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Operação Ypervoli
CGU e PF combatem desvio de recursos da educação no entorno do DF
As investigações tiveram início a partir de uma notícia-crime apresentada à Polícia Federal
A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta quarta-feira (18/12), da segunda fase da Operação Ypervoli, realizada em parceria com a Polícia Federal (PF). A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no município de Cidade Ocidental/GO.
As investigações tiveram início a partir de uma notícia-crime apresentada à Polícia Federal, que apontou o uso indevido de recursos públicos e indícios de irregularidades em contratações para serviços de saúde, manutenção, locação de equipamentos e obras municipais.
Na primeira fase da operação, realizada em setembro de 2024, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Goiás, além de um mandado de prisão preventiva e oito medidas cautelares diversas da prisão. A partir das informações colhidas, as diligências conduzidas pela PF, com auditoria realizada pela CGU, identificaram pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos, além de indícios de direcionamento e superfaturamento em contratos de transporte escolar e locação de veículos.
Um dos contratos analisados foi assinado em 2018 e foi sendo aditivado ao longo do tempo, com término previsto para abril de 2025. A empresa contratada para prestação de transporte escolar teria recebido aproximadamente R$ 117 milhões de reais, no entanto, foi identificado um superfaturamento de quase R$ 63 milhões, mais da metade do valor pago.
Os fatos investigados impactam diretamente a execução da política de educação na região do entorno do DF, comprometendo recursos que poderiam ser aplicados na ampliação e melhoria dos serviços educacionais oferecidos à população local em idade escolar.
Nesta segunda fase, estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Goiás, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. A operação mobiliza seis auditores da CGU e cinquenta e dois policiais federais