CGU participa da cerimônia de lançamento do Programa Malha Fina do Ministério da Cultura

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, participou nesta segunda-feira (16.12) da cerimônia de lançamento do Programa Malha Fina, do Ministério da Cultura. O evento contou também com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do secretário federal de Controle Interno da CGU, Ronald Balbe, além de representantes da Agência Nacional do Cinema (Ancine).

O Projeto Malha Fina ANCINE, uma iniciativa conjunta da CGU e da Ancine, tem como objetivo modernizar e aprimorar a análise das prestações de contas de projetos audiovisuais. Até o momento, a CGU analisou 5.358 processos acumulados no passivo histórico da Ancine, homologando 3.634 prestações de contas e reduzindo o passivo para 1.724 processos pendentes.

Essa atuação gerou uma economia de R$ 665 milhões em custos administrativos, considerando o custo médio de R$ 183 mil por processo analisado manualmente. Além disso, o tempo estimado de análise foi reduzido em 24 anos, promovendo maior eficiência e agilidade, o que diminui os riscos de prescrição e permite priorizar casos de maior relevância.

“A CGU tem um papel relevante em apoiar o gestor público em iniciativas que tornem os processos de trabalho mais eficientes, reduzam riscos de arbitrariedades e promovam integridade. O Projeto Malha Fina ANCINE simboliza exatamente isso”, afirmou o ministro Vinícius Marques de Carvalho.

O ministro destacou ainda que a iniciativa está alinhada ao Plano de Integridade e Combate à Corrupção, lançado pelo governo federal. “Esse plano conta com 260 ações elaboradas com a participação de 53 órgãos públicos, mais de 100 entidades do setor privado e 50 representantes da sociedade civil, como professores e organizações. Foi o maior plano de enfrentamento à corrupção já realizado no Brasil, tanto em número de ações quanto em participação social”, afirmou.

Parceria e inovação

O Projeto Malha Fina utiliza tecnologias avançadas, como inteligência artificial e trilhas automatizadas, para introduzir um modelo de análise baseado em critérios de risco, objetividade e eficiência. Esse modelo automatizado reduz significativamente o tempo e os custos na análise das prestações de contas.

A ministra Margareth Menezes destacou a relevância do projeto para a gestão cultural no Brasil. “A cultura brasileira é uma das mais influentes do mundo, mas enfrentamos gargalos devido à falta de marcos regulatórios e compreensão técnica. A partir de agora, com essa parceria, estamos qualificando e modernizando a gestão cultural, com apoio dos órgãos de controle”, disse a ministra.

O projeto contou com a participação ativa de duas áreas da CGU: a Secretaria Federal de Controle Interno (SFC) e a Diretoria de Informações Estratégicas (DIE), que colaboraram no desenvolvimento do modelo preditivo e no suporte técnico com bases de dados. A auditoria interna e as unidades técnicas da Ancine também contribuíram, garantindo a robustez metodológica e a conformidade normativa do sistema.