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Etapa de Priorização dos Desafios
Data: 06/05/2016
Local: Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), Brasília-DF
Composição do Grupo
- Instituto Pólis - Ana Luíza
- Secretaria de Governo - Antonio Carlos Wosgrau, Cícero Cavalcante, Leonardo Santos
- Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - Carlos Eduardo Araújo Vieira
- Cidade Democrática - Henrique Parra Parra
- Conselho Nacional de Saúde -Lizandra Nunces Coelho Conte, Wanderley Gomes da Silva
- Constroladoria-Geral da União - Raimer Rezende
- UNICAMP - Wagner Romão
- Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos
- Ministério da Cultura
- Associação Brasileira das Organizações Não Governamentais (ABONG)
- Conselho de Segurança Alimentar (CONSEA)
Painel: Análise de Cenário
DIAGNÓSTICOS E IMPRESSÕES
- Estruturas de participação se consolidaram nos últimos 15 anos;
- Avanço nos processos de democratização do Estado nos últimos 15 anos;
- Baixa expectativa do cidadão em relação à interação com o Estado (é só para a elite);
- Participação social no PPA em construção;
- Estruturas de participação também apresentam os problemas da representação;
- Cidadão não sabe qual o seu papel, o que fazer para ser ouvido;
- Não resposta do governo desestimula a participação;
- Governos não respondem ao cidadão, criando bloqueios à participação;
- Cidadão gostaria de ter sempre uma resposta, mesmo que negativa;
- Não resposta do governo desestimula a participação;
- Percebo que há falta de informação para o pleno acesso/participação do cidadão nos conselhos;
- Falta informação para o cidadão poder participar com mais qualidade.
EFETIVIDADE
- Existem áreas “blindadas” à participação;
- Movimentos sociais reclamam d pouca efetividade da participação social nas ações de governo;
- Percebo que há falta de ligação entre o que é proposto com o que é efetivado pelo governo;
- Vejo que há falta de rastreabilidade entre o que é proposto pela sociedade com o que é implementado;
- Vejo que não há melhorias da gestão governamental a partir do feedback do cidadão;
- Falta incidência clara da pauta dos conselhos nas políticas públicas;
- Efetividade não deve olhar apenas para leis / normas, mas entender os diferentes objetivos pretendidos (formar comunidade, continuar narrativa);
MÉTODOS DE / PARA PARTICIPAÇÃO
- Possibilidade de expansão da participação em co-produção / co-criação;
- Percebo falta de uso de dados abertos para gestão de políticas e a co-produção de políticas;
- Qual a “regra” da decisão? Quem decide a regra?
- Visão de ouvidoria que não atenda apenas problemas “individuais” (apontados individualmente);
- Incentivos e feedbacks - mesmo sem a concretização - são desejados e necessários;
- Falta de rotatividade e qualidade das representações nas estruturas de participação;
- Cada ouvidoria tem seu forum, cidadão precisa de manual, mostra dificuldades de uma experiência do usuário (integrada);
ACESSO E INCLUSÃO
- Desequilíbrio na participação de homens e mulheres nos mecanismos de participação social;
- Dificuldade de integrar os não organizados;
- Faltam alcançar cidadãos na participação social;
- Gestão pública não chama o cidadão para formulação, apenas para consulta nos mecanismos digitais de participação;
- Há mobilizações que nascem e morrem dependendo do assunto, atualmente;
- Desequilíbrio no acesso aos mecanismos de participação;
- “Descompasso” entre mobilização das ruas e as institucionalidades de participação;
- Quem está participando -> falta inclusão;
- Déficit de inclusão (ou representação) nas instituições participativas;
- Conselhos reproduzem problemas de democracia representativa (desequilíbrio).
FERRAMENTAS DIGITAIS
- Falta integração de mecanismos de participação presenciais e digitais;
- Falta capacidade tecnológica em governos locais;
- Os mecanismos de participação incidem na construção de políticas públicas;
- Dificuldade (do CNS) em utilizar meios digitais para ampliar participação. Vem da falta de recursos.
- Instrumentos digitais serem integrados aos espaços e instituições participativas;
- Mecanismos digitais com potencial de agregar novos públicos e necessidades de integrálos ao mecanismo presencial de participação;
- Grande potencial a partir das novas tecnologias (mecanismos digitais);
- Falta de inovação tecnológica para aumentar / melhorar a participação digital;
INSTITUCIONALIDADE DA PNPS
- Necessidade de investimento do governo na formação para a cidadania;
- Política de participação é questionada pelo parlamento e por parte da opinião pública;
- Participação social ainda não é política de Estado, está estruturada como política de governo;
- Falta integração entre os três Poderes para consolidar e tornar efetiva a participação social;
- Vejo que não há troca de informação entre os conselhos;
- “Ir para além de método de governo (a participação) como direito humano” é uma compreensão promissora para colocar a inclusão e o cidadão no foco;
- Houve uma política para criar as institucionalidades participativas (respondendo a um déficit): 9 mi em conf / 44% nao conhecem;
- Ainda falta institucionalização da participação para blindar contra mudanças políticas;
- Como tornar participação política de Estado?
Painel: Construção de Cenário Desejado
O que existirá no cenário desejado? O que teremos acesso? Como estarão, na prática, os princípios da OGP? Como estarão os atores envolvidos?
INSTITUCIONALIDADE DA PNPS
- Institucionalização (estável e abrangente) dos mecanismos de participação
- PNPS institucionalizada pelo Poder Legislativo
- MROSC estabelecendo um marco confiável e próspero para as organizações sociais atuarem e exercerem seu papel político
- PNPS regulamentada propiciando inovações metodológicas nos mecanismos formais de participação
- Governos locais/estaduais com recursos, capacitação e incentivo para promover participação, transparência e prestação de contas por meios digitais
EFETIVIDADE
- Em seis anos o governo se tornar ágil na criação e gestão de seus serviços com base na participação da sociedade
- Desenvolvimento de métodos mais inteligentes de avaliação de efetividade que considerem diversidade de setores e mecanismos
- Participação ativa da sociedade civil incidiu nas estruturas de poder
- Articulação entre ferramentas digitais, espaços de participação institucionais e mobilização de rua = políticas mais efetivas para diminuir desigualdade
- Efetividade no monitoramento das políticas
- Governos comprometidos formalmente a promover devolutivas nos processos de participação
- Articulação permanente entre a administração pública para a efetividade da PNPS
- Áreas estratégicas (economia/infraestrutura etc) abertas à participação
ACESSO E INCLUSÃO
- Rede nacional de formação para cidadania funcionando em sintonia com os processos participativos
- Cidadãos mais capacitados para a participação
- Todos os conselhos com representação de mulheres, jovens, indígenas, negros e negras e outros segmentos excluídos historicamente
- Cidadão não-organizado incidindo na formulação e definição das políticas públicas
- Inclusão democrática e participativa
PARTICIPAÇÃO DIGITAL
- Meios digitais promovem o acesso, a integração e a efetividade dos mecanismos de participação
- Dados e códigos (métodos/regras) abertos como regra da atuação dos Estados - induzindo, coordenando e regulando - e a sociedade
- Em dois anos toda participação presencial ter uma participação digital correspondente
- Maior desenvolvimento de ferramentas digitais possibilitará + participação e + pressão sobre os governos
- Ferramentas digitais para o cidadão opinar, avaliar e colaborar nas políticas públicas a partir de suas necessidades onde vive
- E, seis anos o governo analisar todas as participações digitais e criar projetos/políticas a partir disso
- Participação por meio digital difundida nas três esferas de governo, numa relação dialética com a participação presencial
FOCO NO CIDADÃO
- Transparência e responsabilização dos resultados efetivos das políticas públicas para qualificar a participação social
- Transparência dos resultados dos serviços públicos para subsidiar participação formal e digital com foco direto no cidadão, em suas necessidades e no território onde vive
- Financiamento eleitoral e político implicando mais transparência, inclusão nos partidos e incentivando o foco no cidadão
- Governo como plataforma
Painel: Identificação de Bloqueios / Dificuldades
Quais são os bloqueios que dificultam a transformação do cenário atual para o desejado?
ACCOUNTABILITY
- Governo capturado por interesses outros / diversos que não o do cidadão;
- Resistência do governo em responsabilizar-se pela execução das resoluções / propostas vindas da P.S.
CONCEPÇÃO SOBRE PARTICIPAÇÃO
- O cidadão raramente participa da formulação das políticas estratégicas de Estado;
- Resistência de compartilhar poder / código do governo com a sociedade;
CÓDIGOS E METODOLOGIAS
- Metodologias que não produzem resultados que possam ser implementados (viáveis);
- Governo não estabelece nem viabiliza códigos participativos abertos como regra na produção de políticas;
- A regra na produção de políticas públicas entende os códigos (regras de como decidir, softwares, etc) como proprietárias (do governo);
FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO
- Falta de formação e de informação para aprimorar a qualidade da políticas social (representantes de governo e da sociedade civil);
- Resultados efetivos dos serviços públicos são pouco mensuráveis e transparentes, o que dificulta a participação social de qualidade.
CONFLITOS POLÍTICOS E FEDERATIVOS
- Iniciativas de participação social nos governos federal, estaduais e municipais estão desarticuladas;
- Dificuldade de mediação no conflito de diferentes participações.
CAPACIDADE INSTITUCIONAL
- Falta de capacidade institucional em entender / filtrar e priorizar as demandas e participações da sociedade;
- Falta de capacidade de traduzir as demandas / participação da sociedade para o gestor poder criar políticas.
Identificação dos Desafios
- Promover o uso de tecnologias digitais livres e ferramentas de transparência, integradas aos mecanismos de participação social (desafio priorizado);
- Ampliar / incentivar a adesão de estados e municípios ao compromisso nacional de participação social;
- Ampliar a transparência dos resultados das políticas públicas com foco nas necessidades dos cidadãos em seus territórios, para subsidiar a qualificação da participação social;
- Aprimorar os mecanismos de participação e fortalecer as iniciativas de transparência e participação digital;
- Difundir o uso de tecnologias digitais para a melhoria da capacidade institucional e do acesso aos mecanismos de participação;
- Ampliar canais de participação digital integrados aos mecanismos formais de participação social;
- Aprimorar os mecanismos de participação social e fortalecer as iniciativas de participação digital.