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Etapa de Priorização dos Desafios
Data: : 07/04/2016
Local: Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), Brasília-DF
Composição do Grupo
- Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão: Everson Aguiar e Augusto Herrmann;
- GPOPAI/COLAB-USP: Gisele da Silva Craveiro;
- Secretaria de Governo: Thalisson Sousa, Antonio Carlos Wosgrau e Cintia Cinquini;
- Ministério da Justiça: Helena Moura;
- INESC: Carmela Zigoni;
- Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços: André Rafael.
Painel: Análise de Cenário
Envolvimento Político/Institucional
- Dados abertos e inovação – qual é o papel do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no fomento?
- Gestores públicos com postura positiva em relação a dados abertos
- A Infraestrutura Nacional de Dados Abertos (INDA) é uma iniciativa federal, e ainda não é nacional
- Falta de envolvimento de alto escalão
- Patrocínio político
- Gestores públicos preocupados com consequências da abertura dos dados
- Necessidade de um comitê específico para demandas da Lei de Acesso à Informação (LAI)
- Ausência de um colegiado federal estratégico para deliberar sobre a abertura de bases mais complexas – semelhante à Comissão Mista de Reavaliação de Informações (CMRI)
- Descumprimento do “Governo como plataforma”: diretriz da Estratégia de Governança Digital (EGD)
Centralização (Plano + Portal único)
- Portal de dados único do Ministério da Educação
- Manutenção e melhoria de iniciativas de Dados Abertos de planos anteriores
- Plano de ação de Dados Abertos
- Plano de abertura de dados
- Falta tratamento dos dados e unificação de bases de dados
Gestão da Informação
- Estamos fazendo um Plano para Gestão da Informação e de dados
- Precisamos promover a gestão da informação com excelência
- Precisamos fazer um catálogo/inventário das bases disponíveis
- Falta gestão da informação
- Falta conhecimento das bases de dados
- Estimular o trabalho no formato aberto
- Falta articulação entre cidades digitais, cidades inteligentes e dados abertos
- Disponibilizar dados em formato aberto é pré-condição
- Há um imenso volume de informações no Governo Federal que estão fechadas, que não são aproveitadas
- Não está ocorrendo: dados abertos para todos no seu território, para sua necessidade
- Precisamos de dados abertos úteis para o cidadão no seu território, onde vive
- Falta de Governança dos Dados
- Dados abertos pensados para diferentes públicos, principalmente o cidadão comum
Trabalho conjunto com as áreas de Tecnologia da Informação (TI)
- Diálogo das áreas: dados abertos + TI + Técnica
- Necessidade de um trabalho conjunto das áreas de negócio com a área de TI
- Insuficientes canais de participação para cocriação no uso e reuso de dados abertos
- Falta de alinhamento entre negócio e TI
- Várias bases não foram criadas com atenção ao padrão de Interoperabilidade
- Definir melhor os papéis e responsabilidades dos donos de negócios
- Dificuldades na interação entre as áreas finalísticas e de tecnologia
Usabilidade e Sustentabilidade
- Publicação de diversos guias/sites de “boas práticas”
- Falta de confiança nos dados disponibilizados e na sustentabilidade para novos negócios
- É preciso manter o formato aberto e também acessível, com compromisso entre o ideal (RDF) e o possível (CSV, JSON)
- Descontinuidade das iniciativas pela alta rotatividade de gestores e servidores
- Pouco uso pelo cidadão de dados abertos atualmente
- Sustentabilidade ou perenidade de iniciativas do governo e da sociedade civil dependem da política econômica
- Falta de métrica para avaliação do uso dessa política
- Desafio de manter interesse social nas aplicações
- Dificuldade de manter equipes capacitadas com as trocas de governo
- Tornar mais atrativa essa abertura estimula melhor reuso da informação
Processo de Implementação e Consolidação
- Definir a estratégia de atualização e monitorar essa ação
- Capacitação de potenciais usuários e disseminação da política de dados abertos
- Arranjos produtivos locais podem servir de modelo/exemplo para escala/disseminação
- Cruzamento de informações para avaliação e alcance de metas estratégicas
- Há uma repetição sistemática de pedidos para dados já disponíveis
- Na institucionalização da política de dados abertos falta clareza sobre a necessidade em abrir dados
- Criaram área de fomento de uso de dados abertos
- Cidadão não está preocupado com o coletivo
- Pouca maturidade da sociedade para o consumo dos dados
- É preciso apresentar também os dados de forma mais local, mais direta e mais próxima do cidadão
- Precisamos tornar os dados abertos “usáveis” pelo cidadão comum
- Precisamos de maior vinculação entre a demanda (vinda da Lei de Acesso à Informação) e a oferta ou priorização de abertura de dados
- A sociedade não está preparada para o consumo de dados abertos
- O planejamento público deve ser pautado por informações abertas à sociedade
- O foco deve estar em resultados de políticas públicas no território de cada cidadão
- Há uma frustração com dados publicados que não são ou não podem ser utilizados
- Necessidade de traduzir os dados para a sociedade
: Normas e Sanções
- Acórdãos do Tribunal de Contas da União (TCU)
- Privacidade e dados abertos: segurança da informação e arcabouço legal
- Ainda não há respeito à Lei de Acesso à Informação (Ex: Lattes, Qualis e outros casos ainda mantêm dados fechados)
Agenda Internacional
- Participação em eventos internacionais para troca de experiências entre a agenda nacional e a agenda internacional
- Comparação com outras iniciativas nacionais e internacionais
Qualidade e Insegurança
- Falta entendimento da importância da abertura de dados na instituição
- Falta de gestão da informação aumenta a insegurança na abertura de dados
- Gestores não conhecem o potencial em ter dados abertos
- Há insegurança legal para reuso de dados pelo setor privado
- Há insegurança dos gestores para permitir abertura dos dados, às vezes por falta de qualidade
- Áreas de TI do governo não entendem de dados abertos
- Lag : demora para atualização dos dados
Painel: Construção de Cenário Desejado
O que existirá no cenário desejado? O que teremos acesso? Como estarão, na prática, os princípios da OGP? Como estarão os atores envolvidos?
Planejamento
- Há planejamento para manter continuidade e geração de dados
- Todo órgão público publica dados abertos de maneira planejada
- Temos o Plano Nacional de Dados Abertos implementado
Participação Social
- Dados abertos qualificam participação cidadã a partir das necessidades do cidadão em seu território
- Há maior colaboração entre governo e sociedade em relação a abertura e uso de dados
Gestão de dados
- Unificação de bases de dados
- Gestores dos dados responsabilizam-se pelos dados abertos
- Há um painel de indicadores com o tipo de informações acessadas
- Dados disponibilizados são atualizados e confiáveis
- A não ser que sejam classificados, há transparência de tudo, de forma organizada, transversal e simplificada
- Informações estão disponíveis também no formato georreferenciado
- Todas as informações disponibilizadas têm formato para serem processáveis
- A publicação de dados é primária, imediata, atualizada e centrada no usuário (i.e., há um tipo de publicação para cada tipo de usuário)
- Órgãos públicos preparam dados abertos para facilitar a “leitura” por diferentes atores, principalmente o cidadão comum
- Há proteção dos dados pessoais (efeito mosaico)
- Há guarda de dados permanente (dados são acessados sempre da mesma forma), estável (dados são sempre acessíveis) e auditável (há segurança jurídica para quem consome)
- Há produção de dados consistente (em intervalos regulares) e coerente (com a mesma granularidade entre coletas)
- Há coleta sistematizada de dados (com confiabilidade e atualização)
Cultura institucional
- Há disseminação da cultura de dados abertos nos órgãos
- A cultura de publicação de dados abertos foi criada e implementada
Uso e Reuso
- Há incentivo ao uso e reuso de dados abertos
- Há consumo de dados empreendedor (para criação de novos negócios), colaborativo (com mais cooperação e menos fiscalização) e educacional (para melhor qualificar o debate)
- Empresas utilizam dados abertos para criar modelos de negócios inovadores
- Mercado em franco consumo de dados públicos
Avaliação e monitoramento
- Há um guia de monitoramento de dados publicados
- Governo disponibiliza dados abertos que informem o cidadão sobre resultados de políticas públicas no seu território
- Cidadão usa os dados para monitorar as políticas públicas
- Avançamos a posição do Brasil no Open Data Index e no Open Data Barometer
- Há mecanismo de feedback sobre problemas e/ou melhorias da infraestrutura de dados abertos
- Geração e disponibilização de dados sobre etapas importantes do processo e dos resultados
- Há disseminação de informação
Conhecimento (a partir dos dados abertos / para dados abertos)
- Há um mapeamento de conhecimento da sociedade em dados abertos
- Há formas inovadoras de propiciar co-criação a partir de dados abertos: capacitação, desenvolvimento de infraestrutura e desenvolvimento de aplicativos
- Há capacitação da alta direção em dados abertos
- Capacitação técnica para publicação de dados abertos foi implementada
- Há um painel de retorno do uso da informação e o valor agregado
- Há uma campanha educativa para massificar a noção de dados abertos de forma positiva
- Há pesquisa de campo sobre a necessidade de informações
- Estado/Governo usam big data a favor da população (versus iniciativa privada)
- Dados abertos dos indicadores para os resultados esperados no planejamento das políticas
Políticas, Planos e Diretrizes
- Há transversalidade de dados abertos nas políticas públicas (gabinete digital)
- Financiamento da política de Dados Abertos pelo Estado brasileiro (para inovação, recursos humanos, integração)
- Há definição de uma política de Estado para garantir o comprometimento
- Iniciativas de Dados Abertos estruturadas como política de Estado
- Portal de Dados Abertos integrado a estados e municípios
- Maior gestão sobre o ciclo de vida do dado
- Saída para dados abertos construída por padrão em todo novo sistema de informação
- Infraestrutura Nacional de Dados Abertos (INDA) como uma federação de iniciativas brasileira de dados abertos
- Portal único por órgão com campo de busca e catálogo com todos os dados abertos
- Usa-se padrões e boas práticas para disponibilizar dados na web
Leis, Normas e Sanções
- Criação de mecanismo de petição por abertura
- Normativo para maior participação da sociedade civil na tomada de decisão sobre política de dados abertos
- Há segurança jurídica para dados pessoais
Painel: Identificação de Bloqueios / Dificuldades
Quais são os bloqueios que dificultam a transformação do cenário atual para o desejado?
Rotatividade
- Alta rotatividade não permite manter o conhecimento e o engajamento
Burocracia
- Burocracia
Legislação
- Falta de amparo legal
Recursos
- Falta de recursos humanos e financeiros
Política
- Disputa política entre os entes federados
Cultura do sigilo
- Monopólio da exploração econômica do dado
- Dados sensíveis politicamente
- Histórico cultural de reserva de conhecimento
- Medo de expor fragilidades do órgão
- Ausência de uma práxis sustentada por dados/informações
Cultura de Governo Aberto
- Concretizar a mudança de cultura para publicação de dados abertos
- Tema ausente no discurso de chefes de estado e da imprensa
Qualidade do uso e reuso
- Incapacidade do governo em ofertar dados úteis ao cidadão
- Falta de conexão entre mecanismos de oferta e demanda de dados abertos
- Falta de conhecimento sobre dados abertos bloqueia uso e reuso e participação social
Identificação dos Desafios
- Desafio priorizado: Aumentar a participação na conexão entre oferta e demandas (de dados, ferramentas e formas)
- Ofertar dados abertos de modo estruturado, contextualizado ao funcionamento dos conselhos e/ou à necessidade do cidadão em seu território
- Fortalecer a confiança na interação entre Estado e Sociedade em relação à oferta e demanda de dados
- Manter processo permanente de atualização tecnológica e produção/fomento à inovação
- Garantir a sustentabilidade das iniciativas de dados abertos a partir de definição clara de papéis e responsabilidades
- Melhorar as políticas públicas e a prestação de serviços públicos a partir da coleta colaborativa de dados
- Possibilitar ao cidadão encontrar dados abertos em qualquer esfera
- Ofertar dados úteis e de qualidade ao cidadão
- Efetivar o controle social com informações confiáveis
- Transformar a cultura do sigilo em cultura de transparência