"Os acordos de leniência são importantes no combate à corrupção", destaca ministro da CGU
Em entrevista ao programa Por Dentro do Governo, na manhã desta terça-feira (24), o ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, valorizou os acordos de leniência, quando os grupos de negócios “deixam o perfil de defesa e passam ao de colaboração” na investigação contra a corrupção. “Quando as empresas passam a colaborar com informações, temos a eficiência durante o processo investigativo bem evidenciada. Os acordos de leniência são importantes instrumentos no combate à corrupção”, explicou.
O ministro elenca duas vantagens principais alcançadas pela medida: o consequente crescimento na recuperação de recursos públicos desviados e o compromisso da empresa, por meio da implementação de um plano de integridade, de mudar seu comportamento, até então irregular. “Temos um nível de recuperação de recursos ainda muito baixo. O acordo gera uma economicidade também, porque eu não mantenho durante 10, 15 anos, advogados, equipe de investigação”, defendeu.
Uso do dinheiro público
Questionado sobre o monitoramento e a fiscalização de como é utilizado o dinheiro público, Rosário disse que há muitos recursos e seu acompanhamento é competência primária do gestor público. “Também contamos com a participação do cidadão, através dos portais de transparência e outros mecanismos”, esclareceu.
Parceria pela educação
Ao ressaltar que “qualquer mudança em um país passa pela educação”, o ministro recordou projeto em parceria com o Instituto Maurício de Sousa, iniciado em 2008, que será expandido. A iniciativa irradia o conceito de ética, interesse público, cidadania e se propõe agora a alcançar as 48,6 milhões de crianças que estão matriculadas no ensino fundamental pelo País.
Programa de Integridade
Voltado para o Executivo Federal, a CGU realiza nesta quarta-feira (25) o lançamento do Programa de Integridade, que, segundo explicação do ministro, visa incorporar os comportamentos e normas éticas dos órgãos para que o foco de suas atuações seja sempre o interesse público sobre o privado. “Um plano de integridade traz, além da criação de um canal de denúncia, de um código de conduta, uma análise de todos os riscos envolvidos com corrupção, que possibilite tomar medidas para evitar que ocorra”, concluiu.