Ecossistema de Dados Abertos - 1º oficina de cocriação
DADOS GERAIS
Ecossistema de Dados Abertos - Tema estruturante
Descrição: Fomentar a criação de um ecossistema que promova a utilização de dados abertos
PRIMEIRA OFICINA DE COCRIAÇÃO
Na primeira etapa das oficinas de cocriação, os especialistas do governo e da sociedade civil escolhem em conjunto três desafios a serem enfrentados. Após essa definição, foi aberta consulta para priorização do desafio considerado mais relevante pela sociedade, entre os dias 07/06 a 22/06.
Desafio priorizado pela sociedade: Fomentar a importância da abertura de dados dos governos federal, estaduais e municipais que atendam às demandas da sociedade.
Confira como foi a primeira etapa da oficina de cocriação sobre Ecossistema de Dados Abertos.
Data: 06/06/2018
Participantes:
- Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU): Marcelo Vidal, Thalita Ary, Paula Carvalho, Antônio Carlos Wosgrau
- Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: Renan Mendes Gaya Lopes dos Santos, Agusto Hermann Batista
- Ministério da Educação: Marlucia Delfino Amaral
- Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC): Jarbas Lopes Cardoso Junior
- Ministério da Saúde: Taís Porto Oliveira, Wilson Moraes Coelho e José Carlos de Souza Santos
- Inesc: Carmela Zigoni
- Fundação Getúlio Vargas (DAPP/FGV): Wagner Oliveira
- W3C/CEWEB: Beatriz Rossi Corrales
- Open Brazil: Stephan Garcia
No primeiro momento, os convidados fizeram uma análise do cenário atual relacionado ao tema. A partir daí foi construído o cenário desejado. Posteriormente foi feita a identificação dos bloqueios que dificultam a transformação do cenário atual para o desejado. Por fim, foram selecionados três desafios, dos quais a sociedade poderá priorizar um que será enfrentado por meio de um compromisso que será definido na segunda oficina de cocriação.
Veja o resultado:
CENÁRIO ATUAL |
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A regra atual é de abertura de dados, mas a realidade é de resistência quanto à divulgação de informações |
Aprimoramento da gestão de processo de atualização do padrão de dados abertos |
Ausência de mecanismo de avaliação do uso de dados abertos |
Baixa abertura de dados nos níveis estaduais e municipais |
Baixa qualidade ou ausência de documentação adequada e dicionários de dados |
Baixo uso de dados abertos governamentais pelo setor privado |
Baixo uso do Portal Brasileiro de Dados Abertos para catalogação de dados das esferas estadual e municipal |
Dados apresentados de forma muito técnica, dificultando o acesso |
Desconhecimento do potencial dos dados abertos para crescimento econômico e geração de emprego |
Desconhecimento do potencial dos dados abertos para resolução dos problemas da sociedade |
Dificuldade para navegabilidade e entendimento dos portais pelo cidadão comum |
Falta de abertura de dados do governo com foco nas necessidades do cidadão no território onde vive |
Falta de abertura de dados úteis, estratégicos, que fomentem monitoramento e avaliação das políticas públicas |
Falta de ações estruturadas sobre dados abertos em estados e municípios |
Falta de aplicação dos padrões de interoperabilidade nos dados abertos |
Falta de clareza na legislação sobre direito autoral das bases de dados |
Falta de conhecimento sobre a necessidade de licenciamento livre para dados abertos |
Falta de conhecimento sobre dados abertos por parte da sociedade e do governo |
Falta de definição de metadados |
Falta de disseminação do potencial de dados abertos por cidadãos e governo |
Falta de divulgação de experiências bem-sucedidas com o uso de dados abertos |
Falta de divulgação do esforço já empreendido na produção de materiais sobre dados abertos (Infraestrutura Nacional de Dados Abertos – INDA) |
Falta de documentação semântica das bases de dados na origem |
Falta de integração entre as iniciativas de abertura de dados entre entes federados |
Falta de mapeamento dos atores que consomem dados abertos |
Falta de mapeamento dos vínculos e relações das diferentes fontes de dados |
Falta de padrão temático para abertura de dados semelhantes nos diferentes níveis de governo |
Falta de padronização da taxonomia para auxiliar o cruzamento e arquitetura de dados |
Falta de padronização dos formatos de publicação das bases |
Falta de previsão nos editais de licitação de entrega das bases de dados e sua documentação |
Falta de produção e abertura de dados georreferenciados para todas as políticas públicas |
Falta de um processo que incentive a publicação das iniciativas de uso dos dados abertos |
Falta de uma relação/lista “exaustiva” de formatos considerados abertos |
Falta de versionamento das bases publicadas (histórico) |
Falta de visão sobre dados abertos como oportunidade de negócio para a sociedade civil |
Falta formação para a sociedade ler os dados disponíveis |
Falta mapeamento dos resultados da utilização dos dados abertos |
Governo desconhece a demanda da sociedade por dados abertos |
Inconsistência dos dados abertos disponibilizados |
Inexiste comunicação sobre dados voltada para gestores e sociedade em geral |
Inexistência da aplicação do conceito de dados conectados (linked data) |
Inexistência de catálogo de dados do governo |
Inexistência de dados abertos dos bancos públicos, estatais (ex.: BNDES) |
Insuficiência de comunicação específica sobre dados abertos para públicos diferentes (ex.: pesquisadores, gestores, movimentos sociais etc) |
Insuficiência de dados abertos sobre gastos tributários |
Lacunas de acessibilidade para pessoas com deficiência aos dados abertos |
Legislação sobre inventário de dados abertos já existe, mas nem sempre é cumprida |
Não há padrão e consenso sobre sigilo dos dados do governo |
Necessidade de mais capacitação de servidores sobre o tema de dados abertos |
Pouco estímulo (conscientização) ao reuso de dados, limitando o uso do que está aberto |
Resistência da abertura de dados abertos |
Servidor público não sabe o que são dados abertos, mas sabe ser resistente a dar acesso à informação |
CENÁRIO DESEJADO |
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Uso de dados abertos e seus resultados conhecidos e divulgados |
Existência de uma rede articulada entre provedores de dados e usuários/consumidores de dados |
Perfil dos consumidores de dados abertos mapeado |
Demanda da sociedade por dados abertos conhecida, sistematizada e regularmente atualizada |
Impactos reais e potenciais no crescimento econômico e na geração de empregos mensurados e estimados |
Padrão de documentação que facilite o entendimento dos dados disponibilizados |
Sociedade entende a importância dos dados abertos e faz uso regular para diversas demandas |
Plano de comunicação em dados abertos para todos os atores do ecossistema |
Órgãos de governo priorizam abrir dados que são mais úteis para a sociedade, com foco nas necessidades do cidadão |
Canvas do ecossistema de dados abertos publicado |
Plano de capacitação continuada em dados abertos para a sociedade e governo |
Ecossistema de infomediários maduro e atuante na apresentação da informação para leigos |
Espaço permanente de discussão entre consumidores e fornecedores de dados |
Estrutura adequada à implementação e sustentação do ecossistema de dados abertos |
Governança de dados e informações implementada e mantida |
Padrões mínimos de conteúdo para abertura de dados em temas comuns nas 3 esferas de governo (ex: saúde, transporte, água, etc) |
Institucionalização e disseminação do repositório de vocabulários e ontologias de governo |
Inventário e catálogo das bases de dados do Poder Executivo Federal atualizado e publicado |
Atualização trimestral dos padrões de E-Gov (ePing e eMag) |
Principais domínios do conhecimento relacionados a políticas públicas documentados em ontologias |
Disseminação e plano de comunicação específico sobre aspectos técnicos dos dados abertos |
Aumento da cobertura do índice de dados abertos (ou iniciativas similares) para todos os munícipios com mais de 50.000 habitantes |
Portal Brasileiro de Dados Abertos reconhecido como catálogo principal de dados abertos governamentais federais, estaduais e municipais |
Bases de dados governamentais automaticamente declaradas livres de direitos autorais pela legislação |
Escritório Nacional de Projetos para homologação e publicação no Portal de Aplicativos |
Servidores conscientizados sobre a importância de abertura de dados (em todas as esferas de governo) |
Estados e municípios com política de dados abertos implementada |
Existência de critérios claros para classificação do sigilo da informação |
Dados abertos como pauta importante na Agenda Política |
Experiência do usuário como papel central na elaboração de iniciativas de divulgação de dados abertos |
Maior participação de estados e municípios em iniciativas federais de dados abertos (Ex: INDA) |
BLOQUEIOS |
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Falta diálogo estruturado entre os atores do ecossistema |
Falta de mecanismo e metodologias para o levantamento das demandas por dados abertos |
Temática de dados abertos não está na agenda política |
Ausência de definição de conteúdos mínimos comuns de dados abertos para os 3 níveis de governo |
Baixa maturidade em governança de dados e lentidão na adoção de metodologias para intercâmbio de informações |
Desinformação sobre o conceito e potencial de utilização de dados abertos por parte de gestores e sociedade |
DESAFIOS |
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Estimular a integração e articulação entre produtores e consumidores de dados |
Fortalecer/institucionalizar a governança de dados abertos |
Fomentar a importância da abertura de dados dos governos federal, estaduais e municipais que atendam às demandas da sociedade |
RESULTADO DA PRIORIZAÇÃO DOS DESAFIOS | VOTOS |
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Estimular a integração e articulação entre produtores e consumidores de dados | 10 |
Fortalecer/institucionalizar a governança de dados abertos | 12 |
Fomentar a importância da abertura de dados dos governos federal, estaduais e municipais que atendam às demandas da sociedade | 33 |
Veja as fotos dos painéis:
Veja as fotos da oficina:
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