileiros com vagas nominais – as outras dependem de convocação ou confirmação das confederações -, sendo que 82 deles (95,3%) são beneficiados pelo Programa Bolsa Atleta do Governo Federal. O investimento direto nesses bolsistas supera R$ 25,3 milhões apenas no atual ciclo olímpico.
O Bolsa Atleta me ajudou a investir, a ir para fora do país. Foi meu primeiro patrocínio, minha primeira vez fora do país foi por causa do Bolsa Atleta. Morei todos esses anos fora e consegui treinar, comer, pagar torneios. É um patrocínio importante para o esporte brasileiro e para todos os atletas"
Ygor Coelho, atleta do badminton
Entre os beneficiados pelo programa de patrocínio direto ao atleta, 51 estão na categoria mais alta, a Pódio. Há ainda 15 nomes na categoria Olímpica, 12 na Internacional e quatro na Nacional. Somando os repasses para as 28 modalidades em que o Brasil já assegurou vagas olímpicas, o investimento do Bolsa Atleta é de R$ 191,6 milhões neste ciclo olímpico, entre 2017 e 2021. Apenas no badminton, o investimento federal foi de R$ 9,68 milhões no mesmo período, sendo que Ygor recebeu R$ 148,8 mil na categoria Olímpica, enquanto Fabiana foi beneficiada com R$ 88,8 mil na Internacional.
Em maio de 2021, o Governo Federal divulgou o resultado do edital de 2021 do Bolsa Atleta, com 7.197 contemplados , o maior número de esportistas olímpicos e paralímpicos da história do programa, num investimento de R$ 97 milhões.
"O Bolsa Atleta me ajudou a investir, a ir para fora do país. Foi meu primeiro patrocínio, minha primeira vez fora do país foi por causa do Bolsa Atleta", conta Ygor, que mora e treina na Dinamarca. "Morei todos esses anos fora e consegui treinar, comer, pagar torneios. É um patrocínio muito importante para o esporte brasileiro e para todos os atletas", define.
O anúncio da Federação Internacional de Badminton (BWF, na sigla em inglês) estava previsto apenas para 15 de junho, quando será oficialmente encerrado o período de qualificação olímpica. No entanto, na última sexta-feira (28.05), a entidade informou que nenhum novo torneio teria resultados considerados válidos para o ranking classificatório para Tóquio. Com a decisão, Ygor Coelho e Fabiana Silva puderam comemorar antecipadamente.
Formado e revelado pelo projeto social Miratus, que o pai, Sebastião, fundou na favela carioca da Chacrinha, Ygor coleciona os títulos pan-americanos de 2017 e 2018, conquistados após a estreia dele em Jogos Olímpicos, na edição do Rio, em 2016. Na ocasião, ainda aos 19 anos, foi eliminado na fase de grupos. Em 2018, conquistou o ouro nos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba, e no ano seguinte chegou a um título inédito para o país ao vencer os Jogos Pan-Americanos de Lima .
Agora, aos 24 anos, ele se considera mais preparado para enfrentar uma edição dos Jogos Olímpicos. "Em 2016 foi a minha estreia. Eu senti tudo que podia sentir, mas neste ciclo eu realmente pensei no que faria se tivesse a chance de ir de novo. Já estou mais preparado", acredita. A conquista da vaga, no entanto, não foi fácil. Em agosto do ano passado, Ygor precisou passar por duas cirurgias no quadril. "Depois da vitória em Lima, considero que foi o melhor momento da minha carreira. O ano foi perfeito, estava indo bem, até que em 2020 veio a pandemia e descobri que precisaria fazer cirurgia. A minha sorte é que tive tempo para fazer e me recuperar", pontua.
"A classificação agora mostra que tudo que fiz até então foi bom, produtivo e valioso", acredita o atleta, que ainda se casou em julho do ano passado. "Hoje moro com minha esposa na Dinamarca e está melhor, mas passei quatro anos investindo nesse caminho. Classificar para os Jogos Olímpicos de Tóquio é especial, e mais ainda por ser a segunda Olimpíada. Estou feliz e motivado para me preparar o mais forte e o melhor possível para chegar a Tóquio na minha melhor forma", avisa.
Auxílio na pandemia
Já Fabiana fará a sua estreia olímpica no Japão, aos 32 anos. "Estou super feliz com a classificação", comenta a jogadora, que também precisou enfrentar um árduo caminho até a confirmação da vaga. "Passei por momentos de ansiedade porque na reta final não consegui viajar para competições devido a restrições da pandemia, principalmente o Pan-Americano, que era importante e não consegui jogar. Estava contando com esse torneio para me classificar em uma posição melhor no ranking, mas deu tudo certo e estou muito feliz", conta.
Para ela, o apoio do programa federal foi ainda mais importante para enfrentar os desafios impostos pela pandemia de Covid-19. "O apoio do Bolsa Atleta vem transformando os nossos sonhos em realidade, principalmente nesse período de pandemia em que está difícil para todos", comenta. "O Bolsa Atleta me ajudou bastante para a compra de materiais no período que fiquei treinando em casa, e agradeço a todos que me apoiaram e me incentivaram a conquistar essa vaga olímpica para o Brasil. Estou super feliz em poder representar minha modalidade em Tóquio", comemora Fabiana.
Além das vagas no badminton, na última segunda-feira (31.05) a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC) também confirmou os três representantes do Brasil no mountain bike, para ocuparem as vagas asseguradas pelo país por meio do sistema de classificação da União Ciclística Internacional (UCI). Henrique Avancini, Jaqueline Mourão e Luiz Henrique Cocuzzi competirão em Tóquio . Os três também recebem a Bolsa Atleta do Governo Federal.
Diretoria de Comunicação - Ministério da Cidadania