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Transparência e Integridade
Ministro da CGU destaca desafios e estratégias para fortalecer a transparência no Brasil
Durante o webinar, foram discutidos os desafios enfrentados pelo país na luta contra a corrupção, abordando metas e a implementação de políticas eficazes para promover uma cultura de integridade no setor público e privado.
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, participou do webinar “Transparência e Integridade: Desafios e metas para o Brasil”, nessa quarta-feira (31/07). O evento contou também com a presença de Matheus Cunha, Diretor Acadêmico da LEC, e Fábio Bastos, Coordenador da Especialização em Compliance da LEC, que conduziram o debate.
Durante o webinar, foram discutidos os desafios enfrentados pelo país na luta contra a corrupção, abordando metas e a implementação de políticas eficazes para promover uma cultura de integridade no setor público e privado. O ministro Vinicius Marques de Carvalho iniciou sua fala explicando as causas da corrupção e como elas podem ser compreendidas a partir de três grupos teóricos.
“Quando falamos sobre a causa da corrupção, existem três grandes grupos de teorias. Um grupo vincula a corrupção à modernização, sugerindo que o problema surge conforme os países se desenvolvem, criam estados burocráticos e estabelecem políticas típicas de um Estado eficiente. É importante ressaltar que não há uma teoria necessariamente certa; o essencial é retirar elementos dessas teorias para formular políticas eficazes”,destacou o ministro.
O ministro também analisou a corrupção sob o olhar da CGU, destacando as diferenças entre as pesquisas de percepção e de disposição à corrupção no Brasil. "O Brasil é um país que tem uma dissonância muito grande entre as pesquisas de percepção e as pesquisas de disposição à corrupção. A percepção de que o Brasil é um país muito corrupto é alta na população, e quando você faz pesquisa de exposição, a exposição é muito baixa”, analisou.
Além disso, Vinicius Marques de Carvalho falou sobre a relação entre a percepção de corrupção e a qualidade dos serviços públicos. "O brasileiro é um povo que identifica a corrupção e a associa com a má qualidade dos serviços públicos. A percepção da corrupção para as pessoas é uma percepção muito mais ética”, explica Carvalho.
O ministro detalhou o plano de enfrentamento à corrupção que está sendo desenvolvido pela CGU, dividido em quatro eixos principais: melhoria da qualidade dos serviços públicos e dos gastos públicos; promoção da transparência e do acesso à informação; fortalecimento da integridade nas relações entre Estado e mercado, com foco em conflitos de interesse e integridade privada; e, por fim, aumento da capacidade de detecção de ilícitos, e o desenvolvimento de novos instrumentos de investigação.
"São várias ações concretas na área de transparência e acesso à informação, porque isso é muito relevante para a percepção que a população tem sobre a legitimidade do Estado”, finalizou.