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Etapa de Priorização dos Desafios
Data:
26/04/201
Local:
Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), Brasília-DF
Composição do Grupo
- Controladoria-Geral da União : Adenísio Álvaro Oliveira
- Observatório social : Antônio Barros e André Zanardi
- Ministério do Planejamento : Déborah Virgínia Macedo e Andreia Kafuri
- GDF : Diego Ramalho
- Ministério Público : Fábio George Cruz e Victor Veggi
- RETPS : Fernando Meloni
- Interlegis/ Senado Federal: Otto Luiz Vilela
- Meu município: Henrique Krigner
- IFC : Jovita José Rosa
- Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis (Instituto Soma Brasil) : Karine de Oliveira
- Prefeitura de São Paulo : Laila Bellix
- Secretaria de Governo: Marcos Henrique, Thalisson Sousa e Antônio Wosgrau
- Ministério das Comunicações : Renan Ricardo Tolentino
Painel: Análise de Cenário
TRABALHO EM REDE
- Existem grupos de apoio à agenda de Governo Aberto, mas ainda são restritos;
- Existe uma rede;
- Dificuldades em alguns municípios em promover transparência ativa, passiva e em fortalecer o controle social;
- Atuação em rede;
- Há uma necessidade de educar a sociedade para utilizar os dados abertos na perspectiva de controle social;
- Sociedade civil organizada para o controle.
RELACIONAMENTO INTERGOVERNAMENTAL
- Hipertrofia do Executivo, em detrimento de outras esferas;
- Papel do pacto federativo no fomento ao governo aberto;
- Sanções pelo não cumprimento legal da LAI e Lei da Transparência inexistentes;
- Transparência municipal controlada pelo Ministério Público;
- Legislativo, ente fiscalizador, cooptado pelo executivo;
- Atuação dos órgãos de controle na cobrança da transparência.
AGENDA DE GOVERNO ABERTO
- Governo abeto hoje está muito restrito à agenda de transparência;
- Foco no governo aberto em transparência, não em inovação tecnológica ou accountability ;
- Existem atores que jogam contra a efetividade das políticas públicas e o controle social;
- Existe dificuldade em transformar a transparência e a participação em melhores práticas públicas;
- Governo aberto é entendido de modo restrito (como transparência apenas) e por um público pequeno;
- Governo aberto ainda é muito pensado como transparência, faltam os demais princípios;
- A formalização dos processos de inclusão não leva em conta, às vezes, as pessoas e o impacto da ação;
- Há baixo incentivo político para de fato estabelecer governos abertos;
- Ações de entes subnacionais isoladas e não de governo aberto.
ENTRAVES E LIMITAÇÕES NA IMPLEMENTAÇÃO
- Dificuldades dos pequenos municípios em divulgar suas ações;
- Falta de um manual simples para organização de dados num ambiente de transparência;
- Desafio de transformar dados em informação;
- Falta de confiabilidade e dificuldade com dados;
- Limitação tecnológica e de gestão nos diferentes municípios;
- Dificuldade em implementar a Lei de Acesso à Informação;
- Compras descentralizadas dificultam consolidação da informação pública;
- Lei de acesso é efetiva, mas qualidade das respostas/dados ainda é ruim;
- Subnacionais não cumprem integralmente as normas de transparência.
TRANSPARÊNCIA/ ACESSO À INFORMAÇÃO
- Enfoque em execução orçamentária/financeira, sem atenção aos indicadores das demais políticas;
- Há pouca visibilidade para os benefícios da transparência;
- Importância da transparência e de dados abertos;
- Informação pública para o gestor público?
- Medição do nível de transparência passiva;
- Fortalecimento da gestão transparente;
- Preocupação com transparência dos recursos, mas não com efetividade dos resultados;
- Os municípios atendem a Lei de Acesso à Informação;
- Falta transparência no legislativo municipal;
- Há legislação de transparência suficiente.
DESENVOLVIMENTO COLABORATIVO DE FERRAMENTAS
- Software livre;
- Inovação tecnológica com base em dados públicos e em rede;
- Produtos tecnológicos para instrumentos sociais.
DISSEMINAÇÃO DE FERRAMENTAS
- Instância do participa.br apenas no Estado do Maranhão e em instalação em MG / disponível para Estados e Municípios;
- Apresentar à sociedade as ferramentas de controle social;
- Difundir a cultura do controle social nos municípios a partir do acesso ilimitado aos sistemas e banco de dos públicos;
- Participa.br sendo oferecido a entes subnacionais (MA, MG);
- Iniciativas da sociedade organizada como forma de fortalecer a disseminação de dados.
PARTICIPAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA
- Participação cidadã é limitada e com pouca incidência;
- Conselhos de políticas “sequestrados” pela gestão;
- Participação cidadã limitada;
- Existe participação nos entes subnacionais, mas modelo é fechado/restrito;
- Apropriação pela sociedade dos mecanismos de participação;
- Hoje tem profissionais de conselhos;
- Existe uma grande distância entre i cidadão e a prefeitura;
- Necessidade de repensar os Conselhos;
- O avanço na legislação deve ser acompanhado pela apropriação cidadã das informações públicas;
- Democratização necessária da participação, geralmente, capturada por grupos específicos;
- Há necessidade de uma ressignificação da atuação dos Conselhos de Políticas Públicas;
- Apoiar o avanço da legislação, a sociedade precisa ser capacitada para ter mudança cultural;
- Falta transformar participação social em ações concretas de governo (não apenas participação por participação);
- Convalidação da participação, um simulacro da transparência;
- Incentivo ao controle social;
- Falta de cultura do poder público em se r permeável à participação social;
- Existe baixa qualidade na participação porque os governos são fechados e querem controlar a participação;
- Necessidade de fomentar o controle social;
- Transparência sem participação não serve ao controle da administração pública.
Painel: Construção de Cenário Desejado
O que existirá no cenário desejado? O que teremos acesso? Como estarão, na prática, os princípios da OGP? Como estarão os atores envolvidos?
PARTICIPAÇÃO/ EDUCAÇÃO CIDADÃ
- Atores capacitados;
- Grande parcela da sociedade passa a participar ativamente da definição e implementação das políticas;
- Sociedade com pleno domínio dos dados abertos;
- Haverá iniciativas constantes de educação cidadã e capacitação do gestor para lidar com dados;
- Sociedade ativa e participação na gestão pública;
- Maior participação cidadã via tecnologia;
- Sociedade civil apropriando-se e utilizando ferramentas de controle social;
- Participação social focada nas necessidades do cidadão e de onde ele vive, a partir de informações da qualidade do serviço público que chega até ele;
- Apropriação de mecanismos e ferramentas pelo cidadão comum;
- Totalidade dos municípios polos (IBGE);
- Os cidadãos estão cada vez mais empoderados para o uso qualitativo de ferramentas de governo aberto e para participar dos governos.
AGENTES CAPACITADOS
- Treinamentos compartilhados;
- Linguagem padronizada;
- Conselhos de Políticas Públicas efetivos e atuantes;
- Lideranças locais municipais disseminando controle e participação social.
TRABALHO EM REDE
- Atores organizados em rede na tomada de decisão e formulação de práticas;
- Atuação em rede para controle e participação social;
- Municípios, DF e União integrando bases (cooperação);
- Serviços em nuvem;
- Os diferentes atores em torno da temática de governo aberto estão articulados em rede integrada.
OFERTA, QUALIDADE E UTILIZAÇÃO DE DADOS
- Dados transparentes e úteis;
- Usabilidade de dados;
- Dados governamentais em formado aberto e padronizado;
- Melhor utilização das informações para planejamento e efetividade nos resultados;
- Base de dados de transparência unificada;
- Dados básicos da EOF granulares, primitivos, abertos, disponíveis em municípios.
FERRAMENTAS
- Ferramentas tecnológicas disponíveis gratuitamente ao município;
- Melhoria da usabilidade das ferramentas de transparência;
- Inovação tecnológica com base de dados públicos e em rede;
- Ferramentas de transparência e de participação com melhor usabilidade e mais atrativos ao cidadão;
- Disponibilidade de mecanismos de participação digital que permitam todo cidadão se informe sobre políticas públicas e também avaliar sua eficácia;
- Infraestrutura mínima para o acesso à informação nos municípios.
AGENDA DE GOVERNO ABERTO
- Governo Federal desenvolve e disponibiliza instrumentos de participação social digital dos entes subnacionais para transparência, accountability e participação social;
- A agenda de governo aberto é implementada de forma intersetorial, abarcando seus 4 princípios;
- Governo Federal e entidades fortalecem a política de dados abertos nas unidades subnacionais;
- Governo aberto como política pública- além e ações isoladas;
- Entes subnacionais com transparência efetiva;
- Governo aberto ganha visibilidade e importância social mesmo em pequenos municípios;
- Políticas de incentivo e apoio aos Estados e Municípios para promoção de governo aberto;
- Muitos governos adotam iniciativas de governo aberto e melhoram suas políticas e serviços públicos;
- Criação de pacto nacional de governo aberto, envolvendo governos subnacionais e outros entes.
ACCOUNTABILITY
- Criação de indicadores padronizados para avaliar e monitorar as políticas de governo aberto nos estados e municípios;
- Mudança cultural;
- Responsabilização dos conselheiros de políticas públicas;
- Mecanismos de responsabilização dos entes para cumprimento de governo aberto;
- Representação efetiva nos Conselhos (usuários do serviço).
Painel: Identificação de Bloqueios / Dificuldades
Quais são os bloqueios que dificultam a transformação do cenário atual para o desejado?
COMUNICAÇÃO
- Tradução dos dados públicos em uma “linguagem cidadã”;
- Ausência de comunicação das iniciativas de governo aberto e participação cidadã.
INFRAESTRUTURA
- Falta de infraestrutura adequada para o acesso à informação em algumas comunidades ou pequenos municípios.
POLÍTICA NACIONAL DE GOVERNO ABERTO
- Baixo apoio institucional por parte do governo federal para a implantação da agenda de governo aberto em Estados e Municípios;
- Ausência de Política Nacional de Governo aberto;
- Ausência de incentivos claros para o engajamento em políticas de governo aberto.
PARTICIPAÇÃO
- Ausência de participação (omissão)
- Massificação dos instrumentos formadores de cultura cidadã;
- Engajamento insuficiente de atores estratégicos na priorização das diferentes políticas de governo aberto;
- Falta de efetividade da participação.
GOVERNANÇA
- Falta de responsabilização ao não cumprimento das diretrizes do governo aberto;
- Não cumprimento das atribuições e competências pelos conselhos de políticas públicas;
- Descontinuidade ou ausência de metodologia de acompanhamento das políticas de governo aberto;
- Uso da máquina pública de maneira fisiológica (aparelhamento).
DADOS
- Diversidade de cadastros e bases de dados;
- Ausência de diretriz para abertura de dados dos municípios em bases públicas estruturantes pelos gestores dos sistemas.
Identificação dos Desafios
- Desafio priorizado: Ampliar a apropriação das ferramentas de governo aberto com foco nos atores estratégicos dos estados e municípios pelas OSC´s;
- Promover a padronização/uniformização das ações de governo aberto em âmbito subnacional;
- Ampliar a pactuação e as políticas de governo aberto em estados e municípios que foquem nas necessidades dos cidadãos nos territórios, permitindo o engajamento e a participação;
- Aprimorar a disponibilidade de dados e informações públicas, seu acesso e uso pelos cidadãos, em todos os entes da Federação.