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Ministro da CGU participa, em Nova Iorque, de evento do B20 sobre integridade no setor privado
Painel teve como foco os incentivos que estimulam empresas a implementarem e manterem medidas de integridade e combate à corrupção
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, participou hoje (23/9), em Nova Iorque (EUA), do evento “Advancing a Culture of Integrity and Compliance”, organizado pelo Business 20 (B20), grupo de engajamento do G20. O painel “Integrity in Action: Success Cases of Incentives for Private Sector”, do qual Vinícius de Carvalho participou, teve como foco os incentivos que estimulam empresas a implementarem e manterem medidas de integridade e combate à corrupção.
Uma agenda eficaz de promoção da integridade no setor privado deve reforçar a transparência, criar espaços de participação coletiva e engajamento cívico, e promover uma cultura ampla de integridade que complemente os esforços de fiscalização.
— Ministro da CGU, Vinícius de Carvalho
Em sua fala, o ministro da CGU destacou o papel crucial da integridade no setor privado para a promoção de um ambiente de negócios transparente e ético, ressaltando a importância de uma ação conjunta entre o governo e as empresas. “Não importa o quão eficiente seja a aplicação de medidas anticorrupção, o aparato do Estado sempre será insuficiente por si só. Uma agenda eficaz de promoção da integridade no setor privado deve reforçar a transparência, criar espaços de participação coletiva e engajamento cívico, e promover uma cultura ampla de integridade que complemente os esforços de fiscalização”, afirmou o ministro.
Durante o evento, Vinícius de Carvalho compartilhou as ações do Brasil, tanto em âmbito doméstico quanto internacional, para fortalecer os incentivos governamentais em favor da integridade corporativa. Ele destacou que, no último ano, o Brasil aprovou uma resolução sobre incentivos ao setor privado na 10ª Conferência dos Estados Partes da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção. Além disso, sob sua coordenação, a presidência brasileira do Grupo de Trabalho Anticorrupção do G20 priorizou a aprovação de Princípios de Alto Nível para incentivar o setor privado a adotar medidas abrangentes de integridade.
Integridade corporativa
“Defendemos uma visão ampla e abrangente de integridade corporativa, que não se limite apenas ao combate à corrupção, mas que também considere as responsabilidades sociais, ambientais e de governança das empresas. Não podemos falar de integridade se uma empresa viola direitos sociais, humanos, trabalhistas ou ambientais”, destacou Carvalho.
O ministro também mencionou programas desenvolvidos pela CGU para promover a integridade no setor privado, como o Pacto Brasil pela Integridade Empresarial e a iniciativa Empresa Pró-Ética. “O Pacto Brasil pela Integridade Empresarial é uma iniciativa da CGU que incentiva empresas a se comprometerem voluntariamente com a integridade corporativa, enquanto a Empresa Pró-Ética é um selo de reconhecimento público para aquelas que demonstram maturidade em seus programas de integridade”, explicou.
Carvalho finalizou o discurso destacando a importância dos acordos de leniência no Brasil, que têm contribuído significativamente para a promoção da agenda de compliance corporativo. “Esses acordos, além do impacto financeiro, têm gerado benefícios indiretos para o ambiente de negócios, promovendo um sistema de integridade no setor privado que já mostra resultados concretos”, concluiu.