Inovação e governo aberto na ciência - 1º oficina de cocriação
DADOS GERAIS
Inovação e governo aberto na ciência - Tema priorizado pelo Governo
Descrição: Desenvolver a Política Nacional de Ciência Aberta na Agropecuária e fomentar a disponibilização de dados abertos de pesquisa científica.
PRIMEIRA OFICINA DE COCRIAÇÃO
Na primeira etapa das oficinas de cocriação, os especialistas do governo e da sociedade civil escolhem em conjunto três desafios a serem enfrentados. Após essa definição, foi aberta consulta para priorização do desafio considerado mais relevante pela sociedade, entre os dias 30/05 a 14/06.
Desafio priorizado pela sociedade: Aprimorar instrumentos de governança da ciência para o avanço da ciência aberta
Confira como foi a primeira etapa da oficina de cocriação sobre Inovação e governo aberto na ciência.
Data: 29/05/2018
Participantes:
- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa: Patrícia Rocha Bello Bertin, Juliana M. Fortaleza, Márcia de O. Cardoso e Adriana Cirstina da Silva
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA: Mariana Greenhalgh
- Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações - MCTIC: Roberto de Pinho
- Instituto Brasileiro de Informação em ciência e Tecnologia - IBICT/MCTIC: Washington Luis R de Carvalho e Luana Farias Sales Marques
- Fiocruz: Vanessa de Arruda Jorge
- Academia Brasileira de Ciências
- Open Knowledge: Neide A. D. de Sordi
- Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação - UnB: Fernando César Leite e Michelli
- Rede Nacional de ensino e Pesquisa -RNP: Iara Machado e Leandro Ciuffo
No primeiro momento, os convidados fizeram uma análise do cenário atual relacionado ao tema. A partir daí foi construído o cenário desejado. Posteriormente foi feita a identificação dos bloqueios que dificultam a transformação do cenário atual para o desejado. Por fim, foram selecionados três desafios, dos quais a sociedade poderá priorizar um que será enfrentado por meio de um compromisso que será definido na segunda oficina de cocriação.
Veja o resultado:
CENÁRIO ATUAL | |||||
---|---|---|---|---|---|
Fomento | Padrões | Aspectos Regulatórios | Infraestrutura Tecnológica | Aspectos sócio-culturais | Propriedade intelectual |
Avaliação dos Programas de pós graduação não contempla os dados científicos abertos | Ausência de padrões de gestão de dados científicos | O Decredto 8777/16 não tem abrangência em todas as instituições que produzem pesquisa científica | Ausência de uma infraestrutura tecnológica nacional para o compartilhamento dos dados de pesquisa | Problematização em relação a questões éticas dos dados | Conflito na abertura de dados científicos versus a inovação |
Falta de reconhecimento da abertura de dados de pesquisa pelas agências de fomento | Falta de consenso de padrões de metadados por área do conhecimento | O Decreto 8777/16 oferece o marco legal para dados abertos em instituições públicas de PCD | Dificuldades de armazenamento e transferência (download/upload) de grandes datasets (Gb ou TB de dados) | Desconhecimento dos benefícios da abertura e do reuso de dados científicos | Tensão entre a legislação de transparência x propriedade intelectual |
Falta de sensibilidade e conhecimento das agências de fomento e da comunidade de pesquisa | A ausência de linguagem comum que propicie interoperabilidade semântica | Ausência de um conjunto mínimo de diretrizes, a nível nacional, para orientar a implantação e federal de repositórios de dados | Carência de um repositório nacional (portal único) para dados científicos abertos | Cultura não favorável ao compartilhamento de dados científicos por área/indivíduos | Política de cessão de direitos de autor restritivas (periódicos científicos) |
O orçamento para projetos de pesquisa atualmente não prevêem uma fatia do recurso para anter uma infraestrutura de preservação dos dados | Necessidade de estabelecimento de metodologias de compartilhamento de dados que atendam os princípios F.A.I.R. | Políticas e iniciativas internacionais servem de referência para o Brasil | Carência de infraestrutura para armazenamento e tráfego de grande volume de dados | Heterogeneidade de práticas, maturidade e demanda por áreas | |
A metodologia de avaliação da pesquisa (baseada em publicações) não favorece o compartilhamento de dados | Ausência de política institucional de dados abertos científicos e por área de conhecimento | Disponibilidade de tecnologia open source | Baixa conscientização dos níveis de abertura e uso justo dos dados | ||
Existência de investimentos redundantes para coleta de dados (o compartilhamento pode trazer economia de recursos para as FAPs) | Falta de um portal nacional para o depósito de dados de pesquisa | Deficiência da participação cidadã nas agendas de pesquisa brasileira | |||
Sistema de recompensa dos pesquisadores não incentiva o compartilhamento/abertura de dados | Infraestrutura deficitária para análise de dados científicos | Avanço do Brasil no acesso aberto à informação científica (periódicos) | |||
Interesse de instituições nacionais em estabelecer uma rede para o armazenamento e preservação de dados de pesquisa | Cultura científica de competição | ||||
Capacidade analítica reduzida a outros países | |||||
Ausência de capacitação para gestão de dados | |||||
Participação limitada do cidadão a ciência (ciência cidadã) | |||||
Principais atores do sistema científico estão desarticulados | |||||
Resistência de pesquisadores em compartilhar os dados, sobretudo para acesso internacional (xenofobia) |
CENÁRIO DESEJADO | |||
---|---|---|---|
Sensibilização e capacitação | Fomento e Avaliação | Infraestrutura Tecnológica | Governança e Colaboração |
Cultura científica favorável aos princípios de abertura de dados científicos | Sistemas de avaliação que estimulem a ciência aberta | Criação de uma infraestrutura nacional de apoio a ciência aberta federada | Existência de políticas institucionais de dados científicos abertos |
Realização de eventos para disseminação da ciência aberta | Criação de mecanismos de recompensa para compartilhamento e reuso de dados de pesquisa | Criação de ferramenta de visualização de dados acoplada a infraestrutura de preservação de dados existentes | Adesão as melhores práticas internacionais de compartilhamento de dados abertos científicos |
Formação de recursos huamnos para gestão de dados | Garantia dos recursos para a gestão de dados de pesquisa | Capacidade de processamento e análise de dados ampliada | Criação de um consórcio para governança nacional das iniciativas de ciência aberta com representividade de vários atores |
Existência de ramo de capacitação em gestão e análise de dados para todos os atores da ciência aberta | Criação de indicadores para avaliação de impacto da abertura de dados | Serviço e ferramentas de apoio à ciência aberta disponíveis | Rede nacional de colaboração para ciência aberta articulada às iniciativas internacionais |
Criação de mecanismo de participação do cidadão na ciência aberta | Exigência de plano de gestão de dados pelos financiadores de pesquisa | Estabelecimento de interoperabiilidade entre iniciativas nacionais e internacionais de compartilhamento de dados | Adoção dos princípios F.A.I.R. para abertura de dados científicos |
Engajamento da sociedade na construção do conhecimento científico | Brasil membro de iniciativas internacionais de padronização de dados (ex; RDA - Research Data Aliance) | ||
Adoção de padrões de comunicação científica aberta que incluam artigos, códigos e dados |
BLOQUEIOS |
---|
Ausência de uma instância de governança da ciência aberta em nível nacional |
Sistema de avaliação e recompensa vigente não incentiva o compartilhamento e abertura de dados |
Ausência de infraestrutura tecnológica e capacidade de análise em suporte à ciência aberta |
Desconhecimento e resistência da comunidade científica brasileira sobre a ciência aberta |
Fomento à pesquisa não incentiva a ciência aberta nem apoia as ferramentas que a sustentam |
Insucesso na aprovação da lei brasileira de acesso aberto à informação científica |
DESAFIOS |
---|
Aprimorar instrumentos de governança da ciência para o avanço da ciência aberta |
Articular um serviço nacional de dados científicos abertos |
Estabelecer a rede nacional de colaboração para ciência aberta |
RESULTADO DA PRIORIZAÇÃO | VOTOS |
---|---|
Aprimorar instrumentos de governança da ciência para o avanço da ciência aberta | 36 |
Articular um serviço nacional de dados científicos abertos | 33 |
Estabelecer a rede nacional de colaboração para ciência aberta | 35 |
Veja as fotos dos painéis:
Veja as fotos da oficina:
- Veja como foi a segunda oficina
- Saiba mais sobre o processo de elaboração do 4º Plano de Ação
- Confira como foram as outras oficinas de cocriação